Águas dos rios Tapajós e Amazonas invadem orla de Santarém

 

Av. Tapajós já começa a ser tomada pela água..
Av. Tapajós já começa a ser tomada pela água (Elias Junior)

A cheia dos rios Tapajós e Amazonas decorrente do período chuvoso (inverno amazônico) preocupa autoridades de segurança de Santarém. Nas últimas semanas, o nível das águas do rio Tapajós levou a Capitania dos Portos, em Santarém, juntamente com Defesa Civil, a traçarem planos emergenciais, caso sejam registradas ocorrências por conta da enchente.

Nesta época do ano, segundo representantes dos órgãos de segurança, centenas de famílias ribeirinhas passam por grandes dificuldades provocadas pela cheia do Tapajós e do Amazonas. Entre as preocupações da Marinha e da Defesa Civil está o alagamento de centenas de casas, localizadas às margens dos dois rios que banham Santarém.

A Capitania dos Portos informou que também atua na verificação dos problemas ocasionados pela cheia deste ano, tanto na população quanto nas embarcações que trafegam nos rios Tapajós e Amazonas e seus afluentes.

Travessa Padre João interditada
Travessa Padre João interditada (Bena Santana)

De acordo com o comandante da Capitania dos Portos em Santarém, Capitão Andrade, a verificação da régua da Agência Nacional de Águas (ANA), localizada no porto da Companhia Docas do Pará (CDP) mediu 7.32, no início desta semana, e que se for fazer um paralelo com o mesmo período de 2009 quando marcou 7.34, a medida do rio está com 2 centímetros a menos neste ano.

opulação usa ponte para atravessar Avenida
População usa ponte para atravessar Avenida (Bena Santana)

A Capitania dos Portos destaca que o nível da água já tomou parte do porto de Santarém inundando ruas próximas ao cais. Outros bairros da cidade também estão alagados em virtude da cheia dos igarapés que cortam a área urbana.
O nível normal do rio é de 5,62 metros e a cota de alerta para alagamentos é de 6,51 metros, de acordo com dados telemétricos da ANA, que registrou na terça-feira nível de 7,32 metros, acima, inclusive, da cota de alerta para enchente.

Placa de sinalização se mistura com lixo e água na Avenida Tapajós
Placa de sinalização se mistura com lixo e água na Avenida Tapajós (Bena Santana)

“Se continuar com a mesma proporção, tem grandes possibilidades de termos uma cheia parecida com a de 2009. Mas, o ano de 2009 não pode ser referência porque foi uma coisa atípica daquele ano. A cheia acontece todo ano”, explica o comandante.

Capitão Andrade disse, ainda, que pelo histórico há possibilidades de que no mês de julho as águas dos rios Tapajós e Amazonas comecem a baixar. “Não podemos confirmar, porque a natureza é dinâmica e oscila de acordo com as chuvas que acontecem”.

Muita sujeira vem à tona com a subida da água
Muita sujeira vem à tona com a subida da água (Elias Junior)

AVENIDA TAPAJÓS: A área da Avenida Tapajós, entre o Mercado Municipal até a o Mercadão 200 já começa a mostrar a força da água. Vários pontos estão ficando alagados e Defesa Civil começa a monitorar. O cruzamento da Travessa Padre João com a Avenida Tapajós já foi interditado, bem como outros pontos, como a área que fica em frente à Delegacia dos Portos, que todo ano fica interditada.

NAVEGAÇÃO: Segundo o Capitão Andrade, os comandantes de embarcações devem redobrar a atenção para que não aconteçam acidentes na navegação. Ele solicita que mantenham sempre prontos os seus equipamentos auxiliares, para serem usados quando necessário, para que possam ter uma viagem mais segura. “Sempre há riscos relacionados a troncos de árvores, principalmente no rio Amazonas, onde tem um grande índice do fenômeno ‘terras caídas’. Com isso correm para o leito do rio e é um momento de risco para a navegação”, alerta.

Fonte: RG 15/O Impacto, com fotos de Elias Junior e Bena Santana

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