Empresário é preso por realizar rifas falsas em Anapu

Walison Oliveira Melo, empresário que realizava vendas de rifas pelas redes sociais, foi preso pela Polícia Civil durante a operação “Sorte Viciada”, deflagrada no município de Anapu, no sudoeste do Pará, na quarta-feira (5). As investigações da polícia revelaram um esquema fraudulento de rifas ilegais e possível lavagem de dinheiro envolvendo a WM PREMIAÇÕES, empresa administrada pelo suspeito. O investigado promovia sorteios online sem autorização legal por meio de uma rede social e de um site, oferecendo prêmios como veículos e dinheiro.

Ao mesmo tempo, a polícia cumpriu um mandado de busca e apreensão na residência de Walison, em Anapu, onde foram apreendidos dois notebooks, dois celulares, uma motocicleta e dinheiro em espécie. A sede da empresa do investigado também foi alvo do mandado.

No escritório da empresa, Walison se recusou a abrir o espaço, e a polícia teve que arrombar a porta. Lá, os policiais encontraram contratos de transferências e de compra e venda de uma caminhonete e outros carros de luxo, além de computadores, três celulares, um tablet e uma motocicleta. Segundo a polícia, os pagamentos das rifas eram direcionados para a empresa W. O. MELO COMÉRCIO E SERVIÇOS LTDA, onde o CNPJ não possuía autorização para fazer promoções comerciais, o que indica a tentativa de ocultação da origem dos valores arrecadados.

Além da falta de autorização para a realização dos sorteios, foi constatada a manipulação dos resultados e a não entrega efetiva dos prêmios. Em diversos casos, os supostos ganhadores possuíam vínculos com Walison, como no sorteio de Camaro, carro de luxo avaliado em mais de 500 mil reais.

Também foi identificado que outras duas pessoas receberam dinheiro para fingirem ser ganhadoras dos sorteios, evidenciando ainda mais a fraude. Outro fato relevante foi a transferência de bens de alto valor sem justificativa econômica plausível, como um carro, sorteado pela WM PREMIAÇÕES, mas depois transferido para o nome do irmão de Walison, o que configura um possível ato de lavagem de dinheiro.

O investigado utilizava a estrutura empresarial para dar aparência de legalidade à atividade ilícita, movimentando valores expressivos e adquirindo bens de alto valor sem justificativa contábil, o que fez a polícia solicitar medidas cautelares para evitar a continuidade da prática criminosa. Nas redes sociais, Walison compartilhava vídeos e fotos com os prêmios, e também com os possíveis falsos ganhadores. Agora, ele deverá responder pelos crimes de contravenção de jogos de azar e sorteio ilegal, crime contra economia popular, lavagem de dinheiro, propaganda enganosa, estelionato eletrônico e falsidade ideológica.

 

Fonte: Confirma Notícia

Foto: Reprodução

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