Informe RC

DELAÇÃO PREMIADA- I

Se não houvesse acordo de Delação Premiada, talvez não existisse o Petrolão. Ver empresários ricos, donos das maiores empresas de engenharia do país, presos e liberados depois de 6 meses de “xadrez”, portando tornozeleiras mecânicas, para continuarem a responder a processos em regime domiciliar, como culpados e participantes do maior escândalo de corrupção do Brasil, um dos maiores do mundo, não é cena comum. Ninguém ficaria sabendo do assalto aos cofres da Petrobrás, de onde dezenas de bilhões de reais, destinados a título de comissão em contratos, aditivos e prestação de serviços superfaturados, muitos não realizados, a partidos e políticos com cargo no governo, portadores de mandatos (59), diretores e gerentes da estatal, num esquema criminoso para materializar o sonho de perpetuação no poder, idealizado pelo PT, mas, em tempo, por acaso, abortado pela Polícia Federal e pela Justiça Federal do Paraná, que, através da Operação Lava Jato, comandada pelo Juiz Federal Sérgio Moro e Promotores, apuram a extensão do plano macabro. Interessante, é que acusados, comprovados de participarem do assalto, juram ser inocentes da acusação ser falsa.

DELAÇÃO PREMIADA- II

Enquanto isso ocorre, centenas de milhões de dólares, depositados em bancos no exterior, são repatriados e depositados na conta da empresa, e a própria, num balanço retardado, debitou “prejuízo” gasto de 6 bilhões destinados à corrupção. Na quinta (7), o ex-diretor de Abastecimento, por 8 anos, de 2004 a 2012, Paulo Roberto Costa, depondo pela 4ª vez na CPI aberta na Câmara Federal, para apurar corrupção na empresa, lavou a alma, contou tudo e como acontecia, e culpou políticos pela corrupção na Petrobrás. Citou nomes dos senadores engordados no Petrolão: Ciro Nogueira (PT), Renan Calheiros, Romero Jucá, Edson Lobão (PMDB), Lindebergue Farias, Humberto Costa (PT). Para o ex-diretor, delator da Lava Jato, não foi a corrupção a culpada pela quase quebradeira da petroleira, e sim a má gestão nos preços dos combustíveis que provocou um rombo de 60 bilhões de reais, e que o atual modelo adotado favorece a corrupção. Apesar da coragem cívica do juiz Sérgio Moro, poucos acreditam dos envolvidos na gatunagem serem punidos, como ocorreu com os réus do mensalão.

FICOU MAIS DISTANTE

A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, criados há séculos, já foram o orgulho dos brasileiros. Há muito tempo, ligaram o nome a famílias desejosas de possuírem casa própria. Como na maioria dos estados, em Santarém, foram construídas centenas de casas financiadas, parte ainda habitada em bom estado de conservação, outra, destruída pelo tempo. Todas quitadas quando a correção, de tão baixa, passava despercebida. Nessa época, não havia politicagem nos bancos oficiais, o dinheiro do povo ia e voltava. Nestes últimos 13 anos passou a existir, dezenas de diretorias desnecessárias foram criadas com boa remuneração, gordo orçamento para atender a gula da companheirada e de partidos aliados aos dois últimos presidentes. A história muitos conhecem, longa e o espaço é curto, vamos ao finalmente: a Caixa, a mais procurada, que liderava o crédito imobiliário no país, reduziu o teto de financiamento com recursos da Poupança, desde o dia 4. O que era 80% passou para 50%, destinados à compra de imóveis usados. Vai ceder a vez à concorrência que, por enquanto, oferecem um teto mais alto. O sonho da casa própria fica mais distante. Resultado negativo do patrulhamento político não é só a Petrobrás.

LADEIRA ABAIXO

Servindo de guia a grandes investidores, a revista americana Forbes, versada em economia, que na sua lista anual divulga o ranking das maiores empresas do mundo, destaca a queda na classificação da brasileira Petrobrás, que, em 2012, apareceu entre as 10 maiores do planeta, pulou para o 30ª lugar, agora, em 2014, desceu 400 posições, passando a ocupar o posto de número 416ª e o valor de mercado da empresa, em um ano, de 86,4 bi de dólares veio para 44,4 bi, devido à má gestão e dos escândalos de corrupção iniciados na estatal no início do 1º ao 8º ano de governo do ex-presidente Lula da Silva até ao final do 1º mandato da companheira Dilma, o que colocou para correr grandes investidores. O economista Daniel Sousa acredita da Petrobrás não ter folego financeiro para bancar os 20% da sua participação na exploração do présal, embora, entre 5 ou 10 anos, possa recuperar o seu valor de mercado. Se não tivessem descoberto a gatunagem na Petrobrás, o Brasil já tinha quebrado. Falam de nos Fundos de Pensões o desvio do dinheiro do povo ser muito maior.

