Jorge Carlos – Uma lenda viva do rádio santareno

Referência na comunicação, locutor diz que ainda tem muito a contribuir com o setor

Preste a completar quatro décadas dedicadas à comunicação, em especial ao rádio, Jorge Carlos concedeu entrevista a Osvaldo de Andrade, o qual você poderá acompanhar na íntegra na TV Impacto, acessando www.oimpacto.com.br.

Muito querido por todos os santarenos, do qual mantém grande audiência, Jorge Carlos falou um pouco sobre sua carreira, bem como sobre os projetos que tem para o futuro, que segundo ele já chegou, pois, atualmente trabalha, nos períodos de folga, na sua rádio online, a JC FM, que possui aplicativo para smartphones, que pode ser baixado nas lojas de aplicativos Android e iOS.

Para o âncora da TV Impacto, e também um dos ícones do rádio santareno, Osvaldo de Andrade, a entrevista com Jorge Carlos foi um momento único. “Um dos maiores comunicadores do rádio de Santarém, um grande amigo, um colega que tenho um grande respeito e admiração”, disse Osvaldo.

Jorge Carlos disse que começou de forma inusitada, em eventos esportivos e culturais, que aconteciam todos os domingos, chamados “Rua de Lazer”, onde eram realizados torneios esportivos, em vários cantos da cidade.

“Comecei a falar nos eventos ‘Rua de Lazer’ onde eu peguei o microfone e comecei a falar. Mas antes, eu ouvia muito você [Osvaldo de Andrade], o Ednaldo Mota, Santino Soares, entre outros grandes locutores. E eu ficava imaginando como que eles fazem para rodar uma música atrás da outra. Depois tive a oportunidade, me dada pelo senhor Amir Calderaro e fui para a Rádio Clube. Eu sempre falo que naquela época era difícil entrar em rádio e televisão. Hoje não, é muito mais fácil. Por exemplo, para nós termos um programa de dia, era preciso antes, por vários meses e anos, ficar na programação da madrugada. Tenho muito orgulho de dizer que comecei de baixo, e cheguei até à direção de programação da 94 FM, porque realmente eu passei por todos os setores. Acho que é muito importante para o aprendizado. Tive oportunidade de ir embora de Santarém, várias vezes, e nunca quis sair daqui. Inclusive na época que o Eládio Belisário foi para o Rio de Janeiro. Eu também tive a oportunidade de ir, com um cara chamado Eloy Dicarlo, que hoje tem uma escola de rádio em São Paulo, era proprietário da TV Corcovado. Mas eu nunca quis sair daqui. Tenho uma alegria muito grande, de ter vivido até hoje da minha profissão”, explicou.

Questionado por Osvaldo de Andrade, de qual estilo mais gosta, que mais se identifica no rádio como locutor, ele disse que sempre prezou pelo contato com o público, interagindo com os ouvintes, com ênfase no jornalismo.

“Meu estilo não é o que estou fazendo hoje. Você me acompanhou há muito tempo, sabe que nós trabalhamos junto, o meu estilo é jornalístico. O estilo são críticas, comentários sobre as coisas da cidade. Eu gosto de interagir com o ouvinte, não é o que estou fazendo hoje. Eu sou sincero neste aspecto. Hoje, apesar de eu ter uma audiência muito grande no período da tarde, com flash black, com músicas do passado, eu trabalho muito em cima da seleção musical, mas não é o meu forte. O meu estilo é jornalístico”, afirma Carlos.

Em determinado momento da entrevista, mudou de fisionomia, quando o âncora de TV Impacto, perguntou sobre os momentos de dificuldade, e dos pensamentos em tornos de desistir da carreira no rádio.

“Eu trabalhei com uma pessoa que vivia para o rádio, um cara que vivia 24 horas pensando no rádio, e que me ensinou muito, que foi o Milson Pereira. Eu acredito que a partir da hora que comecei a lutar com ele, inclusive em relação ao problema da falta de energia, do racionamento, da cobrança pela construção do Linhão, nós fizemos muito isso. Na hora que ele chegou para mim e disse assim mesmo: ‘- Caboclo, tu não tem que mostrar nada para ninguém. Não tem mais que dá satisfação profissional para ninguém’. A partir daí, o que ele me disse, e você sabe que era difícil ele fazer um elogio, eu me senti realmente um profissional. Sobre desistir, eu sempre penso, sempre pensei, mas aí eu ficava pensando o que iria fazer. Eu só sei fazer isso. Até o exato momento, eu sempre tenho pensado, eu sempre digo, ‘eu vou parar’. Apesar de saber, que eu ainda tenho muito a contribuir, com o rádio santareno. Tenho capacidade, e uma coisa que Deus me deu que é a minha voz, que não envelheceu. E ouço muitas gravações que eu fazia anteriormente, e que faço hoje, e observo que minha voz não envelheceu. Tanto é que já estou procurando outros caminhos dentro do rádio. Como por exemplo, eu criei uma rádio na internet. Pesquisei bastante, e afirmo que o futuro do rádio e televisão é na internet. Como exemplo, ele cita as AM’s que estão acabando, e vão migrando para FM. O futuro de tudo é internet. Então, procurei e contratei um serviço, e para minha surpresa, mesmo com a péssima internet, com dois meses cheguei a mais de 13 mil ouvintes. E cada dia está crescendo. Eu trabalhei numa programação diferenciada, que não é a mesma que toca nas rádios convencionais. Uma programação bem elaborada”, explicou Jorge Carlos.

Por: Jeferson Miranda

Fonte: RG 15/O Impacto

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