Dólar acumula alta de mais de 1% na primeira semana do ano

Um dia depois do anúncio do Banco Central de estabelecer um recolhimento compulsório sobre a posição vendida dos bancos no mercado de câmbio – numa tentativa de frear a valorização do real – a cotação do dólar recuou. Foi a primeira queda após três pregões de alta.A moeda norte-americana fechou em queda de 0,11% nesta sexta-feira (7), a R$ 1,684 na compra e a R$ 1,686 na venda. Apesar do recuo, a divisa acumula alta de 1,20% na primeira semana de 2011.

A principal novidade do dia foi a realização de apenas um leilão de compra de dólares pelo BC, diferentemente dos últimos quatro dias, quando houve duas operações em cada.

O dólar caiu na maior parte do dia, em um refluxo da alta provocada na véspera pela criação de um depósito compulsório para as posições vendidas dos bancos. Mais tarde, no entanto, a valorização do dólar no exterior amenizou esse efeito. A moeda reagiu à queda maior que a esperada na taxa de desemprego dos Estados Unidos, que indicou, apesar do maior desalento entre os trabalhadores, que a recuperação do país continua em curso.

O euro, afetado pela preocupação com a emissão de títulos de dívida na próxima semana por países como Portugal, Espanha e Itália, era uma das moedas que mais sofria, com queda de 0,6%, para o menor nível em quatro meses.

No Brasil, o comportamento do FRA (forward rate agreement) de cupom cambial indicou que o primeiro impacto da nova medida do BC já passou. O contrato com vencimento mais curto, que havia disparado em meio ao desmonte de posições na quinta-feira, caía de 2,52% a 2,30% neste pregão.

Mas, para Francisco Carvalho, gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez, o mercado deve continuar a ver o desmonte de posições vendidas no mercado à vista por parte dos bancos ao longo das próximas semanas.

Na opinião do banco francês BNP Paribas, a possibilidade de novas medidas do governo para frear a valorização do real torna mais atraente a adoção de posições compradas em dólar, apostando na alta da moeda norte-americana. O analista Diego Donadio, inclusive, revisou a projeção de curto prazo para a taxa de câmbio de R$ 1,70 para R$ 1,72.

Do G1, com informações da Reuters

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