PANELAS E BUZINAS

Quando discursava, lendo no teleponto, um pronunciamento feito por muitas mãos, no espaço destinado ao PT pelo TSE, em rede de rádios e TV, na terça (5), que não contou entre os oradores com a participação da presidente Dilma, figura carimbada nos programas do partido, as palavras do ex-presidente Lula tecendo loas em causa própria enaltecendo seus feitos e as realizações do PT em benefício do povo, sem falar em corrupção, Mensalão, Petrolão e nem nos companheiros condenados e presos por subtraírem dinheiro público, foram recebidas por milhões de brasileiros com panelaços e buzinaços em centenas das grandes cidades de todas as regiões do país. Milhares de donas de casa e familiares, da sacada de seus apartamentos, pulavam dançando e batiam panela, não de alegria pelo aparecimento do grande descobridor do Brasil, e sim de protestos contra a inflação, insegurança e corrupção, que levou bilhões de reais dos cofres da Petrobrás. No final do programa, “festejado” com panelas e buzinas, um ingênuo apresentador dizia: filiado, pego em corrupção, é expulso do partido. Se isso acontecesse, a legenda já tinha sido extinta pela Justiça Eleitoral.

PRECONCEITO

Parte da população menos esclarecida e de pouco estudo tem preconceito quanto à idade. Acreditam que quando homem e mulher chegam aos 70 anos, perdem as condições de raciocinar, não sabem distinguir o certo do errado, têm que se aposentar do trabalho e passam, como se fossem inválidos, a ser policiados pela família. A medicina mostra o contrário: o ser humano chega aos 70 no melhor momento da vida, com pleno domínio de sua capacidade física e mental. Exemplo entre milhares, Oscar Niemeyer, lúcido e conversador, um dos maiores arquitetos do mundo, viveu 105 anos, deixou a marca de sua arte, para ser admirada por séculos, em várias nações do planeta, pelos majestosos prédios erguidos que projetou, e, até à véspera de sua morte, bateu o ponto em seu escritório na Avenida Atlantida, no Rio de Janeiro, onde foi planejada a construção de Brasília, a barragem da Papuda em Belo Horizonte, assim como o edifício sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York. Vamos ao que interessa: início do mês, a Câmara Federal, por ampla maioria, aprovou o Projeto de Emenda à Constituição (PEC), apelidado de Bengala, que muda de 70 para 75 a idade de aposentadoria dos ministros do Supremo Tribunal Federal, do Tribunal de Contas da União e de outros tribunais superiores. Ganhou o Brasil, que conservou inteligências lúcidas na mais alta corte de Justiça do país. Pena que o PT tenha sido contrário.

CADÊ O DINHEIRO?

Em Alenquer, onde a população tem o pior prefeito de sua história, que, como a de Belterra, exerce, há quase dois anos, o cargo em função de uma liminar concedida por um ministro plantonista do TSE, o prefeito tornou público do município passar por um momento de extrema pobreza. Flávio Marreiro e a Coordenadoria da Defesa Civil do Município reuniram a imprensa local e comunicaram da Prefeitura não ter condições de prestar socorro ou dar auxílio aos ribeirinhos e moradores residentes nas periferias alagadas afetadas pela enchente, e teriam de recorrer a recursos próprios para comprar madeira e pregos, para se protegerem das águas. Esse mesmo tratamento tem sido dado à Saúde e Educação, ambos em crise de penúria permanente. Um dia a casa cai. Marreiro devia explicar ao povo onde investiu mais de 30 milhões de reais que a Prefeitura recebeu nesses quase 5 meses do Estado e da União.

MENINOS BANDIDOS

Assaltos seguidos de morte, de hora em hora ocorrem em São Paulo, Rio de Janeiro e noutras grandes cidades do Brasil,         com a participação de marginais de menoridade, mostrados em canais de TV e divulgados em rádios, têm trazido insegurança e pavor às famílias brasileiras que ganham a vida de maneira honesta. Diante de tanta violência que toma conta do país, pesquisas mostram que 87% da população são favoráveis à redução da maioridade penal de 18 para 16; 64% defendem prisão perpétua, assim como acabar com progressão de pena, saídas em datas festivas, sem que o apenado cumpra 1/3 da condenação. Em São Bernardo do Campo, cidade da região metropolitana de São Paulo, 3 criminosos, com menos de 18, invadiram o consultório de uma dentista que morreu incendiada, por ter só 30 reais. Na noite de segunda (27/04), um de 17 matou uma médica de 35, numa tentativa de assalto. Mês de junho, deve ir à votação na Câmara Federal a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de nº 171/93 (22 anos), de autoria de um deputado que propõe a redução da maioridade penal para 16 anos. Se votam de vereador à presidente, casam, matam e roubam como adultos, ou melhor, por que não podem pagar por seus crimes?

