Cai o número de alunos que entram em universidades

Estudantes se preparam para prestar vestibular, em São Paulo (Foto: Julia Chequer/R7 - 11/01/2011)

O número de estudantes que ingressam no ensino superior brasileiro caiu nos últimos anos, segundo informações do Censo do Ensino Superior 2009 divulgadas nesta quinta-feira (13).

Houve redução de 116,3 mil ingressantes, na comparação entre 2008 e 2009, últimos anos avaliados pela pesquisa, que é realizada pelo MEC (Ministério da Educação). No ano retrasado, foram 1,81 milhão de inscritos nas universidades; já em 2008, o número foi de 1,93 milhão.

O recuo equivale a 6% dos adolescentes que se inscrevem em instituições universitárias.

A maior queda ocorreu nas universidades estaduais, que perderam 52,28% do total de alunos que costumavam ingressar por processo seletivo – seja via vestibular, via Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) ou outra forma de processo seletivo.

Na rede particular, a queda foi menor, de 2% ou 20,4 mil universitários no mesmo intervalo de dois anos.

Houve recuo também no número de matriculados na rede pública de ensino superior – tanto de estudantes ingressando quanto dos que já estão cursando a universidade.

O número passou de 1,55 milhões, em 2008, para 1,52 milhões em 2009 – queda de 29 mil universitários matriculados ou 1,9% do total.

Na soma geral (de matrículas nas universidades públicas com as particulares), o número de universitários cresceu nos dois últimos anos avaliados pelo Censo, mas em ritmo menor do que o padrão da década, entre 2000 e 2009.

O aumento foi de 558 mil matrículas entre 2007 e 2008, quase quatro vezes mais do que o crescimento de 146 mil matrículas registrado entre 2008 e 2009 nas universidades e faculdades do Brasil.

Ainda assim, foram matriculados 5,95 milhões de universitários em 2009, mais do que os 5,80 milhões em 2008.

Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, uma das razões para a redução no número de universitários é o fato de as faculdades terem inflacionado o número de ingressantes e matriculados, problema identificado pela pasta.

– Nós detectamos que várias universidades inflacionaram o número de matrículas. [Elas] registraram alunos que haviam trancado, desistido ou abandonado o curso, na expectativa de que eles retornassem no semestre seguinte.

A mudança de regime jurídico de muitas instituições de ensino também causou o problema, na opinião do ministro. Várias universidades municipais tornaram-se particulares, e outras passaram de entidades filantrópicas para sem fins lucrativos.

Do R7

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