Lojistas santarenos acreditam na injeção de capital do novo salário mínimo
O reajuste do salário mínimo que entrou em vigor desde o dia 01 deste mês em todo o território nacional, passando de R$ 545,00, para R$ 622,00 motivou os empresários do centro comercial de Santarém a promover investimentos no setor mercantil do Município. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo teve um aumento de R$ 77, onde o valor pago pela hora de trabalho chega a R$ 2,83.
Para o Sindicato do Comércio Lojista de Santarém (Sindilojas), a expectativa é que a diferença do novo salário mínimo de R$ 622, faça o giro financeiro no comércio e promova efeito positivo na economia de Santarém e da região Oeste do Pará.
O diretor do Sindilojas, Bena Santos, entende que o percentual colocado pelo reajuste salarial foi importante principalmente para a classe trabalhadora. Por outro lado, segundo ele, para a classe empresarial também é importante nesse aspecto, porém, a população não tem conhecimento do peso e da carga que o reajuste do salário mínimo trará ao empresariado local.
“Para se ter idéia, a cada salário que se paga para o trabalhador, o empresário recolhe mais de 102%, como se tivesse mais dois empregados. O que pesa para o empresário, não é o salário em si que se paga para ao funcionário, mas aquilo que se recolhe de impostos e de outros encargos”, explica o empresário.
De acordo com Bena Santos, os impostos e encargos provocam dificuldades para os empresários. Entretanto, Bena acredita que o comércio deve sentir a injeção do novo mínimo na economia de uma forma muito positiva, refletindo principalmente em compras e investimentos.
“Sabemos que tem uma inflação que gira em torno de 05% em alguns setores e até mais. Na economia de forma geral vai figurar de forma positiva, porque é um dinheiro a mais que gira”, acredita o comerciante, acrescentando que quando se vê o montante e a diferença do salário que era pago em 2011, para o de 2012, não significa muito, mas quando se junta num total se torna um volume bastante acentuado.
“É nisso que acreditamos, que venha aquecer a economia de toda a região Oeste do Pará”, concluiu.
Fonte: RG 15/O Impacto