Bocão Ed. 1.543

PUXADINHO DE AEROPORTO  

De autoria do empresário Fábio Maia, a Coluna publica o texto a seguir: “A opção da Aena por uma reforma paliativa em vez de um novo terminal demonstra uma alarmante falta de visão a longo prazo. Um novo terminal não apenas atenderia à demanda atual, mas também se adaptaria às necessidades futuras, evitando reformas constantes que não resolvem os problemas de forma definitiva”.

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“A escolha de não incluir fingers na proposta de reforma é uma clara evidência do desinteresse pela experiência do usuário. Permitir que passageiros caminhem expostos a intempéries é inaceitável e reflete uma visão ultrapassada sobre o que um aeroporto moderno deve oferecer”.

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“A Aena parece não compreender que um aeroporto mal equipado pode prejudicar o potencial turístico de Santarém. A falta de um terminal adequado e de uma alfândega limita o crescimento do turismo, o que, por sua vez, impede o desenvolvimento econômico da região”.

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“A realização de reformas enquanto o aeroporto opera é uma receita para o caos. A Aena ignora que a execução de obras em um espaço com alta circulação de passageiros só causará mais frustração e desconforto, levando a uma experiência negativa que pode afastar visitantes em pleno período da COP 30”.

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“A reforma, seguindo o projeto atual proposto pela Aena, criará um conflito entre embarque e desembarque, pois ambos estarão colocados no mesmo lado, podendo comprometer até o funcionamento futuro do aeroporto”.

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“Se a dificuldade para o projeto de um novo aeroporto for orçamentária, não seria difícil captar recursos financeiros de bancos, ou até mesmo de investidores estrangeiros no contexto da COP 30. O potencial turístico de Santarém garante um retorno financeiro sólido para investimentos em infraestrutura que impulsionem o setor turístico”.

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“Custo-benefício questionável, pois a justificativa de que a reforma seria mais econômica do que a construção de um novo terminal é duvidosa. Os custos associados a interrupções, adequações de sistemas e retrabalhos inevitáveis podem facilmente superar os benefícios financeiros de uma obra paliativa”.

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“Ao não priorizar acessibilidade em sua proposta, a Aena demonstra um desprezo inaceitável pelas necessidades de passageiros com mobilidade reduzida. Um aeroporto deve ser um espaço inclusivo, e essa reforma não reflete esse princípio”.

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“A proposta de reforma rapidamente se tornará obsoleto, à medida que a demanda por viagens cresce. A falta de um novo terminal resultará em um ciclo contínuo de reformas que nunca atenderão plenamente às necessidades dos usuários”.

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“A insistência da Aena em seguir em frente com uma reforma paliativa, ignorando as sugestões da Associação Comercial, mostra uma falta de respeito pela comunidade local e suas necessidades. Essa abordagem é uma clara demonstração de que a concessionária não está disposta a ouvir as vozes que realmente importam. O ponto em questão é: vamos aceitar?”.

AFASTADO DO CARGO        

O corregedor nacional de Justiça, ministro Campbell Marques, determinou o afastamento imediato do desembargador do trabalho Walter Roberto Paro, do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (Pará). O magistrado é acusado de favorecimento em processos relacionados à eleição da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa).

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Em apuração prévia da conduta do desembargador nessas ações, a Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho já o havia afastado da condução dos processos relacionados à entidade associativa. “As medidas até então decretadas foram insuficientes cessar a quebra de imparcialidade, o que pode macular a própria imagem do Poder Judiciário”, diz Campbell Marques.

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A decisão do ministro aponta que foi identificada a quebra dos princípios da imparcialidade, do contraditório e do devido processo legal, além de violações ao Código de Ética da Magistratura Nacional e à Lei Orgânica da Magistratura Nacional (LOMAN). A Fiepa é alvo de ações na Justiça desde 2022, quando sindicados patronais divergiram do resultado das eleições para o comando da entidade.

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“O afastamento do magistrado mostra-se não apenas recomendável, mas essencial, seja para preservar a imagem do Poder Judiciário, seja para garantir a instrução do procedimento de investigação sobre os gravíssimos fatos a ele imputados”, destaca a decisão. (com informações do CNJ)

AGRADECIMENTO            

Uma leitora da Coluna que é mãe atípica, que vive para cuidar do seu filho diagnosticado com autismo, pediu para expressar agradecimento aos fiscais da Semma e à Polícia Militar que sempre agem quando são acionados para combater os crimes de poluição sonora e perturbação do sossego alheio perpetrados por som automotivo no bairro do Aeroporto Velho, na esquina da Avenida Marajoara e Rua Castro Alves.

AGRADECIMENTO 2

Ela diz que são constantes os abusos. No dia 24 e 25, por exemplo, diversos veículos se juntaram no local, deixando a vizinhança indignada. O barulho era enorme, dando de ouvir a vários quarteirões de distância, mesmo com a forte chuva que caiu.

RADAR AMBIENTAL      

Desde que foi lançado nacionalmente, em setembro deste ano, o aplicativo Radar Ambiental recebeu mais de 2.700 denúncias de crimes ambientais. Desse total, 111 são do Pará.Além disso, de acordo com o aplicativo, os maiores casos de crimes denunciados (698) se referem a queimadas, danos ambientais (501) e desmatamento (413).

RADAR AMBIENTAL 2

O aplicativo conta com georreferenciamento de denúncias. Assim, o cidadão pode registrar a localização exata do crime por meio de um mapa interativo. Além disso, o usuário pode inserir fotos, vídeos e descrições detalhadas sobre o tipo de dano ambiental, facilitando a apuração pelos promotores. O denunciante poderá acompanhar o andamento de sua denúncia, conferindo as ações que estão sendo tomadas.

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O promotor de Justiça André Luiz Dias destaca que “a cooperação técnica entre nossas instituições permite o compartilhamento da tecnologia necessária para a gestão do aplicativo e otimiza a resposta para o cidadão que vier a utilizá-lo”.

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As denúncias recebidas pelo aplicativo, processadas pela Ouvidoria Nacional do MP e encaminhadas ao Ministério Público competente, fazem parte de iniciativa do Plano Estratégico Nacional de Atuação do Ministério Público no Combate aos Incêndios. O plano tem como objetivo promover uma atuação coordenada e estratégica do Ministério Público em todo o país, priorizando soluções sustentáveis para prevenir, combater e mitigar os efeitos das queimadas.

Por Baía