Barbosa diz que imprensa deve vigiar vida pública

 

Joquim Barbosa
Joquim Barbosa

O presidente do Supremo Tribunal Federal e relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa, foi escolhido Personalidade do Ano na 10ª edição do Prêmio Faz Diferença, do jornal O Globo. Em seu discurso de agradecimento, Barbosa defendeu que a vida pública deve ser vigiada pela imprensa, e que a transparência e abertura total e absoluta devem ser a regra.

Joaquim Barbosa destacou a sinergia entre a imprensa e o Judiciário. “É uma sinergia grande, importante e relevante para um setor tão impenetrável, que tem a missão de julgar. Vou continuar fazendo o que sempre fiz: ter sempre o interesse público em primeiro lugar”, disse Barbosa, que foi aplaudido pelos convidados.

Recentemente, o presidente do Supremo foi convidado a ser palestrante em dois eventos sobre imprensa. A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) convidou o ministro para ser um dos palestrantes do congresso internacional da entidade, que debaterá as relações entre fontes e jornalistas no Judiciário. O encontro está marcado para outubro, no Rio.

Também foi convidado pela Unesco para dar uma palestra no dia 4 de maio, Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, em San José, na Costa Rica. Sobre esse evento, o ministro afirmou que espera poder relatar a robustez da imprensa do Brasil e o papel na democracia, “principalmente no setor ao qual pertenço, que é o Poder Judiciário”, afirmou.

Relação com a imprensa
No início de março o presidente do Supremo foi criticado após se dirigir de maneira ríspida ao repórter Felipe Recondo, do jornal O Estado de S. Paulo. O repórter o abordou com uma pergunta na saída de uma sessão do Conselho Nacional de Justiça. Além de não responder ao questionamento, o ministro falou para o jornalista “chafurdar no lixo” e o chamou de “palhaço”.

De acordo com a coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo, o motivo para o ministro Joaquim Barbosa ter reagido dessa forma pode ter relação com levantamento sobre gastos com viagens e reformas em gabinetes e apartamentos dos ministros feito pelo jornal em que Recondo trabalha.

Em nota, a assessoria de imprensa do Supremo justificou o ocorrido dizendo que “o presidente, tomado pelo cansaço e por fortes dores, respondeu de forma ríspida à abordagem feita por um repórter”. A nota afirma ainda tratar-se de “episódio isolado que não condiz com o histórico de relacionamento do ministro com a imprensa”.

Poucos dias antes o ministro já havia sido alvo de críticas por parte dos magistrados, após afirmar que os juízes brasileiros têm mentalidade “mais conservadora, pró status quo, pró impunidade”, em entrevista coletiva exclusiva para jornalistas estrangeiros.

Ayres Britto
Na categoria País, o ganhador foi o ex-ministro e ex-presidente do Supremo Carlos Ayres Britto. Em seu discurso, Britto salientou a importância do STF e afirmou que os ministros não tem o direito de ficarem de mau humor. “São tantas as possibilidades de arejar mentes, tantas chances de contribuir para a modernidade do país, que ficar de mau humor é como um canal de dispersão de energia (…) O fato de eu e Joaquim Barbosa termos conquistado o Faz Diferença mostra que a sociedade está conhecendo mais o STF, que vem entendendo com mais clareza o seu papel de instituição concretizadora da lei maior do país, que é a Constituição. O STF se aproxima da sociedade, que retribui”, disse.

Britto agradeceu ainda à sua mulher, Rita Ayres Britto, pela presença constante em sua vida e disse se sentir privilegiado por servir ao STF. “Eu me sinto extremamente feliz e honrado por receber um prêmio com nome tão sugestivo: Faz Diferença. Sinto-me ainda mais privilegiado pelo destino em face da oportunidade que tive de servir ao país na Suprema Corte”.

Confira abaixo a lista de vencedores do Prêmio em cada categoria:
Personalidade do ano –  Joaquim Barbosa
Categoria País – Ayres Britto
Categoria Rio – Liszt Vieira
Categoria Mundo – Alexandre Feitosa
Categoria Revisa Amanhã – Édison Carlos
Categoria Ciência/Saúde – Jerson Lima e Silva
Categoria Cinema – Selton Mello
Categoria Música – Gal Costa
Categoria Revista da TV – Novelva “Avenida Brasil”
Categoria Revista O Globo – Marcus Vinicius Faustini
Categoria Teatro – Bibi Ferreira
Categoria Prosa – Festa Literária Internacional das UPPs (Flupp)
Categoria Esportes – Zé Roberto Guimarães
Categoria Economia – Maria das Graças Fostes
Categoria Educação – Isadora Faber
Categoria Economia/Desenvolvimento do Rio – L’Oréal
Categoria Caderno Ela – Alex Atala
Categoria Artes Visuais – CCBB

Fonte: Revista Consultor Jurídico

 

Um comentário em “Barbosa diz que imprensa deve vigiar vida pública

  • 31 de março de 2013 em 11:08
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    esse ministro é um brincante, a vida publica de ser vigiada pelo povo e pela justiça,ele quer passas a bola do seu dever e obrigação é o BRASIL.

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