Sônia Ramalheiro e seu apoio ao SIM [grupo CR]‏

Sônia Ramalheiro

“Eu sou Sônia Maria Moura Ramalheiro, economista, mãe de três filhos e creio ser este o momento oportuno para manifestar minha opinião quanto aos fatos que estão ocorrendo no nosso estado por conta da consulta plebiscitária. 

Nasci em Castanhal e durante 12 anos morei em Belém onde me formei. Para acompanhar meu marido mudei para Santarém há 29 anos onde estabeleci fortes laços de amizades.

No começo estranhei muito o modo de vida das pessoas daqui. A região como um todo tem um ritmo de vida completamente diferente daquela que o paraense da capital acredita ser a realidade do estado todo. Quando aqui cheguei ou viajávamos durante três dias de barco até Belém ou esperávamos o avião que só passava nas terças e quintas-feiras. O meio de transporte tradicional, por conta da situação geográfica, é o barco, diferente da realidade do belenense que se movimenta utilizando transporte terrestre para acessar todo o território nacional. Na época Santarém não consumia produtos frios e congelados porque o transporte era extremamente complexo. Quando começamos a comercializar estes produtos aqui tínhamos que trazê-los de avião. E com o crescimento das nossas atividades precisamos desenvolver uma logística própria, o que acabou sendo o nosso diferencial empresarial.

Eu não acreditava como os moradores daqui podiam ser tão conformados com a realidade, nem entendia porque pacientes seguiam em busca de tratamento de saúde, ou mesmo de empregos, em Manaus e não em Belém que é a nossa capital. Enfim, a região seguia e segue até os dias atuais padrões e costumes que nós que nascemos na região metropolitana carecemos de tempo e olhar carinhoso para compreensão.

Ao longo de minha vida aqui no oeste paraense tenho presenciado essa afinidade maior do povo desta região com o Amazonas, a ponto de crianças saberem citar o nome do governador do estado vizinho e não saberem quem é o governante paraense. Foram os bois de Parintins, e não o carimbó, que inspiraram a parte profana da festa do Sairé realizada na maravilhosa vila de Alter do Chão, que eu aprendi a amar profundamente.

Minha compreensão sobre os porquês dos sentimentos e angústias existentes nos corações dos indivíduos nascidos nesta região aumentou durante o período que assumi a presidência do Conselho da Mulher Empresária – CME no biênio de 2002 e 2003 e que tomei conhecimento do projeto de emancipação da região para a criação do estado do Tapajós. Na época realizamos uma grande movimentação em defesa do projeto, começando com a realização de um seminário para debater o assunto onde gestores de toda a região se fizeram presentes ou representados. Deputados estaduais e federais do Pará participaram do evento e todos levaram consigo os resultados da atualização de estudos que comprovavam desde aquela época a viabilidade econômica desta região a partir da sua emancipação. Neste evento recebemos os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP) e Mozarildo Cavalcante, de Roraima, que foi o autor da emenda apresentada no Senado. Posso afirmar que a movimentação pela divisão não é coisa de meia dúzia de políticos como afirmam os representantes contrários à causa. É luta vivida e sentida pelo povo.

Minha manifestação neste momento é movida pela indignação que sinto ao ver tantas pessoas carentes de ações e da presença do poder público sem que este se volte para o povo. Ora, projetos esporádicos apenas amenizam situações problemáticas, mas a luta agora é por soluções definitivas.

Como economista, tive acesso ao estudo de viabilidade e posso afirmar que é consistente. Fechar os olhos para isso é matar a esperança de mais de três milhões de pessoas que vivem anos à espera da presença do estado. Fingir que somos capazes de administrar um território tão grande como o do Pará atual, com tamanha diversidade sociocultural, é ser irresponsável. E com isso não posso concordar.

Mesmo não tendo nascido aqui, assumi essa causa como minha e a defendo com todo amor e carinho por um povo que sempre acolheu a todos tão bem.
Dia 11 sairei de casa cedo munida com título de eleitor e vou depositar naquela urna um voto confiante de que a esperança de toda uma região não precisa morrer por causa de outros irmãos paraenses.

Rogo que meu manifesto chegue aos moradores de Belém e provoque reflexão.

Você que neste momento me lê talvez não saiba por que está dizendo não. Porém, creia! Nós sabemos muito bem porque estamos dizendo SIM à divisão do Pará”.

Fonte: Adriana Lins (jornalista)

4 comentários em “Sônia Ramalheiro e seu apoio ao SIM [grupo CR]‏

  • 9 de dezembro de 2011 em 15:14
    Permalink

    EI paraense.. NEM TU ENCHENDO OS OUVIDOS OU TENTANDO MANIPULAR OS QUEM TEM BOAS INTENÇÕES PARA COM NOSSA REGIÃO, VAI NOS INTIMIDAR O TEU não É COM MUITA IGNORÂNCIA E NÃO COM INTELIGÊNCIA.
    SI TU PASSASSE O QUE A TUA CONTERRÂNEA sra. SÔNIA RAMALHEIROS PASSOU TU NÃO VOTARIAS CONTRA!!

    Resposta
  • 8 de dezembro de 2011 em 10:34
    Permalink

    Sra. Sônia Ramalheiro

    Parabens pela visão de futuro para nossa população tão carente. Estou fazendo campanha daqui de Fortaleza pelo sim, pois quando visito nossa região sinto tambem o total abandono e a carência do nosso povo, infelizmente existem muitos santarenos contrarios ao Estado do Tapajós, mas vamos vencer!

    Resposta
    • 8 de dezembro de 2011 em 17:30
      Permalink

      Difícil, Benedito, muito difícil. Vcs não podem olhar só pelo termômetro de Santarém. Pesquisas indicam que NÃO vence majoritariamente na Capital, Ilha do Marajó, Região Metropolitana, e nordeste do Pará. O Duda Mendonça foi até embora, não está mais aqui em Belém. Ele certamente já teve acesso as pesquisas de opinião.

      Resposta
  • 8 de dezembro de 2011 em 10:33
    Permalink

    Sra. Sônia Ramalheiro

    Parabens pela visão de futuro para nossa população tão carente. Estou fazendo campanha daqui de Fortaleza pelo sim, pois quando visito nossa região sinto tambem o total abandono e a carência do nosso povo, infelizmente exixtem muitos santarenos contrarios ao Estado do Tapajós, mas vamos vencer!

    Resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *