Águas do rio Tapajós invadem Alter do Chão

Rua submerssa

Um paraíso está desaparecendo sob as águas do rio Tapajós, em Santarém, Oeste do Pará. Parece coisa de ficção, mas é a triste realidade que abala o turismo na região, fazendo com que o principal cartão postal da cidade, que é o balneário de Alter-do Chão, esteja comprometido. Diante desse caos que afasta turistas e colabora para o fechamento de muitas pousadas e hotéis, a alternativa econômica  é oferecer descontos que façam com que o turista  ausente volte a freqüentar o recanto mais bonito do País, localizado em Santarém.

As fotos mostram a triste situação em que se encontra o recanto turístico. Ontem, sinônimo de lazer, turismo e economia. Nesta época de chuvas, estado de calamidade pública que fecha hotéis e tira empregos. As águas já alcançaram a primeira rua na Orla,  ultrapassando a calçada de alguns hotéis. A maioria dos visitantes, para não perder a viagem até a vila, opta em tomar banho na Praça alagada. Na “Ilha do Amor” só aparecem as coberturas das palhoças usadas pelos vendedores de comidas e bebidas.

Alternativa: No desespero, os empresários do setor hoteleiro da Vila balneária de Alter do Chão estão oferecendo desconto de 30% a 50% nas hospedagens. A alternativa econômica foi adotada para evitar prejuízos devido a elevação do nível do rio Tapajós.

Enchente em Alter do Chão

O fenômeno natural tem afastado os turistas, provocando impactos na economia da vila. De acordo com o gerente de hotel, Pedro Castro, o fluxo de visitantes caiu cerca de 90% neste período. O gerente destaca que o segredo é a negociação com o cliente: “A alternativa é trabalhar com descontos. As pessoas que vêm na vila e querem se hospedar nesse período é necessário negociar ao máximo para eles poderem ficar”, declarou.

O pior é que o movimento nos hotéis, incluindo também o comércio de menor porte, deve continuar fraco até o final do mês de junho, período em que o nível do rio volta a baixar. Esperamos que as águas baixem, o cenário em Alter do Chão mude para melhor e a economia turística voltando ao normal.

Frente de Santarém também sofre com cheia: Quem chega a Santarém por via fluvial depara com a frente da cidade quase tomada pelas águas. Vários pontos estão alagados, porém, os locais mais afetados pela cheia são em frente a Capitania dos Portos e entre a Praça Tiradentes e os Mercados Modelo e Municipal. A Prefeitura já disponibilizou várias bombas para puxar a água de volta para o rio, mas não está surtindo efeito. Pontes foram colocadas para que o consumidor tenha acesso à lojas que ficam localizadas na Avenida Tapajós.

Área Verde e Urumanduba em estado de emergência: Tem muito morador do centro da cidade e de bairros periféricos que já não sabe se mora no rio ou na rua. Tem gente que anoitece e amanhece jurando que virou peixe, pois está prestes a respirar água, literalmente. Na verdade, a falta de estrutura, aliada ao desmazelo do poder público, fazem com que os moradores dos bairros Urumanduba e Área Verde amarguem piores dias de suas vidas, desde que escolheram morar nesses locais. Apesar do apelo que milhares de famílias fazem, pedindo apoio do poder público para suas necessidades, nada é feito de concreto para pelo menos amenizar esta calamidade. Na Área Verde, a principal via de acesso, Transmaicá e também a Rua da Paz, que faz parte de mais este bairro atingido, se transformaram em um imenso rio, tamanho o volume de águas acumuladas. No bairro do Urumari, a área fronteiriça ao Grande Mararú, também os moradores estão em alerta constante, com medo de ataques de cobras, escorpiões e outros animais peçonhentos.

Os moradores dos dois bairros sem qualquer alternativa de melhorar a situação em que vivem, desesperados, não sabem mais a quem recorrer. Só Deus pode livrar estes pobres moradores de uma situação bem pior, o que pode acontecer se as chuvas e as águas grandes continuarem. Esperar pelo poder público, pelo menos nesse caso, é pura perda de tempo. As fotos mostram o estado crítico em que vivem moradores dos bairros Uraumari e Urumanduba, mas outros bairros, inclusive no centro da cidade, também vivem este inferno proporcionado pela ira da natureza.

Fonte: RG 15/O Impacto e Carlos Cruz, com fotos de Manuel Dutra

9 comentários em “Águas do rio Tapajós invadem Alter do Chão

  • 10 de julho de 2012 em 21:15
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    Gostaria de saber se as águas vão baixar em Alter do Chão até setembro.
    Obrigada,

    Maria Francisca

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  • 7 de junho de 2012 em 12:02
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    A ação natural das forças deste planeta o mostra vivo e extraordinário! Irei a Alter do Chão em breve. Tô chegando.

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  • 7 de maio de 2012 em 17:27
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    Tudo isso é falta de preparo dos governantes, há séculos que exite o período das enchentes, fenômeno natural ao qual todos já deveriam estar acostumados, o que falta é programação do governo para geração de renda nesse período, não só esperar a praia e os turistas, e mais, é no verão que se cobram mais caro pelos serviços, então ensinem o povo a poupar também, para o período das enchentes, falta tudo, educação, interesse, planejamento, enfim…

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  • 6 de maio de 2012 em 21:02
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    cerveja quente e peixe frio,e por tu foi la baitola de ivan

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  • 6 de maio de 2012 em 09:45
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    Eu não sei como as pessoas ainda não se acostumaram com esta situação. Todos sabem que isso acontece todos os anos na época das chuvas. Não adianta reclamar. Quem mandou construir a cidade tão perto do rio. Agora não tem solução.

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  • 6 de maio de 2012 em 08:35
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    Ah ! esse pessoal também faz alarme por tudo ! daqui a pouco o rio baixa e tudo volta ao normal… até agora ninguém morreu..devemos é agradecer a DEUS por isso..

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  • 5 de maio de 2012 em 16:09
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    Recanto turisco especializado em cerveja quente e peixe frio. Livrai me senhor !!!

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  • 5 de maio de 2012 em 09:44
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    Que irônia??? O paraíso está desaparecendo ou a vila está invadindo as águas…. imagina, o rio está lá a milhares de anos, enchentes desse porte já ocorreram em tempos remotos. O paraísos com certeza não é a Vila e sim o RIO.

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    • 5 de maio de 2012 em 21:31
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      pior que eh,rs.eh q o pessoal adora fazer demagogia com uma coisa que eh um fenomeno natural da regiao.e o pior eh quando isso sai pra imprensa nacional.as pessoas ficam com medo de ir fazer turismo na nossa regiao.eles pensam que essas enchentes acontecem em horas igual aqueles corregos que tem no sudeste.mas aqui quase nao ha mortes que tem uma relacao direta com a enchentes por que nao ha enchurrada nos rios.

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