Médico preso em Belém por prática de aborto

Médico José de Nazaré Chiappetta

Polícia Civil cumpriu, nesta quarta-feira (15), mandados de prisão preventiva decretados pela 1ª Vara de Inquéritos Policiais e Medidas Cautelares contra o médico José de Nazaré Chiappetta; a irmã dele, auxiliar de Enfermagem Janie Cristina Chiappetta e a atendente de serviços gerais, Lucidéia da Silva. Os três foram presos em decorrência de inquérito instaurado pela Divisão de Homicídios para apurar denúncias de prática de aborto na clínica médica de propriedade do médico. Com sede na avenida Pedro Miranda, bairro da Pedreira, em Belém, a clínica foi alvo de denúncia veiculada no programa Fantástico, da Rede Globo, em agosto deste ano. As imagens mostraram que o local era usado para prática de aborto.

O médico Chiappetta foi preso no município de Vigia de Nazaré, na manhã de ontem (15), pela equipe da Delegacia local. Ele explica que o inquérito foi aberto logo que a Polícia Civil tomou conhecimento das imagens registradas na clínica, antes da matéria ser veiculada no Fantástico. A partir de então, as imagens foram incluídas no inquérito e os responsáveis pelas clínicas indiciados. O dono da outra clínica denunciada é o médido Fernando Guarany, que ainda é alvo de investigações. Mandados de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça para que documentos fossem apreendidos nos locais. “As provas embasaram os pedidos de prisão contra os acusados”, explicou o delegado Rollo. Os presos foram apresentados ao delegado Neyvaldo Silva, diretor de Polícia Especializada, na sede da Delegacia-Geral, em Belém.

As ordens de prisão foram decretadas ontem pelo juiz Pedro Sotero. De posse de mandados judiciais, a Polícia Civil passou a investigar o paradeiro dos acusados. Chiappetta foi localizado em Vigia de Nazaré, onde resolvia problemas particulares. As duas mulheres foram presas na capital. Janie Cristina e Lucidéia aparecem nas imagens denunciadas na reportagem como responsáveis pelo agendamento e realização de abortos.

Durante as investigações, duas mulheres relataram, nas investigações, as práticas de aborto. Em um dos casos, o valor pago pela cirurgia foi de R$ 1,5 mil. Os presos foram indiciados pelo crime de aborto praticado em terceiros, com base no artigo 126, do Código Penal Brasileiro. Eles ficarão presos em uma unidade do Sistema Penitenciário à disposição da Justiça.

(As informações são da Polícia Civil)

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