Silvio Amorim: “Empresários sofrem prejuízos com burocracia do governo”

Vereador diz que toda atividade empresarial depende de licenciamento do Estado ou Município

O vereador Silvio Amorim, do PSL, esteve em nosso estúdio e concedeu entrevista para a TV Impacto e para o Jornal O Impacto. Na ocasião, Silvio Amorim abordou algumas situações com relação à segurança pública e desenvolvimento de Santarém e região.

O Vereador foi questionado sobre o Conselho de Segurança Pública da região do planalto santareno, onde a onda de violência está imperando. Silvio Amorim foi enfático e disse: “A questão da criação dos conselhos se trata de uma parceria do povo dos bairros, comunitários e comunidade em geral, com o Governo do Estado. Eu estive recentemente participando, a convite, da posse e criação do Conselho de Segurança da Região do Planalto Curuá-una, que é de fundamental importância, porque acaba trazendo não só a Polícia, mas, também, a relação direta com os órgãos de segurança pública e isso facilita”, declarou o Vereador.

“Como costumo dizer em meus discursos nas reuniões, a maioria dos nossos deliquentes, que são levados ao crime, são de famílias desestruturadas. É importante que a sociedade comece a pensar, também, como mudar a relação familiar entre pai e filho e como nós podemos nos relacionar com os órgãos de segurança, tendo os mesmos como parceiros. Isso é importante, pois acabamos tendo a constante presença deles conosco. Essa é a função do Conselho, que é buscar uma forma de combatermos a criminalidade dentro do seio da família. Está faltando amor dentro de nossa sociedade”, disse Silvio Amorim.

A estrutura principal de qualquer nação, a célula mather, é a família e, parece que essa desagregação familiar se torna uma das vertentes principais da violência. “Uma comprovação disso são os filhos da hidrelétrica do Belo Monte. Hoje a forma de levarem a criação da hidrelétrica sem uma estrutura adequada, Altamira está pagando um preço muito caro. Que tipo de desenvolvimento é esse, que nós fazemos de uma cidade pacata como a mais violenta do Brasil? Nós temos que tomar muito cuidado com a forma que vamos fazer esse desenvolvimento chegar”, alerta Amorim.

É bom esclarecer que hoje, o traficante de drogas está atuando dentro das escolas, onde acontecem assaltos e fazem com que adolescentes e até crianças entrem para esse mundo do crime. “Vou fazer uma análise rápida com relação à implantação do projeto Belo Monte. No início, todo mundo se focava no emprego, todos estavam trabalhando e não tinha tempo para ações ilícitas. Eu costumo ouvir desde a minha amada avó e do meu pai, o seguinte “mente desocupada é oficina do capeta”, que se trata de um ditado popular correto. Hoje as pessoas estão ociosas e não sabem para onde ir, e consequentemente vão para a venda de drogas, criminalidade, assaltos a mão armada, enfim, várias mazelas que ficaram de uma atitude insensata que o Governo, por um lado, quis dar um desenvolvimento a qualquer custo, quando na verdade deixou os filhos das hidrelétricas de Belo Monte na criminalidade, sendo que hoje estão causando um impacto muito triste que é de ter uma cidade como Altamira, a mais violenta do Estado do Pará”, informou Silvio Amorim.

“O Conselho de Segurança do Planalto já está criado, e já foi devidamente instalado e agora é só levar o serviço e fazer a relação direta com os órgãos de segurança pública do Município. Nós estamos nos relacionando e levando, também, outros fatores, como treinamentos e cursos que são muito eficientes”, afirmou.

BUROCRACIA EMPERRA DESENVOLVIMENTO: Ao ser questionado por nossa reportagem sobre a indústria madeireira, já que Santarém foi um grande exportador de madeira e gerou muitas divisas para o Município, sendo que hoje estamos aqui completamente estagnados, e recentemente foram debatidas na Câmara, as dificuldades do setor madeireiro em Santarém, principalmente referente à liberação de licenças por parte dos órgãos do Governo, o Vereador faz o seguinte esclarecimento: “Na verdade, não se limita somente ao setor madeireiro, mas de toda a atividade empresarial que depende de licenciamento do Estado ou do Município. Nós temos uma dificuldade muito grande, eu acho que devemos pensar nisso e deixar de impedir que as indústrias se instalem no Município. Se você assumiu uma pasta, deve assumi-la tecnicamente e não ideologicamente. Esse fator ideológico “ah!, eu não gosto disso, então, vou fazer de tudo para prejudicar aquilo”, é um fato que nós precisamos respeitar. “És técnico?”, sim, mas eu não gosto. “Então, não assume a pasta”. Você tem que ser técnico, e se está certo, vamos liberar. Se está errado, vamos mandar corrigir. Hoje o setor florestal está passando por uma dificuldade muito grande porque as pressões são muitas. O empresariado está sofrendo prejuízos devido à burocracia do Governo. Eu queria que as pessoas passassem a entender melhor”, declarou o Vereador.

“Na questão fundiária nós temos um problema sério. Como é que você vai fazer qualquer projeto de manejo, se muitas pessoas são contra desmatamento florestal do setor madeireiro? Na verdade, nós temos que olhar que no setor florestal, hoje, não existe técnicas estudadas, praticadas e executadas incansavelmente para descobrir uma “fórmula x”, que foi o manejo florestal. Hoje, se você observar todas as áreas onde tem manejo florestal, nós não temos um pé. Só vamos fazer a floresta permanecer em pé se você manejá-la corretamente. Por exemplo, você nasce e se tornou uma criança, cresceu e ficou jovem e de adolescente passou a ser adulto; o seu ápice foi dos 18 aos 45, 50 ou 60 anos, e mesmo assim você ainda hoje consegue produzir. Não é diferente no vegetal, ele também cresce, tem toda uma vida, e chega a um determinado momento onde uma das funções primordiais da árvore, é que ela vai respirar o gás carbônico e vai liberar oxigênio, para assim realizar a fotossíntese, ou seja, é uma forma de metabolizar e produzir celulose para a árvore começar a engrossar e crescer, então, essa forma de mudança ocorre até quando a árvore chegar aos seu 25, 35 anos no máximo. A partir daí elas começam a absorver oxigênio, como nós.

Por: Rafael Duarte

Fonte: RG 15/O Impacto

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