Comunidades ribeirinhas de Santarém vivem sem energia elétrica
Falta de rede de energia elétrica, precariedade de atendimento a saúde pública, inexistência de sistema de distribuição de água potável e poucas escolas para crianças e adolescentes. Esta é a real situação de mais de 30 comunidades localizadas no Alto e Médio Rio Arapiuns, na zona ribeirinha de Santarém, Oeste do Pará.
Comunitários denunciam que há cerca de oito anos estão sem receber qualquer tipo de assistência por parte dos órgãos administrativos de Santarém e do Pará. Os moradores reivindicam obras de instalação de redes de energia elétrica nas escolas e nas residências dos vilarejos, além de melhorias de abastecimento de água potável e de assistência hospitalar.
Quem precisa de água para tomar banho, cozinhar ou lavar roupas, percorre centenas de metros até chegar à margem do rio Arapiuns, para que com o auxilio de uma lata na cabeça leve o liquido precioso até a residência.
Escolas superlotadas e sem estrutura para a melhoria do aprendizado dos estudantes também viraram alvo de reclamação dos moradores, assim como a falta de assistência hospitalar por parte do Barco/Hospital Abaré.
Para o vereador Júnior Tapajós (PMDB), que esteve visitante o rio Arapiuns recentemente, ainda existem muitos problemas em dezenas de comunidades, como as escolas que foram construídas nos últimos anos, as quais já estão precisando de reforma e ampliação por causa do aumento na demanda de alunos, além da questão da falta de energia elétrica.
“O programa do Governo Federal ‘Luz Para Todos’, como o próprio nome diz, ainda não chegou para todos”, critica o parlamentar.
De acordo com Júnior Tapajós, existem comunidades que precisam da ação do Poder Executivo, através da doação de motores a diesel, para a instalação de redes de energia elétrica. Ele destaca que há comunidades que precisam de um microssistema, pelo fato de que a água já não tem a mesma qualidade de alguns anos atrás.
“No verão, as praias do Arapiuns fazem com que as casas fiquem distante do rio. Isso fica cansativo para as pessoas irem com uma lata d’água na cabeça até o rio e trazer para suas casas”, analisa o Vereador.
Júnior Tapajós entende que a Prefeitura Municipal precisa com urgência tomar frente para amenizar o sofrimento daquele povo. Mesmo com todas as dificuldades da falta de água e de energia, segundo ele, a prioridade dos comunitários das regiões do Arapiuns, Lago Grande e Tapajós é a educação.
Os comunitários entendem que a educação é que vai fazer as melhorias acontecer. “A gente cobra do Governo Municipal uma maior presença no interior, principalmente nas regiões de rios e planalto. Cobramos da Celpa que inicie a instalação do programa ‘Luz Para Todos’ nessa região”, diz Júnior, informando que a OI Telefonia, que é responsável pela telefonia pública na Região Norte, não está atendendo corretamente as comunidades.
“Existem comunidades que tem aparelhos e, que hoje não funcionam mais, além de residências que tem telefonia fixa e que não serve pra fazer ligações. A OI deve aplicar o que está no contrato de quando foi feito o leilão para os serviços de telefonia pública no Brasil”, declarou Junior Tapajós.
Fonte: RG 15/O Impacto
Reclamam de quê? Em 2013 fizeram coro contra as usinas hidrelétricas. De onde acham que vem a eletricidade? De pilhas? De Deus? Quem paga a conta de levar energia até eles? O resto da população? Não quiseram ter o modo de vida tradicional, viver da caça e da pesca? Foi isso que disseram lá, no seminário. Agora querem luz elétrica. Quem vai gerar essa luz?
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Eu vi um cara pedalando, seis lâmpadas acesas e uma TV ligada. O gerador precisa ser ligado a uma fonte de energia mecânica. Qual seria ela?Uma roda d\’água? Nos rios da planície amazônica não há queda e a velocidade da água é muito baixa, na região o vento é muito inconstante. Quem moverá o gerador?