Franco atirador mata dois homens durante banho, em Belém

Uma das vítimas morreu com um tiro no olho

Cinco amigos estavam aproveitando o calor da tarde paraense no rio das pedrinhas no bairro do Parque Guajará, em Belém, quando foram pegos de surpresa pelo atirador que fez vítimas duas pessoas do grupo. Antônio Carlos Silva Leite, de 18 anos, e Rodrigo UendeuPedrosa Rodrigues, de 21 anos, foram mortos cada um com um tiro.

Antônio Carlos, que morreu no local, foi acertado por um tiro no ouvido. Já Rodrigo, que foi atingido com um tiro no olho, ainda chegou a ser socorrido pela população, mas não resistiu aos ferimentos e morreu sendo encaminhado para o Hospital Metropolitano.

Segundo informações que foram repassadas para a primeira equipe da Polícia Militar que chegou no local, os amigos se refrescavam em um rio que fica há 300 metros da passagem Fé em Deus, no conjunto Eduardo Angelim. “Os cinco amigos estavam no igarapé aproveitando a tarde. De repente apareceu uma pessoa que atirou primeiro no Antônio e depois no Rodrigo. Os outros três conseguiram fugir”, disse o cabo da PM, Joel. O suspeito de cometer o crime fugiu pelo meio do rio e possivelmente mora no bairro do Tapanã.

Ainda conforme a PM, os dois amigos que moravam nos arredores do local do crime já estavam marcados para morrer. “Eles tinham muitas dívidas de drogas e talvez esse seja o motivo para o assassinato”, comentou o sargento Everaldo, outro PM que também estava no local do crime. Os PMs comentaram que ontem eles se despediram de alguns familiares como se estivessem pressentindo que iam morrer.

Após o crime ter acontecido, moradores da área retiraram os corpos de dentro do rio e os levaram para a rua. Antônio por já estar morto foi deixado na passagem Fé em Deus.

Rodrigo que estava ferido no rosto, foi levado em um carrinho de mão para a avenida Augusto Montenegro para que a ambulância prestasse socorro. Ele foi encaminhado para o Hospital Abelardo Santos e logo depois transferido para o Metropolitano, mas morreu no caminho. Os tiros eram de uma arma ponto 40.

A Divisão de Homicídios foi chamada para o local. A equipe estava sendo comandada pela delegada Cláudia Renata Guedes. O Centro de Perícias Científicas “Renato Chaves” foi acionado para remover o corpo para o Instituto Médico Legal (IML). As investigações para descobrir os culpados deverão prosseguir pela Seccional Urbana de Icoaraci.

Fonte: Diário do Pará

Cinco policiais presos por extorsão

Depois de uma denúncia de que cinco investigadores da Polícia Civil teriam entrado na residência de uma mulher, arrombado portas e gavetas em busca de algo para incriminá-la, além de ameaçarem a vítima com uma faca que tinha sido colocada na boca da mulher para que ela não denunciasse o caso, depois que nada foi encontrado, segundo o próprio depoimento da vítima, a situação foi registrada na Delegacia de Crimes Funcionais (Decrif ).

Ainda segundo o depoimento da mulher, a equipe de investigadores teria cobrado uma quantia em dinheiro no valor de R$ 50 mil para que ela não fosse conduzida a uma delegacia, depois que os policiais forjaram um flagrante de entorpecentes.

A extorsão teria acontecido na tarde do dia 2 de fevereiro deste ano, em Ananindeua e no dia 21 de junho. Após o Ministério Público do Pará analisar as peças do inquérito policial instaurado para investigar o caso, o juiz Arielson Ribeiro Lima da 5° Vara Penal da Comarca de Ananindeua deferiu o pedido de prisão dos investigadores, que se apresentaram espontaneamente na Decrif.

Os irmãos Paulo Reinaldo Paranhas Palheta e Amarildo Paranhas Palheta, junto com Marco Antônio Damasceno Rodrigues e Marcelo Brito dos Santos, estão presos no Centro de Recuperação Anastácio das Neves, no complexo Penitenciário de Americano, depois de se entregarem nesta segunda feira (27). Já Hamilton da Silva Dias, que teria sido o primeiro a se entregar, na última sexta feira (24), está preso no Corpo de Bombeiros. Os cinco investigadores foram indiciados pela prática de crime em concussão, abuso de autoridade e tortura.

De acordo com o delegado Eloi Fernandes, os cinco policiais tomaram conhecimento das prisões e ficaram na qualidade de foragidos há cerca de um mês. Eloi afirmou que o inquérito está dentro da legalidade. “Todos foram ouvidos. As testemunhas que estavam na casa, a vítima e os acusados”. O delegado ressaltou que o MP analisou os fatos apurados nas investigações e o juiz deferiu as prisões preventivas. “Foi entendido que todos estavam revertidos da legalidade”. O comandante da Decrif também acrescentou a responsabilidade da Corregedoria em apurar denúncias. “Nosso trabalho é preventivo e colaboramos no que o policial precisar. Ele deve servir de exemplo para a sociedade. Mas se o policial tiver participação em qualquer desvio de conduta, vamos apurar dentro da legalidade”.

(Diário do Pará)

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