Operários de Belo Monte iniciam terceira greve em menos de seis meses

 

Belo Monte

Os operários da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, prometem parar as atividades nos cinco canteiros da obra instalados às margens do Rio Xingu a partir desta segunda-feira. A decisão foi tomada na semana passada em assembleia. Vai ser a terceira paralisação dos canteiros de obras da usina em menos de seis meses. Os funcionários da obra, a maior do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), pedem, entre outras reivindicações, a redução do intervalo entre as chamadas baixadas e reajuste do valor do vale-alimentação.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada do Estado do Pará (Sintrapav), Giovani Resende Silva, disse que mantinha a esperança, “ainda que bastante remota”, de o Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM) apresentar uma nova proposta aos operários. Mas isso não aconteceu.

Baixada é o período de folga que o consórcio dá aos trabalhadores para visitar a família. Atualmente, para cada período de seis meses de trabalho, os funcionários de Belo Monte ganham nove dias de licença. O consórcio acenou apenas com a possibilidade de ampliar o período da folga para 19 dias, com a antecipação de dez dias das férias. Segundo o sindicato, uma proposta que não pode ser aceita porque as férias “já são direito assegurado por lei”.

Os trabalhadores querem aumento do vale alimentação de R$ 95 para R$ 300 por mês, mas a empresa propõe apenas um reajuste de R$ 15, aumentado o benefício para R$ 110.

A greve dos trabalhadores de Belo Monte será a terceira em menos de seis meses. No fim de fevereiro, os operários decidiram apoiar a paralisação dos trabalhadores das usinas que estão sendo erguidas no Rio Madeira, em Rondônia (Jirau e Santo Antônio). Antes, em novembro, a greve foi motivada por protestos contra as condições de trabalho e dos alojamentos. Os operários chegaram a bloquear um trecho da Rodovia Transamazônica.

Fonte: Valor Econômico

Um comentário em “Operários de Belo Monte iniciam terceira greve em menos de seis meses

  • 24 de abril de 2012 em 18:14
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    Tudo bem que protestem, mas se os salários não fossem atrativos, não viria gente de todos os cantos do país trabalhar na obra. O que se sabe com certeza é que há partidos do sul do país que estão articulando as greves e protestos, um após o outro, como forma de aparecer e de dificultar a governabilidade. O país precisa de energia, as obras foram aprovadas em todos os poderes, mil exigências legais cumpridas, agora greves. Já houve quebra-quebra induzido, queima de canteiros, tudo estimulado por esse povo que fica nos escritórios do sul do país e nas ongs com ar refrigerado ou nas universidades que viraram centro de militância de partido emergente, a maioria situada no sul-sudeste.

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