Rede de mudanças climáticas do Pará tem projetos

O projeto reúne pesquisadores das universidades Federal e Estadual do Pará, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), e tem como objetivo construir uma rede integrada de pesquisas interdisciplinares que possa atuar em no desenvolvimento acadêmico, científico e tecnológico da área temática de mudanças climáticas globais e regionais.

Assim, vários foram os sub-projetos apresentados e discutidos nesse primeiro encontro da Rede, que estudar foco dos manguezais à implantação de sítio experimental, passando pela avaliação do setor produtivo do Pará e chegando aos impactos das ações antrópicas no clima – mostrando a busca pela interdisciplinaridade da RMCA.

Área costeira e academia
O sub-projeto que será coordenado pela pesquisadora do Goeldi, Lourdes Ruivo, por exemplo, tem como objetivo demonstrar que na costa do Pará os efeitos das mudanças ambientais são marcantes e refletem nas funções ecológicas da fauna e flora local. E isso pode ser observado com mais clareza nos manguezais porque eles “são os primeiros indicadores dos efeitos de mudanças climáticas”, segundo Francisco Berredo – também do (MPEG) – que fez a apresentação.

Também com foco na área costeira, o sub-projeto da pesquisadora Cristina Senna (MPEG) visa a conhecer as mudanças paleoambientais, paleo-hidrológicas e paleoclimáticas de curto e longo prazo (de 100 a 200 anos; e de 10 mil a 5 mil anos, respectivamente) no estuário amazônico através do estudos de poléns e diatomáceas encontradas em sedimentos.

Impactos ambientais
Já na área dos impactos das ações antrópicas em relação ao clima, a representante da Universidade Federal do Pará (UFPA), Julia Cohen irá coordenar um sub-projeto para avaliar como as características da superfícies de flora podem interferir no clima local e global – isso levando em consideração a região do município paraense de Santarém, mais especificamente na área da BR-163.

Por sua vez, Leandro Ferreira, do Museu Goeldi, estudará os impactos das mudanças microclimáticas sobre a estrutura, a riqueza e a biodiversidade da flora de sub-bosque em Carajás, correlacionando as suas variáveis.

A Rede de Mudanças Climáticas do Pará, em última instância, vai gerar subsídios à formulação de políticas públicas de adaptação e mitigação às mudanças climáticas e ambientais na Amazônia, buscando o desenvolvimento do Estado do Pará, e incluindo em suas pesquisas os impactos, as vulnerabilidades, as dimensões humanas e as respostas econômicas e sociais relacionadas às mudanças climáticas.

DOL, com informações do Goeldi

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