Eduardo Fonseca Ed. 1184

TUDO VAI SE ACABAR NA QUARTA-FEIRA

É isso que acontece todos os anos quando chegamos na sexta-feira gorda. Abandona-se todas as responsabilidades e que tudo fique para se resolver só quarta-feira.
Sábado passado, 02/02/18 encontrei-me com dois baluartes do carnaval de outrora em Santarém, e conversamos sobre o tema. CARLOS MESCHEDES, DO BREGUELHEGUE- Bloco este que me lembro na minha infância, se reunia, no quintal da casa dos pais do Carlos Meschede, na parte da esquina da Trav. 15 de agosto e Av. Galdino Veloso, debaixo da seringueira e do taperebazeiro.
Os moleques daquela época, onde me incluía, só de calção, formávamos filas na esquina da Rui Barbosa, com a Trav. 15 de agosto, onde o SR.ALMEIDA, representante do MARTINI e CINZANO, bebidas que marcaram a copa do mundo de 1962, quando o Brasil foi Bi Campeão do Mundo de futebol, (assim falava-se na época), distribuía chapéus de papel, com as logomarcas das bebidas para que a gente fosse atrás do bloco, (não havia essa cópia, ou modismo baiano, de pipoca). Era a nossa fantasia, com algumas folhas de mangueira enfiada uma na outra, se fazia um colar e pronto ia-se atrás do Breguelhegue. Este era o bloco que se dizia da “societe”, porque era formada, quase na sua totalidade, pelas famílias que moravam lá no centro da cidade e pelos jogadores do América, cuja sede era na Floriano Peixoto (hoje, Maestro Wilson Fonseca) entre as Travessas Barão do Rio Branco e Trav. Dos Mártires.
Foi um bloco que marcou o Carnaval santareno, principalmente, já nos anos oitenta com a presença do cantor Chico da Silva, que fazia e “puxava” o samba na Trav. Barão do Rio Branco, que passou a ser avenida, porque se fazia dela a “passarela do samba”. E por lá “desfilaram muitos sambistas imortais”: o Velho Manoel, Bendelack, Nego César, Paxá, Prof. Romana Leal, Laurimar Leal, Mangueira, Sete, Jabá, Pedro Olaia, Pedrinho Ataide, Cartolina, Pachequinho, Morenão, Nenê, Zaira Wanghon, Quinzinho, Domingos Campos, Haroldo e Anthymio Figueira, entre muitos outros.
O outro carnavalesco do passado que encontrei no Mercadão 2000, no sábado passado foi o meu primo PAULO LIMA, um dos baluartes do saudoso BLOCO UNIDOS DAS ACÁCIAS, extrovertido e introvertido. Os brincantes … era isso mesmo eram só brincantes, só do Sexo masculino. Sem ser discriminação. Era a turma ligada com a família Lima, que moravam no terrenão localizado na São Sebastião com a Silvino Pinto, onde, posteriormente, viria a ser a Academia Djalma Lima e Irmãos.
O nome era uma inovação, protesto e saudação porque derrubaram as mangueiras que havia no centro da Avenida São Sebastião e plantaram acácias, nas laterais, como, ainda há algumas hoje, era o protesto, bem humorado, porque o Bloco era aguardado com muito expectativa pelas pessoas que se postavam ao longo da Travessa Barão do Rio Branco, e trazia um boa, senão, a maior e melhor bateria da época e primavam pela organização e pelas E diga-se de passagem, naquela época, a Prefeitura não dava a “ajuda financeira”, cada um se virava, com feijoada, festa de chope, bingo, livro de ouro, doações ou outras formas de conseguir recursos e apoio. Tudo isso numa época em que nem se cogitava ter o polêmico “mela – mela”.
Hoje, só restam boas e saudosas lembranças dos seus brincantes e muitos ainda continuam saindo, só que agora no FULERAGEM como o líder, o músico, Antonio Paixão “O MARRETA”.
Ora, o brasileiro é assim, em pleno inicio de trabalhos legislativos, com a Crise financeira, nos municípios, o povo vai para as ruas, ligados na “folia de momo”, quer seja no Rio de Janeiro, Recife, São Paulo e Salvador, nos blocos da Cidade Velha em Belém o povo mostra, assim que o Brasil é muito maior que a sua corrupção e seus poderosos. Estes, principalmente do Legislativo, já no recém aberto ano legislativo iniciam com um “pé no avião” para a folia nos seus estados ou para uma “folga” numa cidade muito “bacana” em praias paradisíacas.
Ora meu caro leitor, em todos os lugares o carnaval de rua cresce ano a ano, onde mostram a força não só dos blocos de rua, mas também, da alegria e da disposição para a folia e para as festas populares. E assim, a partir de hoje, sexta-feira gorda, o folião pega no ganzé, pega no ganzá, e ao som dos agogôs, tamborins, cuícas e Pandeiros “alumiai os terreiros que eu quero é sambar, sambar, ô, ô, ô, sambar…” e tudo só voltar ao normal na quarta-feira, pela parte da tarde….! //////////// Como já disse o ministro da Fazenda, nessa sua caminhada para aprovar as reformas, principalmente, a previdenciária: “O POVO DEVE COLABORAR”! Faço minhas as palavras dele, mas em outro sentido, pois, embora em alguns setores tenham criticado o nosso Prefeito Nélio Aguiar, os camelôs da Praça da Matriz já começaram a receber em parceria com M município, melhorias, na estrutura de suas barracas, padronizadas. Ufa! Deixou de ser aquela “curutela” de garimpo está mais socializável! Outro ponto! ……. Os moradores dos bairros do Santíssimo estão satisfeitos, com as obras que são realizadas ali, neste tempo de crise: asfaltamento da Av. Brasília, Tocantins, Pedro Gentil e a Pracinha feita ali na Confluência da Dom Amando, com a Afonso Pena, após a Rádio e TV RBA, Tapajós, além da quase concluída recuperação da Orla da Cidade. E sempre em cada bairro tem uma obra de destaque. Santarém ficará mais bela e o povo com melhores condições de vida. é bom o “faladores” andarem pela cidade. Não só naquela em que aquele buraco ainda não foi tapado, como na minha rua. A obra ficou incompleta, deixada pela empresa contratada pelo governo anterior. E o dinheiro do povo., “foi pro ralo”. ///////// Hoje, no FLUMINENSE, antes de tirar a fantasia do Baú, ele promove o último Baile da Saudade, antes da quadra carnavalesca, com a Banda Raízes da Terra, a partir das 23 horas, imperdível!.

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