Eduardo Fonseca Ed. 1156

UM FUTURO INCERTO PARA O MUSEU “DICA FRAZÃO”

Caro leitor, permita-me reproduzir parte do texto com o título acima, escrito pelo meu colega no Curso de Letras na Universidade Federal do Pará, em 1976, JOÃO CARLOS PEREIRA. Hoje ele é um renomado professor da UNAMA e UFPA e do seu cursinho de Redação, jornalista de O Liberal, onde publicou o texto na edição de segunda-feira, dia 24 de julho, o que entendo ser do interesse do público santareno que conheceram, conversaram aprenderam e amaram DONA “DICA FRAZÃO”
Ao estranho é injustificável silêncio sobre a morte de Dona Dica Frazão, há dois meses em Santarém, segue-se um questionamento tão grande quanto a surpresa da informação: qual será o futuro do museu instalado na Rua Floriano Peixoto, 281, centro histórico da cidade, que abriga cerca de 100 peças, entre roupas, chapéus, rendas flores, bolsas, carteiras, leques produzidos por aquela que sem nenhuma modéstia e com toda a razão, se autoproclamava “a maior artesã do mundo.” Dez entre Dez Santarenos concordam com o título, mas a sua importância para a cultura do Pará vai além das homenagens emocionadas. O que ela produziu a partir de fibras, raízes e cascas da Amazônia projetaram o Pará internacionalmente. Em 1949 quando decidiu que não trabalharia mais com tecidos e criou a grife “Dica Frazão”, feita com fibras naturais, viu suas roupas ganharem o mundo e chegarem, inclusive, à sala de vestir a rainha da Bélgica. Agora, a incerteza ronda o museu que é o orgulho de uma Cidade.
Nascida Raimunda Rodrigues Frazão, no dia 29 de setembro de 1920, em Capanema, dona Dica chegou a Santarém em 1943 e nunca mais saiu de lá, em 22 de junho de 1999 criou o museu que leva o seu nome e doou todo o acervo para a prefeitura local. Seu ideal era conseguir recursos para refrigerar o espaço e construir as vitrines da segunda sala. O Ministério da Cultura ajudou na primeira etapa, mas muito ficou por realizar. A Prefeitura ajudava fornecendo material de limpeza, mantendo um funcionário para cuidar das salas e pagando a conta de luz. “Até a prefeita Maria do Carmo tudo ainda funcionava. Depois veio o prefeito Alexandre Von e suspendeu a ajuda. O atual prefeito, novo no cargo, prometeu retornar o auxílio”, diz a museóloga Maria de Lourdes Rodrigues Frasão (com S por erro de cartório, observa) filha mais nova da Dona Dica, que pretende organizar a Herança cultural da sua mãe.
Dona Dica era viúva e há 40 anos tinha como companheiro o senhor Pedro Vitor Olaia. Quando Lourdes Frazão retornar para Brasília, cidade onde mora, na próxima semana, o museu ficará sob a responsabilidade desse senhor e de um funcionário do casal. “No velório da mamãe, realizado na catedral de Nossa Senhora da Conceição, o Prefeito disse que daria apoio ao museu. Como moro em Brasília e sou museóloga, vou tentar que o MinC olhe para ele”.
Enquanto esteve em Santarém, Lourdes identificou a necessidade de catalogar pelo menos 40 peças do Museu e transformar em bilíngue a edição do catálogo. “Há muito trabalho pela frente. A mamãe conseguia transformar lixo em ouro”. O museu Dica Frazão não possui bilheteria, porque não há venda de ingressos. Na saída, o visitante é convidado a depositar numa caixa o valor que achar justo. Até os últimos dias da vida, quando a família planejava as comemorações de seus 97 anos, dona Dica se orgulhava de acompanhar as pessoas que iam ao museu e repetia, incansável, a história de cada uma das peças expostas,na saída, era impossível não comprar uma bolsa, ou um leque ou uma carteira feitos por ela. “A mamãe trabalhou praticamente até o dia de ir para o hospital. Ela fazia tudo com muito amor. E seu último pedido foi para que não deixassem o museu acabar.”