COCAÍNA EM CAIXAS DE BANANAS

Início do mês, a Polícia alemã colocou as mãos em 380 kg de coca, 80% pura, a maior apreensão de drogas da história da cidade de Berlim, capital da Alemanha. A “preciosa” carga, que tira milhões de vidas pelo mundo, estava escondida em sacos plásticos num carregamento de bananas em caixas, destinado a um mercado de frutas próximo à capital, que iam ser distribuídas para uma rede de lojas de supermercados. As bananas vitaminadas apreendidas pela polícia, e descobertas por acaso, devem ter caído em mãos do destinatário errado. Azar do traficante remetente que, anonimamente, ainda deve estar colocando veneno em outros países. Bom é na Indonésia, quando pegam um, matam com fuzilamento, e não atendem a pedidos de comutação de pena para perpétua, nem que sejam feitos pelo Papa Francisco. Se todas as nações fizessem assim, podia não acabar com os traficantes de drogas, mas diminuiria o número de vítimas.

BANDIDO FINO E ELEGANTE

A prefeita de Belterra, Dilma Serrão (PT), herdeira dos maus feitos e débitos de seu antecessor, Geraldo Pastana (PT), que bancou sua eleição nas municipais de 2012 com recursos da prefeitura, tem um compromisso com a população, principalmente com seus eleitores que acreditaram na estória de um ladrão invisível, a qual tem a obrigação de esclarecer. Devia pedir ajuda ao delegado Superintendente da Regional da Polícia Civil em Santarém, Gilberto Aguiar, para determinar ao delegado, que há mais de 2 anos apurou a estória do assalto praticado por um bandido elegantemente trajado e de gestos finos que, numa madrugada, entrou na prefeitura pela porta principal sem a arrombar, amarrou o vigia num sofá, de quem levou a carteira porta-cédulas com 400 reais, abriu o cofre e levou pastas de documentos, desprezando computadores e notebooks. Como a prefeita registrou a ocorrência na Polícia, justo que o caso seja esclarecido.

MEDO E ALERTA

Em Santarém, as poucas indústrias, o comércio e a população, começam a sentir o peso da inflação que toma conta do país, pela irresponsabilidade dos governos do PT. As vendas caem, dos supermercados às mercearias espalhadas pela periferia. Quem mais sofre com o aumento de preços é quem sobrevive de salário fixo e não tem de onde tirar, como funcionários públicos, operários e comerciários em geral. Os que têm depósitos em banco, como Caderneta de Poupança, começam a zerar as contas. Comentavam, nesta quarta, os “senadores” do “senadinho” das laterais da Garapeira Ypiranga, na Praça da Matriz, com medo que possa acontecer o que ocorreu no governo do ex-presidente Collor (março/1990), quando os depósitos em bancos foram congelados por 18 meses e devolvidos em módicas prestações mensais, com baixa correção e longe dos valores confiscados à época. Quem tinha cruzeiro guardado, ganhou. Sentiu quem tinha o dinheiro preso e não podia tirar. Ricos e pobres sofreram na ocasião. Como com o tempo, os fatos se repetem, escrevem alguns historiadores, é bom prevenir.

ATOS E FATOS

EXAGERADO – Do presidente nacional do PDT, ex-ministro do Trabalho no 1º governo da presidente Dilma, exonerado do cargo, acusado de corrupção: o PT exauriu-se, esgotou-se: olha o caso da Petrobrás. A gente não acha que o PT inventou a corrupção, mas roubaram demais. Exagerado. PARECE MENTIRA – o governador mineiro, Fernando Pimentel, concedeu ao dirigente do Movimento dos Sem Terra, João Pedro Stédile, a Medalha da Inconfidência, maior honraria do estado, destinada a quem presta relevantes serviços a Minas Gerais. Muitos agraciados estão devolvendo a medalha. Só no Brasil que chefe de bandoleiros (que invadem propriedades privadas, ateiam fogo e roubam) recebe condecoração. GOVERNO SEM JUÍZO – O governo da companheira Dilma continua a gastar mais do que arrecada. Caso não estanque o gastoduto, o país vai quebrar e não tem Joaquim Levi que dê jeito, nem com mais aperto fiscal.

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