Procuradoria do AM acusa Alfredo Nascimento de compra de votos

A Procuradoria Regional Eleitoral no Amazonas (PRE-AM) ajuizou nesta quinta-feira (9) representação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM) pedindo aplicação de multa e inelegibilidade ao senador Alfredo Nascimento (PR) e ao vereador Herivânio Vieira, aliado do senador, por captação ilícita de votos. Nas eleições deste ano, ele disputou o governo do Amazonas e perdeu para Omar Aziz (PMN).

Senador Alfredo Nascimento (Foto: Marcio Silva /A Crítica/Folhapress)

Por meio da assessoria de imprensa, o senador informou não ter tomado conhecimento de qualquer atividade questionável ou ilegal em sua campanha e afirmou que “em momento algum determinou ou autorizou a oferta e distribuição de benefícios para conquistar o voto do eleitor”. Nascimento disse que ainda não foi notificado sobre a representação, mas está à disposição da Justiça Eleitoral para esclarecimentos.

O vereador, que em agosto foi  preso em flagrante pela Promotoria Eleitoral do município, justificou na época, em depoimento, que estava comprando água no posto para levar aos cabos eleitorais de Alfredo que aguardavam o senador no aeroporto da cidade.

Alfredo Nascimento  no Ministério dos Transportes-Nascimento foi confirmado nesta quarta (8) como ministro dos Transportes do governo da presidente eleita Dilma Rousseff. O senador – que tem mandato até 2015 – comandou a pasta durante a maior parte dos dois mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A Procuradoria afirma que o vereador Herivânio teria distribuído combustível a eleitores para garantir votos ao ex-ministro. Segundo a denúncia, no dia 21 de agosto, carros táxis e motocicletas teriam sido abastecidos, no município de Humaitá (AM), com o objetivo de participar de carreata em favor de Nascimento.

Segundo testemunhas, o combustível foi pago com um cheque de R$ 1,7 mil no dia da distribuição e outro de R$ 1,4 mil dois dias depois. Na representação, a Procuradoria pede que Nascimento e o vereador sejam declarados inelegíveis por oito anos e condenado ao pagamento de multa de até R$ 53 mil.

Débora Santos

Do G1, em Brasília

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