Idoso é suspeito de torturar menino de seis anos

Criança torturada
Criança torturada

Um vendedor ambulante, de 59 anos está no centro de uma discussão e pode até ser preso, pois é suspeito de espancar e até mesmo torturar um menino de apenas 6 anos de idade, em Marabá. As “execuções”, ou castigos foram aplicados na criança na semana passada e por conta das “tacas” a criança está toda “lanhada”, sobretudo, nas costas.

E tudo porque a criança é peralta e costuma “contrariar” o suspeito. O caso foi denunciado ao Conselho Tutelar do bairro Cidade Nova, sendo que representantes desta entidade denunciaram o caso à Polícia. Na tarde de ontem uma equipe de investigadores da Polícia Civil, comandada pelo delegado Reinaldo Marques Júnior foi até a casa e constatou que a criança estava toda “lanhada de taca”.

Diante desta constatação óbvia, a criança contou em depoimento ao delegado Reinaldo Júnior que apanhava constantemente do suspeito. Além do depoimento da criança o delegado verificou que havia várias marcas de espancamento. Para o delegado e para a imprensa o suspeito confirmou que “executava” o menino e que achava normal “castigar” a criança.

Alegou ainda que recebe diversas reclamações de vizinhos acerca do comportamento da criança como uma tentativa de justificar as tacas que aplicava no garoto. Para ele, este seria o método correto de corrigir eventuais falhas da criança e ainda justificou dizendo que se não bate na criança, este pode se desviar do caminho da cidadania e migrar para o crime.

“É por isso que tem muitos marginais no mundo, pois hoje não se pode mais ‘executar’ o garoto”, justificou comentando que depois deste episódio vai “afrouxar a rédea”, e que não vai mais se importar com o menino. Um familiar da suposta vítima disse que não concorda com a postura do suspeito, mas acredita que ele, em muitos casos, não pode ser penalizado, pois não responde pelos seus atos.

ACIDENTE

Tudo por conta de um acidente doméstico que sofreu no dia 7 de junho de 2006 quando recebeu um choque elétrico, caiu, bateu a cabeça e ficou em coma durante 14 dias e quando saiu do coma sofreu sequelas. Uma destas sequelas seria o comportamento bipolar e que em muitos casos sai de si e não responde pelos atos dele. “Ele tem laudos dizendo que não é normal e que não tem condições de cuidar de uma criança”, lembra.

A mesma tese é defendida pela filha do acusado, que não defende o pai, pois acredita que o comportamento dele é errado, mas disse entender que ele não é responsável pelos seus atos.

Contou ainda que costuma ir até a casa do pai dele e o aconselha em relação ao menino e que não concorda com o comportamento do pai. “Ele não pode ser responsabilizado, pois tem laudos que atestam que ele não é normal” comenta.

Independentemente dos argumentos dos parentes do suspeito, o delegado Reinaldo Junior ficou de indiciar o acusado por lesão corporal, maus tratos, ou até mesmo tortura.

Fonte: Diário do Pará

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