BICO CALADO

Os inimigos declarados contra a criação de novas unidades federativas estão empenhados em atrapalhar a realização do Plebiscito marcado para o mês de dezembro. É preciso não se deixar levar por qualquer coisa. Maior empenho em busca do “SIM” torna-se fundamental. Não deixar o campo aberto para a turma adversária seja declarada ou não. Na capital do Estado corre pelos quatro cantos comentários contra a emancipação da região Oeste do Pará, principalmente, por membros do Governo instalado em seus gabinetes, torcendo para que nada dê certo.

O argumento é  que os problemas apresentados não são motivos para a divisão do Estado do Pará. Os que querem a separação, alegando a falta da presença da administração pública estadual, não têm como provar tal argumento. O que se vê e o que o se ouve nos meios de comunicação na capital do Estado vem da insistência de grupos que até lançaram o “Comitê do Não”, incrementando a campanha contra a criação de um novo Estado.

Alguns setores do empresariado paraense não se conformam com o posicionamento, até agora, do governador Simão Jatene que tem mantido o bico calado. Eles dizem que é surpreendente e causa desconforto. São informações do “Jornal O Liberal”. Ele não precisa nem falar, porque tem ao seu redor os encarregados dessa tarefa. Basta Zenaldo Coutinho, Flexa Ribeiro e outras figuras imponentes. A presença do governador e seus secretários se faz necessária. Não apenas em dias de festas, mas constantemente para tomar conhecimento dos problemas que nos afetam e dar a devida solução, enquanto Estado do Pará.

Aqui em Santarém, possível capital do Estado do Tapajós, onde Simão Jatene veio instalar o seu governo ambulante, tem sido bom ficar em cima do muro para não ser hostilizado. Em entrevista no dia 20 do corrente, quando chegou na região Oeste do Pará, se referiu apenas ao Plebiscito dizendo que é a favor de que seja realizado em todo o Estado.

Mas a constituição assegura que a realização deve ocorrer na região interessada. Isso já mostra de que lado está. Será que o governo ambulante irá também ao futuro Estado do Carajás?

Entre os muitos argumentos para a criação de um novo Estado está ausência de governantes nas regiões carentes e distantes da capital. Isto sempre foi uma marca registrada ao longo do tempo. O que chamou a atenção do povo de Santarém e também de outros municípios da região foi a presença do governo ambulante de Simão Jatene, logo depois da aprovação do Plebiscito pelo Congresso Nacional. Diante das circunstâncias, o bom ainda é o bico calado.

Por: José Alves

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