Praia de Alter do Chão desaparece sob as águas do rio Tapajós
O período chuvoso (inverno amazônico) está sendo considerado por turistas e moradores o “vilão” do desaparecimento temporário de algumas praias localizadas às margens do rio Tapajós, no Município de Santarém, Oeste do Pará. Entre os meses de fevereiro e junho, época de cheia na Região Amazônica, praias famosas, como Alter do Chão e Ponta de Pedras, em Santarém, desaparecem temporariamente.
Na época de cheia, donos de pousadas, hotéis e restaurantes tanto de Alter do Chão quanto de Santarém reclamam do movimento fraco de turistas. A saída para atrair turistas, segundo a titular da Secretaria Municipal de Turismo (Semtur), Irene Belo, seria a realização de festivais gastronômicos.
Outra saída, de acordo com agências de turismo, seria a realização de eventos a nível nacional e internacional, o que fomentaria hotéis, pousadas e restaurantes de Santarém, Alter do Chão, até de outros municípios, como Belterra e Mojuí dos Campos. A falta de estrutura para embarque e desembarque de passageiros no aeroporto Maestro Wilson Fonseca também preocupa empresários ligados a área turística.
De acordo com o deputado Nélio Aguiar, somente no ano de 2012, mais de 400 mil pessoas passaram pelo aeroporto de Santarém, mesmo sem o local apresentar uma boa estrutura para receber uma grande quantidade de passageiros. Em discurso realizado neste mês na Assembléia Legislativa do Pará (Alepa), Nélio Aguiar cobrou melhorias e ampliação do Aeroporto de Santarém.
Além da cheia que afasta os turistas de Alter do Chão, uma informação publicada na semana passada sobre a alteração na data do Festival do Sairé, programado para setembro deste ano, deixou chateado donos de hotéis, pousadas e restaurantes da Vila Balneária. Agências de turismo e empresários da rede hoteleira alegam que terão grandes prejuízos com a mudança na data da festa do Sairé, pois venderam pacotes de viagens para o período que todos os anos é realizado.
Alagamento da Avenida Tapajós: As fortes chuvas que caem com freqüência na região Oeste do Pará resultaram no alagamento da Avenida Tapajós, em frente a cidade de Santarém. Por conta da enchente, vários trechos da Avenida Tapajós foram interditados dede o início da semana passada. Quem precisa trafegar diariamente na via deve pegar outro caminho devido a cheia do Tapajós. Galerias tomadas pelas águas do rio Tapajós e pontes instaladas para dar acesso ao cais de arrimo modificam a paisagem na área central de Santarém. Desde a semana passada, o trecho compreendido entre a Travessa 2 de Junho e Felisbelo Sussuarana foi interditado, o que tornou o local em via de mão única. A Defesa Civil informou que pela medição da régua fluviométrica da Marinha, instalada no porto da Companhia Docas do Pará (CDP), o nível do rio Tapajós nos últimos dez dias esteve em constante oscilação ficando entre 7.48 e 7.42 metros. Já na terça-feira, 30, a marca, segundo a Marinha, atingiu 7.60 metros.
Fonte: RG 15/O Impacto