UFOPA sedia 7º Simpósio Brasileiro de Óleos Essenciais
De 15 a 18 de outubro pesquisadores de diversas regiões brasileiras reúnem-se na Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), em Santarém, para discutir as oportunidades e os entraves na cadeia produtiva das Plantas Aromáticas e Medicinais, a pesquisa, o desenvolvimento e inovação, legislação, cultivo, produção, processamento, controle de qualidade e o mercado dos óleos essenciais durante o 7º Simpósio Brasileiro de Óleos Essenciais. A solenidade de abertura, que ocorreu nesta terça-feira, dia 15, no auditório do Câmpus Tapajós da UFOPA, contou com a presença do reitor, José Seixas Lourenço; o prefeito de Santarém, Alexandre Von; o pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação Tecnológica, Marcos Ximenes, o Prof. Dr. Lauro Barata, coordenador do evento; professores e alunos do Instituto de Biodiversidade e Florestas (IBEF) da UFOPA, entre outras autoridades.
Ao dar as boas-vindas aos participantes, o reitor Seixas Lourenço destacou que o evento possibilita a interação entre pesquisa acadêmica e o setor produtivo, contribuindo para o desenvolvimento da cadeia produtiva de óleos essenciais e o uso sustentável dos recursos da floresta, o que favorece a política da universidade de melhorar a qualidade de ensino e envolver a instituição em ações de empreendedorismo regional. “A Amazônia tem estimadas 33 mil espécies de plantas floríferas, entre elas as odoríferas que fazem parte do cotidiano amazônico e o uso de plantas de floresta amazônica é uma alternativa real para suprir o mercado mundial de óleos essenciais de 2 bilhões de dólares e o cultivo de plantas aromáticas e medicinais em áreas degradadas, além de recomposição com espécies nativas, o que gera trabalho e renda familiar”, ressalta.
Para além das commodities
Após abertura do evento, o coordenador do VII Simpósio, o professor e pesquisador Dr. Lauro Barata, proferiu a primeira sessão plenária científica, fazendo um breve panorama das pesquisas e do desenvolvimento de bioprodutos no Brasil e na Amazônia. De acordo com o pesquisador, há a necessidade de mudança de paradigma para a região, pois desde do ano de 1500, a economia amazônica é pautada na produção de commodities. Carne, soja, alumínio, ferro, madeira, borracha, óleos vegetais e outros produtos em estado bruto são produzidos na região, porém o valor agregado desses produtos é adicionado fora da Amazônia, gerando assim escassos recursos a nível local. “Uma mudança de paradigma requer, dos amazônidas e brasileiros, o uso adequado dos recursos naturais da maior floresta tropical do mundo”, defende.
Márcia Ortiz Mayo Marques, pesquisadora do Instituto Agronômico de Campinas (SP), é uma das pesquisadoras que participam do simpósio. Na visão da pesquisadora, “o evento é fundamental, pois reúne pesquisadores de todo o Brasil para se discutir cientificamente sobre o ponto de vista industrial. Então esse elo da cadeia produtiva é fundamental para beneficiar e desenvolver produtos a partir da nossa biodiversidade brasileira”, considera Márcia Marques.
O 7º Simpósio Brasileiro de Óleos Essenciais ocorrerá até sexta-feira, dia 18, com conferências, mesas-redondas, apresentações orais, sessão de painéis e visitas técnicas, na UFOPA, Câmpus Tapajós.
Fonte: RG 15/O Impacto e Ascom/UFOPA