Festa em Manaus visa aproximar população do Pará e Amazonas

Interagir culturalmente entre a população dos estados do Pará e Amazonas. Este é o objetivo de um grupo de paraenses radicados em Manaus, que neste final de semana prepara uma festa, com o intuito de aproximar a população dos dois estados tanto no âmbito cultural quanto social.

Nesta sexta, 19, a União das Associações Paraenses em Manaus (Unasp) realizará o primeiro “Arraiá Paid’égua em Manaus”.

O evento vai contar com apresentações de danças regionais, comidas típicas, entre outras atrações como, a Banda Amazon Beach e Pinduca, considerado o “Rei do Carimbó”. Milhares de paraenses que residem na capital amazonense são esperados para esta festa, assim como a população de Manaus.

Hoje, dezenas de associações de moradores de cidades paraenses funcionam em Manaus. Entre elas, a Associação dos Belterrenses Radicados em Manaus (Asbram). A Associação todos os anos promove também sua festa de confraternização. Para os coordenadores, a festa se consolida como uma oportunidade de reencontrar os velhos amigos e receber os novos em um ambiente de muita animação e verdadeira confraternização.

PARAENSES EM MANAUS: Segundo o Tribunal Regional Eleitoral da capital amazonense, existem 300 mil paraenses morando em Manaus. Gente que vem da capital Belém e dos municípios paraenses vizinhos ao Amazonas, como Santarém. Gente qualificada e gente de pouca instrução.

Belém e Manaus sempre disputaram a primazia de serem as principais metrópoles nortistas, assim como Santarém, localizada entre os dois centros, se consolida como um dos principais pólos.

Com a criação da Zona Franca de Manaus pelos militares, a cidade amazonense foi se distanciando aos poucos da cidade considerada rival. Dinheiro e investimentos. E Belém sofrendo na mão de maus gestores.

PRECONCEITO: O que não mudou foi o ranço contra quem é paraense na capital do Amazonas. Todos se dizem indignados com as palavras do ex prefeito Amazonino Mendes. Mas todos conhecem a palavra usada como sinônimo para ladrão em Manaus, o “Paraense”. O presídio que se chama ‘Puruquequara’, é apelidado de ‘Paraquequara’. “Isso é porque houve uma pesquisa no início da década de 2000 que mostrou que a maioria dos presos em Manaus são paraenses”, opina Paulo Onofre Castro, membro da Comissão Executiva do PDT no Amazonas.

Onofre espalhou pela cidade um manifesto de repúdio ao ex prefeito Amazonino. “Vossa excelência necessita de tratamento neural intensivo e o povo manauara não pode ser cobaia de um governante explicitamente desequilibrado”, escreveu.

Fonte: RG 15/O Impacto