Ruas de Santarém estão sem identificação

Rubem de Barros, Militar, encontrou dificuldade para localizar endereço

Para os visitantes que chegam à cidade de Santarém (PA) com o propósito de turismo, trabalho ou visitar a família, o embate ocorre na demora de identificar o roteiro e seguir ao destino final. O coronel do Exército, já na reserva, Rubem de Barros, em visita ao município de Santarém teve a maior dificuldade em transitar por algumas vias afastadas da área central. Lamentou a perda de tempo e o stress em encontrar o endereço desejado.

A dificuldade da informação de nomes das vias públicas não se restringe somente para quem chega a passeio pela cidade santarena. O vendedor ambulante Carlos Edson Sousa de Andrade confirma a dificuldade do militar da reserva. “Para encontrar determinada rua nos bairros do Salé e Mapiri, os que eu mais ando, só com o mapa urbano do Município. Eu tive que conseguir esse mapa para poder trabalhar. O meu sustento é visitar pontos estratégicos para vender meu lanche. No bairro que eu moro, no Santarenzinho, é muito difícil identificar a rua pelo nome. Você pode perguntar e ninguém sabe dizer. E quando chega alguém pedindo informação de rua, ajudo com o mapa que carrego comigo”, explicou o vendedor.

Nas vias públicas, principalmente nas mediações do setor comercial, segundo populares que transitam pela área, o plaqueamento está suficiente. “Mas, se você ultrapassar a Avenida Mendonça furtado, é só na informação e com dificuldade para identificar o nome da rua correta”, disse a empregada doméstica que trabalha no bairro do Laguinho, Meire da Silva.

O militar Rubem de Barros sugeriu, através da nossa reportagem, ao governo municipal, a possibilidade de uma campanha com a população. “A representação de cada bairro poderia ser responsável por identificar as ruas que pertencessem ao seu bairro, principalmente nas esquinas. Em contrapartida, os moradores poderiam ser beneficiados com o desconto no IPTU. Isso vem sendo trabalhado em outras cidades pelas prefeituras de outros estados. E vem dando certo”, declarou o militar do Exército.

São poucos locais da cidade com placas de identificação

O secretário de turismo Arildo Nogueira esclareceu que existem dois projetos específicos para identificação das ruas. O primeiro está cadastrado no Sistema Nacional de Convênios. Trata-se da sinalização turística. Vamos trabalhar nos pontos estratégicos da área urbana de Santarém e na Vila balneária de Alter do Chão. “No dia 29 de dezembro fizemos a abertura de uma conta. Assim que saia o recurso, nós faremos o processo de licitação para as empresas. Na placa dos pontos turísticos vai ser colocado o nome da rua em português e inglês. Haverá nessa placa também símbolos quer vão representar praia, o aeroporto e entre outros”.

O secretário disse que o recurso para esse primeiro projeto deve vir do governo Federal, através do Ministério do Turismo e contrapartida do governo municipal. “O Ministério do Turismo entraria com 92% e o tesouro municipal entraria com 8%”, disse Arildo Nogueira.

O segundo projeto vai ser de identificação viária de Santarém e na Vila balneária de Alter do Chão. “Nesse segundo estamos aguardando o parecer da Procuradoria Jurídica do Município para que as empresas possam se habilitar. A idéia seria a parceria com as empresas e temos empresário interessados no projeto. Nosso pensamento é não pagar aos empresários o serviço, em contrapartida, teriam uma concessão de aproximadamente 5 anos. Eles utilizariam o espaço acima da placa para colocar a publicidade da empresa. Quanto a identificação, pegaríamos por exemplo todas as transversais de algumas avenidas principais da área urbana e identificar cada uma. Essa ação vai facilitar e muito a vida dos visitantes, do carteiros, empresas que trabalham com o sistema de entrega e outras categorias. Trabalho esse a ser feito também em ruas estratégicas na vila de Alter do chão”, conclui o Secretário de Turismo. 

Centenas de turistas visitam o Museu João Fona, nesta temporada

Turismo em alta no início de 2012 em Santarém: “É excelente iniciar o ano de 2012 com essa quantidade de visitantes. Claro que nem todos levam um produto. Mas, o que vendi hoje deu para tirar um bom rendimento. E ainda fico mais alegre quando vejo que os visitantes ficam felizes ao levar o nosso produto”, esclareceu o artesão Erik Araújo. Ele estava com a exposição de artesanato nas dependências do Museu João Fona na manhã de segunda-feira, dia 02 de janeiro de 2012. O local é uma dos mais procurados na rota dos turistas estrangeiros.

Para ao diretor do Museu, Laurimar Leal, foi um diferencial nesse primeiro dia de expediente de 2012 no acervo municipal. Não esperava essa quantidade de visitantes. “Só nessa manhã, nós tivemos em média de 200 pessoas visitando o acervo. Isso nos traz a expectativa de mais visitas tanto por estrangeiros como de pessoas de outras regiões e do Oeste do Pará, por ser um período de férias”, declarou Laurimar Leal.

Os turistas vieram da Europa e da América do Norte. O mexicano Alejandro Deltoro veio com toda a família no cruzeiro e achou tudo magnífico no Museu santareno. “Aqui tem muita coisa curiosa. Eu gostei muito das peças indígenas, algo diferente do que vemos em nosso País. A paisagem do encontro das águas é magnífica. É muito importante mostrar este outro lado do mundo para nossos filhos. Eles estão adorando a viagem”, disse o turista.

Por: Alciane Ayres

3 comentários em “Ruas de Santarém estão sem identificação

  • 8 de janeiro de 2012 em 08:11
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    Dentre tantas mazelas imputadas à querida Santarém, aí está mais uma. Sugiro às autoridades de trânsito que voltem seus olhares para a Avenida Tapajós nos horários comerciais. A via mencionada fica praticamente intransitavel no trecho da Praça da Matriz às proximidades da Praça Tiradentes. Veículos de carga estacionam em fila dupla e não aparece sequer um guara de trânsito para orienta-los a não praticarem tal abuso. Já motoristas de carros pequenos deixam seus veículos também em fila dupla como se isso fosse normal. Deveriam ter consciência que não podem travar o fluxo de outros veículos para satisfazerem suas necessidades. Olhem com carinho para esses problemas.

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  • 7 de janeiro de 2012 em 13:23
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    Infelizmente, nossos gestores, assim como a maioria dos turistas, pensam que SANTARÉM se restringe à Vila de Alter do Chão. Com trocentos anos de idade, somente agora se vê a necessidade de placas para identificar as ruas da cidade e, certamente, tais projetos devem ficar somente na parte \”nobre\” da Pérola do Tapajós

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  • 7 de janeiro de 2012 em 12:56
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    Uma medida simples e q/ tem efeito complexo: além da utilidade em si, demonstra o grau de desenvolvimento da cidade.
    Que venham os recursos, as verbas e sejam aplicados imediatamente!!

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