População interdita Rodovia Santarém-Cuiabá

Bloqueio acontece no trevo, na entrada do município de Belterra
Bloqueio acontece no trevo, na entrada do município de Belterra. Foto G1

Depois de prometer interditar a rodovia Santarém-Cuiabá (BR-163), para protestar contra o descaso dos governos municipal e estadual, os moradores Belterra, distante 45 quilômetros de Santarém, cumpriram o juramento na manhã desta terça-feira, 09. Os moradores interditam desde às 10h da manhã a Rodovia BR-163 (Santarém-Cuiabá), que dá acesso à cidade, em um protesto contra a falta de infraestrutura na região.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), cerca de 80 manifestantes participam do ato, que ocorre no trevo próximo à entrada da cidade. Eles reclamam de constantes faltas de água na região e afirmam que a iluminação pública não funciona, embora a taxa seja cobrada nas contas de energia.

Eles ainda pedem o licenciamento ambiental de uma área e médicos em plantão de 24 horas no município de Belterra.

De acordo com a PRF, a via apresenta grande congestionamento. Os moradores ainda afirmam que irão liberar a via a cada seis horas. A próxima liberação estava prevista para às 16 horas de hoje.

Em entrevista concedida à nossa reportagem na semana passada, o presidente da Associação Viver de Belterra (AVIB), Raimundo Elielson de Sousa Nunes, alertou que os comunitários em forma de protesto iriam fechar a rodovia Santarém-Cuiabá (BR 163), na localidade do Trevo, na manhã desta terça-feira, 09.

Raimundo Elielson diz que Associação reivindica área para assentamento
Raimundo Elielson diz que Associação reivindica área para assentamento

Os moradores reivindicam os serviços básicos na cidade, como: a falta de água; saúde pública e médicos 24 horas; Licenciamento Ambiental da Área destinada a AVIB; iluminação pública que está sendo cobrada e a população não está sendo beneficiada.

Ele ressalta que a área em questão fica localizada na Rua do Estrela, entre a Estrada 2 e a Estrada 7. Neste local a maioria das famílias não tem onde morar. O exemplo maior é que, em uma única casa residem entre cinco a seis famílias.

O projeto do loteamento é direcionado ao programa do governo federal “Minha Casa, Minha Vida”, porém, muitas famílias não querem essas casas, preferem construir por conta própria, como um bairro estruturado. “O próprio SPU quer um bairro direcionado com infraestrutura, água, energia, tratamento de esgoto, e tudo dentro do planejamento com área de lazer, área comercial, escola, creche, tratamento do lixo, e uma horta comunitária. Tudo está destinado na área de quatrocentos e oitenta hectares”, destaca Elielson Nunes.

“Os moradores fazem uma ação popular com setecentas e cinqüenta assinaturas para ser aprovada pela Câmara, para o andamento desse projeto e, assim ser criado esse novo bairro. No início tentamos fechar uma parceria com a Prefeitura, mas não conseguimos nada. Diferente do presidente da Celpa, que nos procurou pra fechar uma parceria”, afirma Elielson Nunes.

A área onde existe o projeto do loteamento faz parte da União, onde já foi feito todo o mapeamento do terreno e aprovado pelo SPU. “Isso era pra fazer o ‘Minha Casa Minha Vida’. Quando procurávamos a Prefeita ela dizia que essa área era da UFOPA. Depois era uma área reservada da Prefeitura, mas hoje Belterra está com quase 80% do Município em área de conservação, como a Floresta Nacional do Tapajós (FLONA). Tem, também, uma porcentagem de conservação, Área de Proteção Ambiental (APA). Assim como a Prefeita, nós também queremos o crescimento do Município”, finalizou Elielson de Sousa Nunes.

Fonte: RG 15/O Impacto

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