Mãe e padrasto de menina morta são presos pela Polícia, em Itaituba

Charlene da Silva Moraes, de 35 anos, e Reginaldo Alves de Sousa, também de 35 anos, mãe e padrasto de Daniele Mores Lucas, de 11 anos de idade, que morreu no domingo, 04 de junho, no garimpo Mamoal, próximo ao Distrito de Moraes Almeida, há cerca de 400 km de Itaituba, sudoeste do Estado. Os dois foram presos no final da manhã desta quinta-feira (08) por força de um mandado de prisão preventiva deferido pela Justiça de Itaituba. Os dois são acusados de espancar Daniele, causando sua morte.

ENTENDA O CASO: Na manhã de quarta-feira, 07, nossa reportagem conversou com Charlene da Silva Moraes e Reginaldo Alves de Sousa. O casal é acusado pela morte da pequena Daniele. Segundo informações, Daniele começou a passar mal ainda de tarde de domingo, teria reclamado de dores na barriga, por isso foi deitar em uma rede. Já por volta das 19hs00min voltou a sentir fortes dores na barriga novamente. Vendo que a criança realmente estava passando mal, o casal teria conseguido um carro para levá-la para a Unidade de Saúde de Moraes Almeida, mas no meio do caminho Daniele não resistiu e morreu. Mesmo assim corpo foi levado para a unidade de saúde, lá o casal não soube precisar a causa da morte da criança, que até então seriam causas naturais.

Charlene é separada do pai biológico de Daniele, com quem viveu cerca de um ano meio. Está vivendo em união estável com Reginaldo Alves há cerca de 8 meses na região garimpeira. Desde dezembro de 2016 que Daniele estava morando com ela. Após a morte de Daniele, os parentes por parte de pai foram informados do acontecido e foram ao Distrito para buscar o corpo e trazer para Itaituba. O corpo da criança chegou na segunda-feira, 05, e logo foi levado ao IML para saber a real causa da morte da criança. Segundo um laudo preliminar, a criança morreu após ter sofrido fortes pancadas na altura da barriga, onde estava roxo, e alguns órgãos estavam machucados. No laudo constatou que ela morreu por: parada cardiorrespiratória, insuficiência respiratória aguda, lesões de vísceras torácica e abdominal, trauma contundente no abdômen. 

Após essas informações, o Delegado mandou ouvir o casal. Na Delegacia eles negaram terem espancado a criança. Relataram que a criança não sofria maus tratos e nem era espancada por eles, mas a Policia quer saber de onde surgiram os hematomas no corpo da criança? Se eles não bateram, quem bateu?

Em entrevista ao repórter Junior Ribeiro, Charlene disse que não batia em sua filha, disse que se estão lhe acusando, quer que provem. “Jamais ia matar uma filha minha. Eu não sou um monstro que estão falando que eu sou. Eu estava no garimpo trabalhando, tirei minha filha da escola pra levar, porque não tinha ninguém pra ficar com ela”… Sobre os hematomas da criança ela disse: “Eu não sei como surgiram, porque apanhar ela não apanhava, espancada ela não foi, quando cheguei com o corpo dela em Moraes Almeida não tinha hematomas no corpo dela, pra mim o que aconteceu com minha filha foi essa doença que o pessoal disse que tá dando muito, (apendicite), que é uma doença que se atacar não tiver perto do medico a pessoa morre na hora. Meu erro foi que eu levei minha filha para dentro do garimpo, não me defendo sobre essa parte, meus dois filhos estão lá e podem falar que eu não bati nela, não sei o que está acontecendo, eu quero saber, eu sou a mais interessada nesse caso, eu sou mãe, não pude ver minha filha pela ultima vez, eu não vi o laudo, não foi nós que batemos nela. Se tem alguma testemunha é pago por ela” (se referindo a tia da criança por parte de pai).

Reginaldo Alves, ao ser questionado pelo repórter sobre seu relacionamento com a criança, disse o seguinte: “Meu relacionamento com ela era tranquilo, nunca discutimos, nunca falei mal dela, ninguém queria matá-la. Isso é mentira, socorremos a criança, vinha no meu colo, não sei por que estão me acusando, porque eu nunca vi ela (mãe) agredindo a menina na frente e nem por trás. Trabalho no poço no garimpo”. O casal levantou a hipótese de o machucado ter sido provocado na viagem para Itaituba, devido a velocidade do carro.

Parentes da criança por parte de pai estão revoltados com a situação, eles pedem justiça para o caso. Segundo informações, eles estão colhendo provas que incriminem o casal. Eles alegam que a mãe e o padrasto estão mentindo, dizendo que não batiam na criança, relataram que a criança era maltratada sim.

Fonte: RG 15/O Impacto e Junior Ribeiro

 

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