Tesouro Perdido – 51 milhões achados em imóvel supostamente usado por Geddel

A Polícia Federal já contabilizou mais de R$ R$ 51 milhões (R$ 51.030.866,40) – uma parte em dólares – no montante encontrado em um apartamento em Salvador supostamente ligado ao ex-ministro Geddel Vieira Lima. A contagem do dinheiro ainda não terminou.

O dinheiro foi encontrado na manhã de ontem, (5), durante a Operação Tesouro Perdido – 3ª fase da Operação Cui Bono – em um apartamento no bairro da Graça, área nobre da capital baiana.

Segundo a Justiça Federal, o local era utilizado por Geddel para armazenar dinheiro obtido em crimes relacionados à manipulação de créditos e recursos na Caixa Econômica Federal. Oficialmente, o imóvel pertence a Silvio Silveira, que o teria emprestado a Geddel para guardar, supostamente, pertences do pai do ex-ministro, morto em janeiro do ano passado.

Geddel Vieira Lima cumpre, atualmente, prisão domiciliar no apartamento da família na Barra, outro bairro nobre de Salvador. Como o estado da Bahia não dispõe de tornozeleira eletrônica, o ex-ministro cumpre a pena sem o equipamento de monitoramento. A Secretaria de Administração Penitenciária da Bahia informou à Agência Brasil que o contrato com a empresa fornecedora das tornozeleiras prevê a entrega do equipamento até o próximo dia 20.

“Ninguém aguenta mais tanto roubo”, disse Geddel em ato contra corrupção

Em 16 de agosto de 2015, Geddel foi um dos 5 mil manifestantes que se concentraram na região do Farol da Barra, na capital baiana, para pedir a saída da petista. Entre eles, estavam outros políticos como os deputados José Carlos Aleluia (DEM-BA) e Antonio Imbassahy (PSDB-BA), sucessor dele na pasta.

“Chega, ninguém aguenta mais tanto roubo. Isso já deixou de ser corrupção. É roubo, assalto aos cofres públicos para enriquecer os petistas”, disse um exaltado Geddel em entrevista a uma TV. Na ocasião, ele disse que o país não suportava mais um governo tão incompetente. O peemedebista foi vice-presidente da Caixa no primeiro governo Dilma e ministro da Integração Nacional na gestão Lula.

Veja a entrevista de Geddel com apelo contra a corrupção:

A Polícia Federal localizou, nesta manhã, um “bunker” com oito malas e cinco caixas recheadas de dinheiro em um apartamento em Salvador atribuído ao ex-ministro da Secretaria de Governo. A ação faz parte da Operação Tesouro Perdido, desdobramento da Cui Bono. Até o início da noite já haviam sido contabilizados R$ 22,5 milhões. Mas a contagem ainda não acabou. Essa já é considerada a maior apreensão de dinheiro em espécie da história do Brasil.

A descoberta complica a situação de Geddel, que está em prisão domiciliar na Bahia, acusado de obstrução da Justiça. O ex-ministro, que virou réu em 22 de agosto, foi denunciado por tentar atrapalhar as investigações sobre o desvios no FI-FGTS, o fundo de investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, no período em que foi vice-presidente da Caixa. Segundo a acusação, ele tentou impedir o doleiro Lúcio Funaro de fazer delação premiada.

Em 3 de julho, o ex-ministro chegou a passar dez dias no Complexo Penitenciário da Papuda, antes de ter a prisão domiciliar autorizada. De acordo com nota do Ministério Público Federal, o objetivo de Geddel era evitar que Funaro e o ex-deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) firmassem acordo de delação premiada. O ex-ministro é acusado de oferecer vantagens indevidas, além de “monitorar” o comportamento do doleiro para constrangê-lo a não fechar o acordo.

Com informações da Agência Brasil e Congresso em foco

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