Delfim Netto negou saber de torturas
Por cerca de uma hora e 15 minutos, o ex-ministro do período do regime militar, Antônio Delfim Netto, foi ouvido durante depoimento à Comissão da Verdade da Câmara Municipal de São Paulo e negou que soubesse das torturas realizadas pela ditadura no Brasil. O interrogatório foi na manhã desta terça-feira (25).
Delfim foi ministro da Fazenda (1967-1974) e do Planejamento (1979-1985). Em depoimento, foi enfático em afirmar que desconhecia a prática de tortura mesmo questionando o general Emílio Garrastazu Médici, presidente do Brasil de 1969 a 1974, que teria negado possíveis atos de violência contra opositores ao regime.
“Era 1971 quando perguntei ao Médici: Tem tortura? E ele respondeu que não. O que havia era o combate nas ruas”, declarou o ex-ministro.
Vereadores de vários partidos políticos da Câmara Municipal de São Paulo fizeram a sabatina a Delfim que respondeu por várias vezes de forma suscinta afirmações do tipo “não sei”, “não lembro”, “não tenho conhecimento”.
Algumas pessoas, que acompanhavam o depoimento da plateia, rebatiam o que Delfim dizia, uma das observadoras chamou o ex-ministro de cara de pau, afirmando que era preciso passar óleo de peroba na cara dele.
O ex-ministro afirmou não ter se arrependido de assinar, em 1968, o Ato Institucional número 5 (AI-5), que extinguiu direitos civis, deu plenos poderes ao presidente-marechal Artur da Costa e Silva, fechou o Congresso Nacional, institucionalizou a censura prévia e suspendeu o habeas corpus em casos de crimes políticos, entre outras medidas.
Fonte: DOL, com informações do portal Terra
Este é um canalha que foge da luta. Não´só
sabia das torturas como se aproveitava das negociações dos altos empréstimos do país, contraídos, à época, junto ao \”FMI\”. Enriqueceu,Cobrava comissões por isso. Hoje nega os passos dos seus chefes. Cara de pau é pouco.