MILTON CORRÊA

TCC NOTA DEZ

Excelente exposição e a nota foi dez na defesa do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), da bióloga Silvia Maria Pinheiro Corrêa, no curso de pos graduação em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, apresentado no dia oito de julho à Faculdade de Tecnologia Internacional (FATEC).

“IMPACTOS PERCEPTÍVEIS AO MEIO AMBIENTE: UM OLHAR PARA O IGARAPÉ DO URUMARI”. Este foi o tema do trabalho acadêmico de Silvia Corrêa.

O RESUMO

Impactos Perceptíveis ao Meio Ambiente: Um olhar para o Igarapé do Urumari  é um trabalho que materializa a atual realidade de agressão ao meio ambiente natural em um dos principais mananciais hídricos da cidade de Santarém, que percorre cerca de doze quilômetros até desaguar no rio Amazonas e durante esse percurso passa por alguns bairros, servindo de habitat para uma riqueza significativa de seres vivos, marcado por palmeiras em suas margens, árvores típicas da mata ciliar, que servem de proteção e fonte de alimentação para qualquer recurso hídrico, tem predominância dos buritizeiros ou miritizeiros, que contribuem não apenas para a beleza do igarapé, mas tem uma função ecológica de extrema importância. Entretanto, o Igarapé do Urumari nos últimos anos vem sendo impactado de forma intensa e violenta, seja pela própria falta de informação, falta de planejamento urbano, como pela negligência e ganância de alguns, que trazem como consequência a poluição, a contaminação, desmatamento e assoreamento, males que assolam e degradam este ecossistema. Tal situação por si só, exige políticas ambientais dos órgãos competentes e do poder público para minimizar os impactos decorrentes da ação humana e assim termos o que ainda nos resta deste manancial, tão relevante para os organismos da fauna e flora, quanto para nós seres humanos.

OBJETIVO  

 Discutir estratégias de proteção e recuperação do Igarapé do Urumari; promovendo Educação Ambiental; disseminando a cultura da preservação.  Na problematização de seu trabalho acadêmico, a pesquisadora Silvia Corrêa identifica o Igarapé do Urumari pedindo socorro! Enfatizando que suas margens e seu leito vêm sendo agredidas por populações de seis bairros, com argumentos de empreendimentos empresariais. A pesquisa busca identificar porque aconteceu tudo isso? Quais as consequências e possíveis soluções?

JUSTIFICATIVA

Silvia Corrêa, justifica seu trabalho com base no que escreve o professor e advogado Miguel Borguezan (2009), em artigo publicado na Revista “Em Foco” (Publicação Acadêmica de Pós Graduação do Instituto Esperança de Ensino Superior-IESPES, ano 06, número 12 de 2009. “A saúde é um direito fundamental inalienável do ser humano”. O abastecimento de água potável e o destino das águas servidas devem ser objetivos prioritários do Poder Público na elaboração e implementação de políticas públicas, visando promover e proteger a saúde de todos.

Em seguida a pesquisadora sustenta-se em dados do IBGE, informando que a realidade reclama urgentes melhorias. Em nível geral, cerca de 12% da população urbana não é abastecida por água potável e 8% não é atendida com ligação domiciliar de água. Não estando incluídos nesses percentuais os domicílios que se abastecem de água sem tratamento e aqueles em que ele é insuficiente, ineficiente ou ainda inadequado (BRUNONI, 2002, pg. 21). 

Na sequência Silvia Corrêa comenta as informações acima, nestes termos: “Suprindo os problemas elencados, o Igarapé do Urumari, quando tinha suas águas cristalinas, longe da agressão ambiental a que hoje está submetido, foi fonte de captação de água por dezenas de famílias do bairro do mesmo nome (Urumari) e de comunidades vizinhas, que contextualizam parte da área urbana da cidade de Santarém. Hoje lamentavelmente suas águas não mais servem para o consumo humano, podendo é claro, ser feito todo um trabalho de recuperação ambiental daquele ecossistema e o igarapé volte a ser o que era antes, uma fonte de água viva”. 

A METODOLOGIA

O trabalho de Silvia Corrêa foi desenvolvido a partir do método descritivo, fundamentado em um estudo de caso, categoria de pesquisa cujo objeto é uma unidade que se analisa de forma aprofundada. 

“Assim, adotamos os princípios da pesquisa qualitativa, que, de acordo com Minayo (1994) responde a questões muito particulares. Ela se preocupa, nas ciências sociais, com um nível de realidade que não pode ser qualificado.  Entendemos ser esta a melhor maneira de analisar as características que englobam o nosso objeto de estudo”. 

