Movelarias comunitárias da Flona do Tapajós recebem apoio do SFB

Movelarias comunitárias

Uma ação do Serviço Florestal Brasileiro em parceria com a Agência Alemã de Cooperação Técnica Internacional (GIZ), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e a Cooperativa Mista da Flona Tapajós (Coomflona), está ajudando à reativar as movelarias de quatro comunidades da Floresta Nacional (Flona) do Tapajós, no Pará, que estão paradas, entre outros motivos, por falta de qualificação profissional.

Para auxiliar na formação dos comunitários, os parceiros realizam este mês um curso básico de marcenaria com aulas práticas e teóricas para duas turmas de 20 moradores da Flona. O primeiro grupo foi capacitado entre os dias 8 e 12 e a próxima turma começou o curso nesta segunda-feira, 22.

Durante o curso, são abordados temas como seleção de material para produção, uso e manutenção de máquinas e ferramentas, como calcular material necessário, custo e orçamento, além de secagem de madeira, confecção de peças e montagem de móveis, acabamento e lustragem, entre outros.

“O objetivo é desenvolver conhecimentos básicos e habilidades para que os comunitários produzam peças de madeira em pequena escala, seguindo as exigências de qualidade do mercado e as normas técnicas de segurança, saúde e higiene no trabalho”, afirma o chefe da Unidade Regional do Distrito Florestal da BR-163 do SFB, Fernando Ludke.

As aulas são ministradas pelo instrutor da GIZ Ulf Wiedermann, que trabalhou com assistência a comunidades no Peru e na Nicarágua que exerciam atividades de movelaria e manejo comunitário.

União – As movelarias foram instaladas com recursos do ProManejo, iniciativa do Programa Piloto para Conservação das Florestas Tropicais do Brasil, o PPG7. Com o término do programa, os comunitários buscaram outras formas de apoio e foi a partir dessa mobilização que vários órgãos e instituições se uniram para auxiliar na retomada das movelarias, situadas nas comunidades São Domingos, Tauari, Paraíso e Jutuarana.

O Serviço Florestal se propôs a oferecer o curso de marcenaria e planeja, como uma próxima etapa, realizar capacitações em associativismo, cooperativismo e gestão organizacional, além de apoiar o uso dos recursos florestais madeireiros e não madeireiros.

Já a Coomflona, que realiza o manejo comunitário na unidade de conservação, destinou os resíduos da exploração florestal para as comunidades e, assim, vem ajudando a superar o gargalo da falta de madeira para as marcenarias. A entidade também vem ajudando com a compra de equipamentos de proteção individual (EPIs), aquisição de peças e conserto das máquinas das movelarias que estavam com defeito, além da elaboração de novo projeto de manejo para as associações das movelarias e com capacitação e apoio ao fortalecimento organizacional e gestão junto com parceiros.

O apoio às comunidades envolve também o Ibama, por meio do Projeto Floresta em Pé, além da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), que realiza um estudo sobre quantificação de resíduos com potencial para uso na movelaria.

A engenheira florestal Adriana Bariani, da Unidade Regional do Distrito Florestal da BR-163, resume o objetivo das instituições. “Queremos apoiar na reestruturação do grupo de movelarias da Flona Tapajós, buscando a autogestão da comunidade e a melhoria na qualidade dos produtos para conquistar novos mercados e gerar renda familiar, além de contribuir com o aproveitamento dos recursos florestais de forma sustentável”, afirma.

Fonte: Divisão de Comunicação do Serviço Florestal Brasileiro

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