Vitimada por uma pneumonia, Dona Dica se locomovia numa cadeira de rodas, mas o bom humor e o amor pelo que realizava eram maiores que o sofrimento, a última entrevista que deu, em setembro de 2013, foi para mim e O LIBERAL a publicou em duas partes. À época pude ver o quintal da casa-museu, onde sonhava edificar um centro cultural e uma escola de arte. Também planejava ampliar as salas de exposição. Quando falava dos projetos, não parecia uma senhora de 93 anos, mas uma jovem com longa vida pela frente. “O mato tomou conta do quintal, porque não havia quem cuidasse dele. Vou tomar a frente dos sonhos da mamãe e fazer o que estiver ao meu alcance”, promete Maria de Lourdes, que só pode contar com a ajuda oficial. O pedido já foi formalizado junto a Secretaria de Cultura do Município e, segundo as normas da burocracia, a autora aguarda o deferimento.
O trabalho de uma artesã que descobriu a maneiras curiosas de tratar fibras naturais, transformando-as em material semelhante ao tecido de algodão, que depois eram tingidos com essências extraídas de cascas de árvores, sempre contou com a ajuda de Nossa Senhora da Conceição de quem era devota. A Padroeira de Santarém vai precisar interceder também pelo legado de dona Dica. //////////// Eis aí a preocupação feita por uma pessoa de fora da nossa cidade, mas reconhecendo o valor e a necessidade de se preservar e manter o Museu Dica Frazão, um patrimônio cultural da nossa Terra, não só por ser um legado herdado de uma grande artista, mas também como atração turística para os visitantes da nossa cidade. Espero que o nosso dinâmico Secretário Municipal de Cultura interceda junto ao nosso mandatário máximo, agilize a ajuda para o nosso museu Dica Frazão. UMAS E OUTRAS: é impressionante o “não estou nem aí para o povo brasileiro”, por parte dos “velhos de Brasília que não são eternos”. E para pagar a liberação das chamadas emendas parlamentares, para poderem votar pela rejeição do relatório contra o atual presidente TEMER. Aumentaram o combustível para o povo brasileiro, pagar a conta. Caso não derrubasse a liminar que cassava o aumento do preço do combustível, já anunciavam novos impostos, mas em nenhum momento falaram em reduzir suas benesses, suas mordomias. E assim, me lembrou a tomada da Bastilha na França em 14.07.1789, umas das causas era isso aumento abusivo de impostos e o governo despótico e a miséria do povo. Os brasileiros assistem “chorar a nossa pátria mãe gentil”, ou seja, o povo se junta em milhões nas praças das principais capitais do país, para a marcha GLS e etc… e tal. E não vai às ruas contra essas aberrações. ACORDA Brasil, temos a oportunidade de mudar tudo isso, no dia 07 de 10.2018, primeiro turno. Vamos varrer essa cambada do planalto e voltarem as suas insignificâncias, //////////////// Foi uma grande festa para os católicos santarenos a presença da imagem peregrina de Nossa Senhora de NAZARÉ, A RAINHA DA AMAZÔNIA, aqui em terras tapajoara. Assim Santarém entra na rota da peregrinação da PADROEIRA DOS PARAENSES, para os próximos anos. ///// Alguns desses auxiliares do prefeito NÉLIO, parecem que não tem prestígio junto à cúpula central, porque não aparecem obras de suas secretarias. Como as responsáveis pelas academias e brinquedos da frente do Parque e da Praça das flores. Estão com brinquedos, quase todos enferrujados e apresentado risco para quem utilizar, assim como as máquinas para exercícios físicos nasacademias da frente do Parque e da Praça das Flores, precisam de recuperação para que os contribuintes possam utilizá-la, e não uma folha de papel tipo chamex já amarelada pelo tempo, onde está escrito, INTERDITADA. Ora, vamos recuperar as máquinas. Vejam quantas pessoas utilizam pela parte da manhã, entre seis e oito horas. //////// Quero desejar pronta recuperação à matriarca da família Miranda. Dona Dora e a recuperação do meu colega de infância e de profissão: Wilton Dolzanes. Que Deus e Nossa Senhora da Saúde lhe deem a pronta recuperação. /////// HOJE TEM SEXTA DA SAUDADE NO FLUMINENSE, NUMA PROMOÇÃO DE SANTARÉM MASTER, com ROSELITO E LÍGIA MÔNICA, A PARTIR DAS 23 HORAS, IMPERDÍVEL.

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