MILTON CORRÊA
Pos graduação: UFOPA sai na frente
A universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) iniciou na segunda-feira, 04/07/2011, em Santarém, na sala 332, do hotel Amazônia Boulevard, o curso de pos graduação em Jornalismo Científico, o primeiro na área da Comunicação Social ministrado em Santarém, 25 profissionais que atuam no jornalismo ou áreas afins foram classificados e o curso tem como coordenador o professor, doutor e jornalista Manuel Dutra.
A análise
O jornalista Simão Vieira, no site www.administradores.com.br analisa que terminar um curso superior já não é mais garantia de competitividade no mercado de trabalho. Está cada vez mais comum a exigência de pelo menos uma pós-graduação, principalmente em empresas de grande porte e alguns setores da administração pública. Além disso, do ponto de vista da remuneração, pós-graduados recebem, em média, 66% a mais que os graduados.
Simão Vieira entende que escolher o tipo de pós-graduação a fazer nem sempre é fácil. Mas essa decisão, indiscutivelmente, deve ser tomada levando em consideração os planos e metas a serem traçados do ponto de vista profissional. Por isso, antes de decidir pela especialização, mestrado ou MBA, é bom ter alguma noção do que quer ser. “Sem dúvida a opção profissional é o principal determinante e, portanto, deve estar definida antes mesmo de se escolher o curso de pós-graduação”, afirma Celina Ramalho, professora de planejamento e análise econômica da FGV-SP.
Os cursos de pós-graduação se dividem em duas vertentes principais, que têm, também, suas subdivisões. Grosso modo, na categoria stricto sensu, estão os mestrados e doutorados, voltados, principalmente, para a Academia, embora alguns profissionais de outras áreas busquem essas alternativas para formação continuada. Já as especializações e MBAs se encaixam na definição lato sensu, que têm foco no mercado de trabalho, e são procurados por quem pretende seguir carreira em empresas. “Os cursos lato senso levam à formação do aluno uma visão mais abrangente das empresas em que atuam e dos seus processos”, afirma Ramalho. A professora complementa: “Já o profissional (recém-formado) que pretende desenvolver-se academicamente deve buscar a seleção em um programa de mestrado”.
Com as crescentes exigências do mercado por formação continuada dos seus profissionais, é recomendado estar em constante atualização e melhoramento. A ideia é nunca parar, cursar outras especializações, participar de eventos na área etc. “Esta modalidade (a educação continuada), a mais moderna, é aplicada esperando-se que o profissional nunca pare de estudar e assim esteja sistematicamente e ininterruptamente se atualizando das novas aplicações de conceitos e tecnologias em seu meio profissional”, afirma Ramalho.
Por outro lado, a professor não aconselha que o profissional curse mais de uma pós-graduação ao mesmo tempo. “Conciliar duas ao mesmo tempo não se recomenda, grosso modo, até pela necessidade de gestão do tempo a ser dedicado às atividades requeridas em qualquer um dos programas de pós-graduação”, afirma.
Ensino público não valoriza universo cultural do aluno
Estudos que analisam a qualidade de ensino público no Brasil, ressaltam a não valorização pela escola do universo cultural do aluno. Trazendo essa realidade para Santarém, é fácil entender porque cada vez mais, famílias santarenas estão optando por matricular seus filhos em escolas particulares e não nas de ensino público.
A qualificação profissional é uma exigência do mercado de trabalho e no meio educacional não é diferente. Os nossos professores, entendidos como mestres têm o dever e a obrigação de serem bem qualificados, para que a educação pública possa ser da mais alta qualidade. Afinal, a escola forma cidadãos e aprimora personalidades
É lamentável que em Santarém os tradicionais colégios Álvaro Adolfo, Onésima Pereira de Barros, Almirante Soares Dutra, Frei Ambrósio e Plácido de Castro, todos pertencentes à rede pública estadual, estejam com as suas estruturas físicas comprometidas e alguns deles com as paredes internas sujas e riscadas com pichações, como é o caso d o Plácido de Castro.
Como se não bastasse, o prédio onde está localizada a Quinta Unidade Regional de Ensino, antigo Centro de Treinamento de Recursos Humanos, está em ruínas, ficando um pequeno espaço ainda em condições de funcionamento, onde fica a diretora da Unidade e suas auxiliares. Um vexame! A rede pública municipal parece ser mais bem assistida. Mas ainda assim, há várias comunidades do interior do município aonde lamentavelmente, a escola pública ainda não chegou.
Ora, se faltam investimentos na melhoria das condições dos prédios das escolas muito mais devem ser investidos na qualificação do professor, a partir de boas condições de trabalho, que nem sempre ele tem, mesmo que possam ter outras vantagens. É fato que há professores dedicadíssimos, que investem na sua própria qualificação, mas também há aqueles que se descuidam quanto a isso e quem perde com atitudes como essas são os estudantes, que vão à escola para absorver conhecimento e nem sempre são correspondidos.
Isso tudo é o reflexo da má qualidade do ensino público e assim, muito estudantes saem das salas de aulas, com desajustes e deformações educacionais, quando deveriam sair preparados para prosseguir a vida estudantil e posteriormente encarar o mercado de trabalho.
O educador Omar dos Santos afirma que a educação escolar brasileira está em ruínas e como Santarém é Brasil, aqui não poderia ser diferente. Faltam investimentos financeiros e de qualidade no ensino público de Santarém, para que não tenhamos que continuar a testemunhar um cenário de descaso do governo estadual, também na educação. Esse também é um sintoma visível para se justificar a criação do Estado do Tapajós. No plebiscito (11de dezembro), vamos votar SIM Tapajós.
Por: Milton Corrêa