Gripe A já causou 16 mortes no Pará
O total de 24 mortes provocadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) – 16 delas relacionadas ao vírus H1N1 – este ano, chamam a atenção para a onda de gripe no Pará.
O número de mortes já é maior que o registrado no primeiro semestre de 2010, quando 23 mortes foram registradas. Naquele ano, o Estado liderou o ranking de casos de gripe por influenza A no Brasil, quando 33 pessoas morreram vítimas da doença.
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), até o último dia 14, 163 casos de SRAG foram registrados, sendo que 86 deles deram positivos para H1N1, cinco para o H3N2, 15 para o vírus influenza B e o restante apresentou resultado inconclusivo.
Das 24 mortes por SRAG confirmadas, 15 foram provocadas em consequência do vírus H1N1 (Influenza), uma por H3N2, três por Influenza B, três por vírus Respiratório Sincicial. A Sespa ressalta também que uma morte foi provocada porque o paciente foi infectado tanto por H1N1 quanto pelo vírus Sincicial. Outra morte foi provocado por uma influenza não especificada.
A Sespa ainda investiga 110 casos suspeitos de contaminação por vírus respiratórios, inclusive casos de pacientes que morreram, entre estas ocorrências está a do padre João Derickx, 85, que morreu no último domingo com suspeita de infecção pelo vírus H1N1. Ele fazia parte do grupo considerado de risco.
O padre morava em Ananindeua quando morreu, mas por muitos anos esteve à frente da paróquia Rainha da Paz, no bairro do Bengui. Apesar da suspeita da morte ter sido provocada por H1N1, os moradores do bairro não demonstram preocupação com a possibilidade de haver um novo caso da doença na área.
SEM PREOCUPAÇÕES
Para o aposentado Almir Barreto, 69, tratou-se de um caso isolado, por isso acredita que não há motivo para preocupações. “Ele já não morava mais aqui, ainda não ouvimos falar de outros casos por aqui. Além disso, não foi confirmado que ele estava com a doença”, comentou o aposentado, que tomou a vacina contra gripe.
A chefe do Departamento de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), Leila Flores, confirmou que o padre residia em Ananindeua e ainda explicou que o órgão leva em consideração a residência do paciente quando se registra a morte – e não o local de infecção.
“Estamos aguardando o resultado dos exames feitos no padre. O material foi coletado na semana passada e acredito que até esta quarta-feira (19) a gente já saiba do resultado”, comentou Leila.
Ela informou que o número de mortes por SRAG, em Belém já chega a onze. Questionada se algum trabalho de prevenção será feito, Leila, reiterou que não há trabalho de prevenção no local nestes casos. “A gente só recomenda as pessoas evitem locais de muita aglomeração, lavem bem as mãos e, em casos de sintomas de gripe, procurarem imediatamente um médico ou posto de saúde”.
Fonte: Diário do Pará