Alcoa mobiliza mais de 35 mil voluntários em atividades comunitárias pelo mundo
A Alcoa anuncia que mobilizou mais de 35 mil funcionários da companhia no mundo em 1.300 ações comunitárias durante a oitava edição do Mês Mundial de Serviços Comunitários, realizado anualmente pela empresa no mês de outubro. Mais de 1.900 pessoas atuaram como voluntários somente no Brasil, beneficiando aproximadamente 100 instituições nos Estados de São Paulo, Santa Catarina, Pará, Minas Gerais, São Luís e Pernambuco. As atividades englobaram a revitalização de áreas, palestras, plantio de árvores, campanhas de arrecadação e ações comunitárias.
Crianças e jovens de Juruti aprendem música com apoio do Instituto Alcoa – Dedicação que soa como música
Gediane de Souza Amaral é natural de Juruti, no Pará. Cursa a faculdade de Contabilidade e atua em uma empresa do ramo. Hoje ela tem 42 anos e um nobre objetivo como mãe, voluntária e colaboradora ativa na comunidade onde vive: por meio da música, afastar crianças e adolescentes das drogas e dos perigos das ruas. O projeto “Pra ver a banda tocar” é realizado na Associação Bom Samaritano, pela iniciativa dos membros da igreja Assembléia de Deus. O objetivo do programa é disponibilizar a crianças e aos jovens a oportunidade de aprender um instrumento, oferecendo um futuro diferente por meio da música. Desta forma, o programa promove a inclusão e o desenvolvimento cultural, integrando a população de baixa renda da região independente da religião que pertencem.
O projeto, que inicialmente contava com instrumentos cedidos pelos próprios membros da igreja, logo foi colocado no papel e formalizado. A iniciativa contou com o apoio do Instituto Alcoa em ações como o ACTION (2008 e 2009) e BRAVO! (2009 e 2010), programas voluntários que envolvem funcionários da Alcoa, seus familiares e comunidades com o intuito de auxiliar diversas instituições em prol do bem-estar das localidades em que a empresa está inserida. Foram investidos mais de R$ 104 mil reais para a aquisição de instrumentos musicais e a ampliação do local onde são lecionadas as aulas. Desta forma, foi possível proporcionar a expansão do projeto, auxiliando mais crianças. “Com a ajuda do Instituto Alcoa, o projeto caminha muito bem. A aquisição de novos instrumentos permitiu que mais alunos se envolvessem nas atividades musicais, podendo ocupar o tempo ocioso que eles tinham quando não estavam na escola. Hoje, eles estão fora das ruas e mais próximos das aulas de música”, comenta.
O projeto beneficia cerca de 40 crianças e jovens que aprendem teoria e prática de diversos instrumentos como trombone, bombardino, flauta, entre outros. Gediane conta que apesar de não existir, no momento, muitas vagas disponíveis, os jovens se inspiram uns nos outros, levando as aulas muito a sério. “É muito gratificante ver que os alunos estão interessados em aprender um instrumento. Eles ficam concentrados e ansiosos pelas próximas aulas, estudam as partituras em casa”.
Com este projeto, muitos jovens tiveram a oportunidade de ter acesso a instrumentos e o contato com a música, descobrindo um mundo novo. Com muito orgulho, ela comenta a participação de duas pessoas muito especiais em sua vida que fazem parte do programa. Seus filhos, Thiago e João Pedro.
“O Thiago, mais velho, tem um talento nato, é autodidata em bateria e mora fora da cidade. Ele toca em uma banda que formou por lá. Participou do programa onde desenvolveu seu talento e suas habilidades. Agora, incentivo o João Pedro a participar do programa para que ele tenha contato com a música e não fique na ociosidade. Ele adora, chega em casa correndo pra me mostrar o que aprendeu e quer me ensinar, está sempre estudando suas partituras. Fico emocionada em ver que com menos de oito anos de idade, já tem a consciência de passar seus conhecimentos a diante. Ver os meus filhos participando é uma emoção indescritível”, comenta.
Gediane continua sua caminhada, contribuindo para que o projeto, que ainda necessita de auxílio para alcançar cada vez mais jovens. Dentro das possibilidades, busca expandir e trazer melhorias para os alunos buscando captação de recursos e parcerias. Juntamente aos outros organizadores, ela se mobiliza para ofertar melhores condições para que os jovens aproveitem mais seu aprendizado. “Atualmente, contamos com a parceria de pessoas que tem conhecimento musical e que estão dispostas a doarem seu tempo para atuar como instrutores, além do espaço para lecionar as aulas. Porém, essa sala não é acústica, o que é muito importante para que os jovens tenham um desenvolvimento pleno, dentro de um local adequado e específico para esta prática”.
Dentro de sua trajetória no “Pra ver a banda tocar”, Gediane presenciou diversos momentos especiais que marcaram sua vida. Com satisfação, ela descreve as diversas apresentações em festivais e eventos na comunidade, fruto do projeto do qual se orgulha muito e continua engajada. “Certa vez, uma amiga me ligou dizendo que eles estavam se apresentando no Porto da Alcoa e que a apresentação estava emocionante. Mais tarde, eu os assisti em um vídeo e fiquei muito comovida. Nessas horas percebo que tudo para o qual lutamos vale muito a pena. Me sinto realizada, é muito importante para a minha vida”.
Hoje em dia, Gediane continua focada no projeto e espera que os alunos de hoje possam se tornar instrutores no futuro, levando adiante seus esforços e suas lições. O programa que começou pequeno, com sua boa vontade e dedicação, hoje proporciona conhecimento e inclusão a crianças e jovens de Juruti. Fazendo parte também da sua história de vida.
“Acho que o principal objetivo deste projeto é a perspectiva causada a esses jovens. Eles se motivam quando estão tocando em grupo, fazendo apresentações em vários lugares. Desta forma, eles estão longe da vulnerabilidade e da marginalidade. Gostaríamos de poder disponibilizar mais espaço para ajudar mais crianças. Aqui em Juruti, as opções para jovens são mínimas, e a música foi uma maneira de uni-los”, completa.
Fonte: RG 15/O Impacto e Brenda Alvarez