Peninha Povão: “Entre o inferno e a política, eu prefiro o inferno”
Dono de um talento que faz com que ele esteja por muitos anos no comando de um programa de televisão eclético, onde se juntam ação social, cultura popular e principalmente o esporte local, Peninha Povão segue a cartilha dos comunicadores da velha guarda, onde o povão tem vez e voz. E prova há muitos anos que essa fórmula continua sendo a mais correta para o sucesso.
“Minha missão é sempre buscar o melhor na comunicação e o melhor para o povo santareno nestes 35 anos que tenho de vivência profissional”, justificou Peninha Povão. “Tanto no rádio quanto na televisão, principalmente na área esportiva, procuro colocar os programas à disposição do povo não só no futebol, mas para o esporte em sua totalidade”, disse o comunicador. “Buscando sempre o que o povo quer, o que está necessitando”, citou.
Sem menosprezar a chamada elite, Peninha tem seu foco sempre sendo o Planalto, a Várzea, os moradores de bairros mais distantes. “Busco esse pessoal todo, através do rádio e da televisão, que hoje é bem amplo, com ajuda das redes sociais, o que deixa o povo mais atualizado em todos os assuntos com o que acontece no Brasil e no mundo”, disse ele.
PROFISSIONAL NOTA DEZ: Peninha Povão, na verdade, Anastácio Pereira de Souza, é considerado pelos companheiros como profissional competente, tanto que está à frente da RBA há trinta anos, completos neste dia primeiro de julho. Troca direção, mas ele sempre está lá, firme no comando. “Hoje estamos diretor de programação. Neste tempo todo, de certeza a gente sabe o gosto do povo”, confirma com sorriso sincero o comunicador.
FORA DA POLÍTICA: O comunicador que se orgulha em saber de cor e salteado o gosto do povo no rádio e na TV, tem horror de política partidária. “Eu não gosto de política, eu costumo dizer nos meus programas que, se tiver que escolher entre dois caminhos: o inferno e a política, o inferno vai me ganhar”, cita o comunicador. “Eu acompanho a política, em divulgação, procuro me atualizar nos assuntos, mas tenho nojo em estar dentro da política”, disse Peninha. As razões são simples, porém, importantes para explicar sua formação de caráter: “Desde garoto sempre fui uma pessoa séria, comecei a trabalhar aos sete anos de idade, vendendo picolé e chopinho, ao lado de pessoas que hoje são grandes empresários como Rogério, dono de farmácias e outros que são médicos”, lembra o comunicador.
Ele recorda que, aos doze anos ele foi trabalhar na Rádio Clube, o garoto se identificou tanto com a profissão que, aos 16 anos já era gerente de rádio. “Na verdade, eu tive oportunidade de descobrir muitos que hoje são consagrados no rádio, a exemplo de Domingos Campos, Nelson Mota, Cássia Valéria, Mizael Neves, Ed Portela, e tantos outros que hoje fazem parte da história da comunicação na Pérola do Tapajós”, declarou. Um dos que foi descoberto por Peninha foi Admilton Almeida, no ano de 1986, na época comentarista de futebol, depois formado, seguiu carreira diferente.
Um pouco de quem tem muita história para contar no rádio e na televisão. Assim é Peninha Povão, o homem que verdadeiramente leva o povo para a TV.
Por: Carlos Cruz
Fonte: RG 15/O Impacto