O “Alcaquete”, “X-9” E “Dedo Duro”

Os recentes acontecimentos de insegurança que vem ocorrendo em Santarém, na grande maioria sem solução por parte dos órgãos de segurança, deixam-nos no mato sem cachorro. Ninguém está seguro. Vejam alguns relatos. Um Vereador já foi assaltado na saída do seu estabelecimento, uma irmã de oficiala da PM já foi assaltada ao fechar sua loja, comerciantes já perdemos a conta de quantos foram assaltados, postos de gasolina também, farmácias, idem, lojas de venda de aparelhos eletrônicos, notebook e celulares hiiiiiiiii, nem se fala! Consultório médico, vários. Laboratórios, diversos. Isto sem contar os jovens, estudantes, senhoras e senhoritas, que tem arrancados na “marra” os seus celulares, notebook, bolsas a tira colo, quase sempre promovidos por motoqueiros e um carona. Fora os que não registram na Delegacia porque, dizem, não adianta!

Quer mais? Nos bairros e periferias, os ditos “mini boxes”, os seus proprietários já trabalham por detrás das grades, como os demais moradores, cidadãos de bem que pagam seus impostos em dias e vivem presos em casa, aterrorizados. Não se encara mais as pessoas na rua. Evita-se até lhe dar bom dia, Com medo. As antigas “tabernas” e “quiosques”, não podem nem abrir, coitados! Os taxistas são vítimas constantes dos bandidos. Já se teve sequesto relâmpago e assalto com refém em suas casas, “digno” dos grandes centros.

Da “saidinha” dos bancos ao antigo “conto do Paco” de tudo se tem em Santarém, até explosão de caixa eletrônico de bancos. Na sua chegada no que dizem ser “porto” deve se ter muito cuidado com a sua “bolsa”, “sacola”, “bruaca”, “valise” ou “mala”, porque senão já era, surrupiam, lá no convés da embarcação ou da lancha. E das canoas ou da bajara, roubam-lhes a “rabeta”. O peixeiro quando vai para o mercado lhe é tomado o valor que leva para a compra do produto nas paradas dos ônibus ou na espera do mototáxi. Já assaltaram até a Pastoral do Menor. Essa está de pires na mão! Pedindo ajuda da população e os “amigos do alheio” foram lá e fizeram a festa, ou melhor, levaram os instrumentos e aparelhagem de som, para fazer a festa noutra parte, nos receptadores de material roubado.

Acham que eu estou pintando um manto muito negro na Pérola do Tapajós. Isso não está acontecendo em outra cidade, não! É na cidade de Santarém do Pará, que almeja ser a capital do estado do Tapajós, o terceiro colégio eleitoral do Estado, mas qual a sua atenção do governo da metrópole das margens do rio Guamá e Baia do Guajará? É o descaso do estado e quem paga é o povo. Este sim é que é punido e vejam só o que aconteceu, caro leitor.

No último final de semana o Governador Simão Jatene reuniu com a cúpula da segurança pública, com a participação do Prefeito de Ananindeua, Manoel Pioneiro e Zenaldo de Belém. Ficou decidido o horário de fechamento de bares. Em Ananindeua de 2ª a 5ª já ocorre à meia noite. Sexta, sábado e véspera de feriado fecha as três. A venda de bebida alcoólica é suspensa, rigorosamente às 2 horas e trinta minutos.

Muito bem, aqui em Santarém, para tentar dar uma satisfação para a sociedade ou, até mesmo, desviar a atenção da população, o Comandante do 3º PBM criou um programa de Polícia com as lideranças dos bairros. Ora, isso é expor quem não é profissional militar a perigo, para ser os olhos da Polícia no bairro onde mora.

Primeiro, porque eles não são preparados para essa atividade, exclusiva da PM e da Policia Judiciária. Assim o comando do 3º BPM acabou, criando a figura do “alcaquete”, “X-9” e “dedo duro” aos membros das associações dos bairros. Eles sabem que os bandidos não perdoam quem é informante da Polícia, ou melhor, eles não estão perdoando nem os policiais, basta ver o retrato pelo Brasil afora e na capital do Estado, imaginem se eles vão dispensar o “alcaquete”, “X-9” e “dedo duro” tapajoara. Esses cidadãos que foram para a televisão se mostrar, estão é correndo um sério perigo. E não é do desconhecimento da Polícia, das invasões de residências, por “gangueiros”, “galerosos” e até por traficantes, para pegar o adversário, lá dentro da casa ou no quintal. Agora, imaginem a casa do “dedo duro”, sozinho no bairro! Aqui mesmo em Santarém, já encheram casa de bala, porque se tratava de moradia de “dedo duro” ou de membro de gangue.

Entendo que esse “projeto de segurança Comunitária” é uma forma de fugir da responsabilidade. É vergonhoso, isso sim! Pois colocam em risco os cidadãos que estão aceitando inocentemente esse caminho para o calvário. É sempre assim!  O Estado vai tirando do cidadão e dando uma demonstração de fraqueza, de incompetência, de descaso e se curva diante da bandidagem. Como está fazendo mais uma vez agora.

Querem saber mais uma? Estamos chegando ao período das festas juninas e sabem o que vai acontecer? Vão publicar aquelas portarias, como nos anos anteriores, proibindo as festas de terreiros, as quermesses e os arraiais, e até os horários para se encerrar. Sabem por quê? Por causa da bandidagem.

Lamentamos informar o falecimento do diretor José Raimundo Carvalho, do Fluminense Atlético Clube, um da velha guarda do Flu. Atualmente ficava na porta, nas sextas-feiras, por ocasião das promoções sociais do Clube.

Quero parabenizar o diretor de O IMPACTO, o contador ADMILTON ALMEIDA, pela passagem do seu natalício, desejando-lhe sucesso, na sua já vitoriosa caminhada.

Hoje tem ESTAÇÃO PONTO.COM, no Fluminense, a partir das 23 horas, interpretando o melhor da saudade. Imperdível!

2 comentários em “O “Alcaquete”, “X-9” E “Dedo Duro”

  • 2 de maio de 2013 em 10:39
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    Caro Eduardo Fonseca. No ambiente policial, todos sabem o quanto é importante e fundamental o fluxo de informações provenientes da sociedade como um todo, sem o que não há êxito em qualquer ação policial, e isso também é imprescindível para as pessoas que se julgam jornalistas nesta cidade ou que, não sendo, são donas de um espaço na mídia. Agora causa estranheza você, um eventual jornalista, não saber, ou se sabe, omite as causas determinantes dessa onda de assaltos que ocorreram na cidade. É simplório o raciocício que resume as causas da violência como resultado da suposta inação policial, que os órgãos de segurança não apresentam soluções para o problema. Os Juízes, promotores e toda a sociedade são elementos desta equação, e VOCÊ também, em sua atuação como advogado, quando obtém na Justiça a liberdade de um assaltante reincidente e irrecuperável. Saudações

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  • 30 de abril de 2013 em 12:15
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    já somos um novo méxico na américa do sul no nível de violencia, onde a delinquencia tá botando pra frente, se o estado não agir firme, aí não saberemos mais quem é policia ou quem é bandido.

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