Precário atendimento da Caixa às prefeituras, atrasa obras

Prefeito Nélio Aguiar, que também preside a AMUT, cobra providências

Após matéria intitulada “Moradores revoltados denunciam cemitério de obras inacabadas”, publicada no O Impacto, semana passada, o prefeito Nélio Aguiar, que também é presidente da Associação dos Municípios da Transamazônica, Santarém/Cuiabá e Região Oeste do Pará (AMUT), informou que os problemas relacionados às paralisações de obras em Santarém, se deve ao precário atendimento disponibilizado pela Caixa Econômica Federal, por meio da Gerência de Desenvolvimento Urbano (GIDUR).

O órgão localizado em Santarém, é responsável por acompanhar as obras executadas por meio de convênios com o Governo Federal. A GIDUR/CAIXA não atende somente ao município de Santarém. Outros municípios da região, estão sentindo as mesmas dificuldades enfrentadas pela Prefeitura de Santarém.

“As obras não andam porque a Caixa Econômica Federal só tem um engenheiro para analisar os projetos. E agora o mesmo encontra-se de licença médica. Está tudo parado. E isso nos preocupa muito”, disse Nélio Aguiar.

O grande avanço em dinamizar o desenvolvimento local por meio de obras públicas, conquistada com a implantação do escritório da GIDUR em Santarém – pois anteriormente o atendimento era feito somente em Belém-, parece não ter alcançado o objetivo principal, que era dar agilidade aos procedimentos de fiscalização de execução de convênios.

Segundo o Prefeito e presidente da AMUT, algumas providências foram solicitadas, especialmente quando esteve reunido em Brasília, com Gilberto Occhi, presidente da Caixa, pedindo solução para esse problema que atinge Santarém e Região Oeste do Pará.

A reunião com o número 01 da Caixa, aconteceu no início do mês de fevereiro. A Gilberto Magalhães Occhi, Nélio Aguiar solicitou melhoria no funcionamento do único escritório da CEF na área de governo e habitação, que atende a região.

“O escritório, que já funciona precariamente, pois conta apenas com um engenheiro para tocar 121 contratos vigentes com 24 prefeituras das regiões da Transamazônica, Santarém/Cuiabá e Região Oeste, pode paralisar o atendimento aos clientes nos próximos dias, pois o engenheiro vai entrar de licença para tratamento de saúde. Obtive, em Brasília, a garantia da vinda de um Diretor da Caixa para Santarém, para avaliar a situação do escritório, que não pode paralisar suas atividades, o que traria enormes prejuízos para os moradores desses municípios, que juntos fizeram captação de mais de 228 milhões de recursos para obras, que agora podem ficar paradas sem o engenheiro para acompanhá-las e elaborar boletins de medição”, disse o Prefeito.

O presidente da AMUT também destacou a importância da descentralização dos serviços prestados pela CEF aos municípios daquela região. Como único escritório em Santarém, alguns prefeitos têm de viajar até quase 700Km para serem atendidos pela Caixa, como é o caso de Novo Progresso.

CONVÊNIOS: Santarém, por ser o maior Município entre todos os consorciados da AMUT, consequentemente, também tem maior volume de projetos junto à Caixa. São 34 convênios, destes, 27 novos, captados na gestão do prefeito Nélio Aguiar.

SOLUÇÃO: A forte mobilização de Nélio Aguiar, trouxe encaminhamentos. Na tarde de terça-feira (20) no gabinete da Prefeitura de Santarém, o prefeito Nélio Aguiar, representantes da Caixa Econômica Federal e o Secretário de Infraestrutura, Daniel Simões, juntamente com sua equipe, conversaram sobre a gestão dos contratos por parte da instituição financeira (Caixa Econômica).

Para o Prefeito Nélio Aguiar, as grandes distâncias da Amazônia impedem que a Caixa atenda com eficiência à quantidade de municípios que dependem exclusivamente da Agência de Santarém. Além disso, ressaltou que o número reduzido de analistas na Caixa atrasa o processo de repasse dos recursos e isso reflete diretamente no atraso de obras importantes para a cidade, sobretudo, obras de pavimentação.

O Superintendente Executivo da Área de Governo da Caixa Econômica, João Régis esteve presente na reunião. “Nós estamos assumindo o compromisso de fortalecer e atuar no sentido de que as obras sejam realizadas e que a população se beneficie desse processo”. Também garantiu que daqui a 90 dias haverá outra reunião para avaliação, tendo em vista que medidas serão tomadas para equacionar e dar celeridade aos processos que uma cidade como Santarém, precisa.

MESMO COM A CHEIA DO RIO, OBRAS NA ORLA ESTÃO EM RITMO ACELERADO: As obras do Projeto Orla estão em ritmo acelerado. Para a execução dos serviços, a equipe da Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminfra), acompanha o nível do rio e monitora a área, junto com a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec).

“Estamos acompanhando as obras, que estão sob a responsabilidade da Construtora Mello de Azevedo S/A, para que sejam feitas de acordo com o cronograma. A empresa está tomando as medidas necessárias, através da execução de diques (contenção), concomitantemente com a montagem das fundações. A empresa já trabalhou em 900 m de extensão de fundações de blocos concretados, da Augusto Montenegro até a Felisbelo Sussuarana e da Vera Paz até a rua Santa Cruz”, explicou o engenheiro civil da Seminfra, Cledimar Augusto.

Para esta etapa, o Ministério da Integração Nacional liberou o valor de R$ 21.031.078,58. “A previsão de concluir a aplicação do primeiro recurso é até o mês de março. Com 52% fundações já executadas, a equipe já está trabalhando na montagem das placas, para realizar quebra do cais antigo e fazer o aterro com pedra, que é a primeira camada do aterro estruturado. Com a subida do rio, esse serviço possibilita não ter problema com a concretagem. Depois dessa etapa, vem a camada em seixo, uma camada de areia, filtro e posteriormente um solo, para a compactação final da área do muro de contenção”, finalizou o engenheiro.

Por: Edmundo Baía Junior

Fonte: RG 15/O Impacto

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