Alcoa entrega projetos à comunidade

Viveiro de mudas

Os projetos de geração de renda desenvolvidos nas comunidades que fazem parte do Assentamento Rural Socó I, em Juruti, foram entregues pela Alcoa à população na semana passada. Agora, conforme o previsto desde o início das atividades, eles passarão a ser acompanhados pela Secretaria Municipal de Produção e pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), o que permite sua autonomia em relação à Companhia, que possui um empreendimento mineral no município.

Os projetos de meliponicultura, artesanato com resíduos de madeira e criação de mudas de açaí para recuperação de áreas degradadas, além de outras 30 ações, fazem parte da Matriz de Compensação Coletiva (MCC) do Socó I, compromissos assumidos pela Alcoa em benefício às famílias do Assentamento em contrapartida à instalação da ferrovia que transporta a bauxita minerada pela Companhia nas proximidades do local, e pelas melhorias implementadas nas rodovias PA 257 e 192.  Todas as ações foram definidas em comum acordo com a Prefeitura de Juruti, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Associação de Produtores Rurais do Assentamento do Socó I (Apras) e Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Juruti (STTR).

Os projetos, até então executados em parceria com o Instituto Vitória Régia (IVR), constituem fonte alternativa de renda, permitindo aos comunitários desempenhá-los sem que haja a necessidade de abandonar suas atividades tradicionais. “Todas as famílias que residem no Assentamento trabalhavam basicamente com a produção de mandioca. Os projetos vieram somar às atividades que eles já desenvolviam, trazendo qualidade de vida, geração de renda, e o pensamento mais tarde é gerar empregos também”, avalia o coordenador da Emater em Juruti, Elder Freitas.

Para Jacildo Gonzaga, morador do Assentamento, que participa do projeto de meliponicultura, as ações permitem a melhoria das condições de vida graças ao rápido retorno do investimento feito. “Para fazer um saco de farinha, você trabalha uma semana, e na hora de vender, não consegue o mesmo preço do mel. Uma saca de farinha, a gente vende por uns R$ 50 ou R$ 60. E a caixa de mel tá saindo a R$ 130. Nosso lucro cresceu”, comemora.

Desde que foram iniciados no ano passado, os projetos receberam acompanhamento técnico do Instituto Vitória Régia, que capacitou os comunitários a desempenhar as novas funções. Em março deste ano, uma visita técnica feita por representantes do Poder Público municipal avaliou as atividades, consideradas positivas.

“Esse projeto está sendo de extrema importância para as comunidades beneficiadas, pois trará um complemento para a renda, além de alavancar a qualidade de vida das famílias. Esse trabalho, desenhado e acordado entre a comunidade, Incra, Prefeitura, Emater, IVR e Alcoa demonstra que parcerias público-privadas, se bem desenhadas, são muito eficazes”, avalia a Gerente de Sustentabilidade e Assuntos Institucionais da Alcoa Juruti, Juana Galvão. “É importante lembrar que esse projeto que finda agora é apenas o início da trajetória e que ainda temos muito trabalho pela frente”, completa.

Para os comunitários, o momento é de começar a planejar os próximos passos. E eles já pensam em expandir as vendas. “Vamos abranger não só Juruti mas também outros municípios, levando a divulgação dos produtos que já temos em mão, o mel, o artesanato, para que possamos ter êxito nisso”, planeja Jocilei Melo dos Reis, presidente em exercício da APRAS.


Fonte: Stephania de Azevedo Amorim

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *