Alunos do Frei Ambrósio voltam às aulas em salas improvisadas
Um mês após o fim das férias escolares do primeiro semestre, a escola estadual Frei Ambrósio teve as aulas retomadas na segunda-feira (1), em Santarém, no Oeste do Pará. Porém, devido as obras de reforma ainda não terem sido concluídas, alguns locais foram improvisados para servirem como salas de aula para os alunos.
Sem fixação nas paredes, os quadros foram apoiados em mesas, as instalações elétricas estão expostas e, para amenizar o calor, são usados ventiladores, enquanto as centrais de ar não são instaladas. Enquanto as três salas de aula não ficam prontas, a alternativa encontrada pela direção foi transformar espaços pedagógicos, como a sala de vídeo, por exemplo, em sala de aula para atender os alunos nos três turnos.
“Para nós, a preocupação é garantir os duzentos dias [de aula] do aluno e, por conta disso, a gente está fazendo o possível mesmo sem as condições que esperávamos que tivéssemos para começar as aulas”, informou o diretor da escola Marcos Botelho.
Segundo a direção, esta é a primeira reforma por completo da escola em 114 anos e, por isso, algumas adaptações foram necessárias. “Troca de telhado, troca de forro, parte elétrica, piso e pintura. Entraria a climatização das salas, o que é um sonho para todas as escolas. A gente conseguiu fazer um termo aditivo, junto com o engenheiro da Seduc, para construir um auditório, que não temos, a quadra já estava prevista desde 2013, conseguimos acrescentar um conjunto de banheiros atrás da quadra”, completou Botelho.
Para os alunos, mesmo com as dificuldades, é o momento de recuperar o conteúdo perdido por conta do atraso no início das aulas. “A gente não tinha nem condições de estudar. Era tudo empoeirado, as mesas quebradas, as paredes riscadas, não tinha nem como estudar. A gente espera que termine o ano letivo de dezembro para janeiro e correr atrás do prejuízo”, afirmou o estudante Everton Henrique. “A expectativa é que a gente termine logo. A gente está muito atrasado e queremos conteúdo. Esperamos que fique tudo bem, mas enquanto isso, a gente vai ter que estudar dessa forma. Não podemos ficar parados”, declarou Milena Geise.
Com o atraso, o calendário letivo na escola sofreu alterações, com a inserção de aulas em pelo menos dois sábados por mês até 2015.
O início das aulas estava previsto para agosto, mas devido à reforma, foi adiado no mínimo duas vezes. Outras escolas, como Frei Othmar, Wilson Fonseca, Gonçalves Dias e Álvaro Adolfo também passam por reforma.
De acordo com o calendário da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), a reforma deve ser concluída em novembro.
Fonte: RG 15/O Impacto e G1