Clima econômico no Brasil cai a 5,8 pontos, indica FGV

O clima econômico brasileiro no segundo trimestre ficou abaixo da média histórica dos últimos dez anos pela segunda vez consecutiva, conforme informou nesta quarta-feira (17) a Sondagem Econômica da América Latina, feita em parceria pelo Instituto alemão IFO e a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A sondagem mede a expectativa de economistas de diversos países sobre o presente e o futuro de diversos aspectos econômicos. Em julho foram consultados 145 especialistas em economia de 18 países para a sondagem.

No Brasil, o Índice de Clima Econômico (ICE), que vai até nove pontos e é elaborado a partir das respostas da sondagem, caiu de 5,9 pontos para 5,8 pontos de abril para julho – sendo que a média histórica dos últimos dez anos é de seis pontos.

A piora no clima econômico brasileiro deve-se a sinais mais negativos nas respostas relacionadas ao momento presente. Entre abril e julho, no Brasil, houve queda nos indicadores que medem a percepção sobre os investimentos (de 6,8 pontos para 5,8 pontos) e de consumo (de 7,9 pontos para 7,5 pontos).

O que sustenta a avaliação positiva da economia parecem ser ainda as despesas de consumo, mas com perspectivas de piora”

Fundação Getúlio Vargas

O levantamento mostrou ainda que as expectativas para investimento e de consumo nos seis meses seguintes registraram valores abaixo de cinco pontos, ou seja, desfavoráveis. Para os especialistas consultados, a avaliação positiva da economia brasileira ainda depende muito da evolução positiva de consumo, que agora mostra perspectivas de piora.

“O que sustenta a avaliação positiva da economia parecem ser ainda as despesas de consumo, mas com perspectivas de piora”, informou a FGV em comunicado.

As instituições informam que a sondagem foi realizada antes das turbulências que atingiram a economia mundial e levaram a prognósticos pessimistas sobre o crescimento mundial: a crise da zona do euro; o rebaixamento da classificação de risco dos Estados Unidos; e as dificuldades políticas para a implementação do pacote da dívida aprovada no Congresso dos Estados Unidos.

Na próxima sondagem, a ser realizada em outubro, poderão ser avaliados os impactos destas questões sobre as expectativas dos especialistas.

Fonte: G1

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