“É também uma pesquisa descritiva, que segundo Becker (2003), consta em descrever características de determinado fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis e para isso utilizamos como fonte de informações a respeito do necessário aprofundamento deste trabalho a pesquisa em revistas, folders e sites, procurando incluir a abordagem do problema considerando a relação dinâmica dos sujeitos e da pesquisa, com seu mundo real, dando ênfase para uma situação problema, causada pelo ser humano e que a afeta frontalmente, que é a degradação ambiental, como ocorre com o objeto do nosso estudo, o igarapé do Urumari”.  

REFERENCIAL TEÓRICO

Após inúmeras citações bibliográficas que constam em seu trabalho, a pesquisadora Silvia Corrêa comenta: “O igarapé do Urumari é um recurso natural a ser preservado. Para isso é preciso buscar a conscientização da comunidade de modo geral sobre a importância da preservação, deste tão importante manancial hídrico. Lamentavelmente, a poluição está por toda parte. Por isso, devemos ter o máximo cuidado para evitarmos poluir os igarapés e os rios. Estes infelizmente estão sempre muito sujos, como é o caso do Igarapé do Urumari, que aos poucos parece estar morrendo, o que inevitavelmente vai ocorrer se providencias urgentes para barrar a ação criminosa da poluição, não forem tomadas.  

O meio ambiente é onde vivem também os seres humanos, animais e as plantas. Para sobrevivermos dependemos tanto dos animais quanto das plantas, por isso é importante preservarmos o meio ambiente, garantindo assim a sobrevivência dos ecossistemas e fazendo prolongar a vida do planeta e seus seres vivos.

A ação criminosa causada ao Igarapé do Urumari é fruto da falta de consciência das pessoas que moram por perto e até mesmo daquelas que fazem uso dele, o mesmo fica sem condições de se auto renovar e assim, a poluição cada dia aumenta mais e mais, trazendo doenças para as pessoas que ainda fazem uso dessa fonte hídrica. Deveriam ser feitas mais campanhas de conscientização, para que as pessoas se conscientizassem de uma vez por todas que não devem fazer esse tipo de poluição, pois a preservação da natureza depende da consciência de cada um e de todos”. 

“O Igarapé do Urumari era como um ponto turístico. Lá muita gente ia para tomar banho, com o passar do tempo o bairro foi sendo mais habitado e o povo não soube preservar o que um dia foi um dos mais bonitos espaços de lazer em suas margens. Preservar o Igarapé do Urumari não é só dever dos que moram nas proximidades do igarapé e sim de todos os que querem vê-lo vivo, com águas cristalinas, como era antes e que podem ser resgatadas. É preciso que cada ser humano tenha noção ampla de que o Igarapé é um recurso natural e precisa ser preservado”.  

CONCLUSÃO

Silvia Maria Pinheiro Corrêa, conclui sua pesquisa com a seguinte análise: “A resposta a essa questão, talvez esteja ligada ao fato de que a própria Administração Pública, por seguidos Governos, vem cometendo crime ambiental quando falta com o dever de organizar a rede de escoamento e tratamento de esgoto da cidade, deixando que as águas usadas pelas atividades econômicas e as contaminadas pelo uso doméstico se dirijam aos igarapés. Diante desse “desgoverno”, os agressores sentem-se confortáveis para continuar agindo, pois impera a certeza da impunidade.

Em visita às nascentes do Igarapé do Urumari e percorrendo todo o seu leito, os integrantes do Comitê em defesa do Urumari puderam testemunhar diversas ações poluidoras e de assoreamento, dentre as quais se enumeram as seguintes:

• Nascentes localizadas em terras particulares, onde a mata ciliar já não existe, e considerando-se que é na nascente onde o igarapé é mais frágil, há necessidade de ação urgente no sentido de fazer valer a legislação que define a área de proteção permanente dos cursos d’água;

   • Destruição de quase toda a mata ciliar, por particulares que se instalaram próximo às margens do Urumari para fins de moradia e/ou atividade econômica, em total desrespeito aos limites de preservação da mata ciliar;

• Atividades econômicas de serraria ao longo do curso do Urumari sem que medidas de segurança ao meio ambiente tenham sido tomadas, o que se concretiza as vistas de todos, sem que os agressores sejam incomodados pelos órgãos de competência ambiental. Etc.  

OBS: Todas as citações bibliográficas constam no trabalho original

Silvia: Miltinho, Cássia Valéria e Giovana Rafaela, a parabenizam por mais essa vitória que é nossa. Somos gratos ao Nosso Deus, que sempre esteve e continua ao nosso lado.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *