Epidemia de Ebola matou 58 pessoas nos últimos dois dias
A Organização Mundial de Saúde informou que a atual epidemia na África Ocidental já contaminou 1.440 pessoas e matou 826 desde fevereiro (58 só nos últimos dois dias). O surto é incomum na região: a prevalência sempre foi maior no Centro e no Leste do continente. As fronteiras de Libéria, Serra Leoa e Guiné, países mais afetados, foram fechadas anteontem.
A maior epidemia da doença antes desta ocorreu em 1976 e teve 280 mortes. A boa notícia é que eles não detectaram novas infecções na Nigéria e na Guiné, onde o surto começou.
No último sábado, o médico americano infectado com o vírus ebola que foi transferido para os Estado Unidos apresentou sinais de melhora, segundo o diretor do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos. O paciente foi transportado no sábado da África para a cidade de Atlanta em uma mega operação que envolveu ambulâncias especiais e jato com capsula de isolamento.
Brantly, com um traje especial, foi levado para um hospital universitário de Atlanta, que tem uma unidade isolada para tratar pacientes com doenças infecciosas.
– É promissor observar que parece estar melhorando. Isto é muito importante e esperamos que continue melhorando – disse Tom Frieden, diretor do Centro de Controle de Doenças, em Atlanta.
Mais de 700 pessoas morreram no oeste da África desde fevereiro, na mais recente epidemia de ebola. Desde o surgimento em 1976, este vírus matou dois terços dos infectados. A esposa de Brantly, Amber, pediu orações para o marido e para os que lutam contra o vírus na Libéria. “Conversei com ele, está feliz por ter retornado aos Estados Unidos”, afirmou.
A outra americana que será retirada da África é Nancy Writebol, que participou de ajudas humanitárias em um hospital liberiano. Ela deve ser repatriada em um procedimento similar ao de Brantly. De acordo com autoridades militares, a transferência deve se realizar “nos próximos dias”. Tanto o caso de Brantly quanto o de Writebol foram descobertos na semana passada.
Fonte: O Glob