Na mosca
Com o atual surto de doenças causadas por mosquitos, pode-se dizer que a igreja católica acertou na mosca ao propor o tema “Casa comum, Nossa Responsabilidade” como campanha da Fraternidade desse ano, cujo objetivo é discutir e propor soluções voltadas para assuntos, especialmente os relacionados ao saneamento básico, como água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana, manejo de águas pluviais e etc.
Sabendo que alguns entendidos no assunto dizem que é possível se economizar cinco reais com gastos em saúde, caso se invista um real em saneamento básico; sugiro que deva ser discutido o porquê somos tão carentes desse tipo de serviços. Arrisco, de logo, em dizer que é porque ainda prevaleça a má fé, a ladroagem.
Decerto que a situação é periclitante, então que façamos de imediato as limpezas de nossos quintais, acondicionando o lixo em locais apropriados, levando-os para a rua no dia exato da coleta de lixo, e outras medidas que os panfletários entendam necessárias.
No entanto, devemos discutir com mais profundidade e cobrar cada vez mais e sempre políticas públicas e atitudes mais responsáveis daqueles que dizem nos representar; afinal, se a “casa é comum” os impostos arrecadados, que não sou poucos, também o são.
De toda sorte, a considerar a cidade de Altamira como modelo, na qual dizem terem investido R$ 300 milhões em saneamento como condicionante por abrigar uma das maiores hidroelétricas do mundo, as demais cidades vão precisar, além da igreja católica, de todas as outras religiões e credos.
Fonte: RG 15\O Impacto