Área devastada no Pará equivale a 38 mil campos de futebol

Hugo Américo Schaedler, superintendente do Ibama
Hugo Américo Schaedler, superintendente do Ibama

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) entrará com ações civis públicas contra infratores ambientais no Pará, que devastaram uma área de 380 quilômetros, o que equivale a 38 mil campos de futebol.
Em uma recente fiscalização do Ibama foram identificadas três pessoas físicas e duas jurídicas que desmataram áreas significativas da Amazônia em cinco municípios do Pará: Altamira, Anapu, Ulianópolis, Santa Bárbara do Pará e Rondon do Pará. Os valores das indenizações pedidas chegam aos R$ 212 milhões, que devem ser revestidos em recursos para recuperação de áreas degradadas ou para projetos que possam conservar a Amazônia brasileira.
O superintendente do Ibama, Hugo Américo Schaedler, explicou que no âmbito administrativo foram aplicadas multas contra os autores dos crimes e o caso está na Justiça. “Neste caso específico, estamos entrando com ações civis públicas para obrigação de reparação de dano ambiental cometido. Identificamos inicialmente cinco grandes desmatadores, o maior deles chega a ter 20 autos de infração (multas no Ibama)”.

INDENIZAÇÕES
Segundo a procuradora chefe da divisão jurídica do Ibama, Karine Levy, as indenizações das áreas desmatadas devem ser aplicadas em fundo em prol da Amazônia. “Aferimos quantos hectares da Amazônia foram degradados e os infratores têm que fazer essa recuperação dessas áreas, com reflorestamento e recuperação do dano. Se não efetivarem essa recuperação, estamos pedindo uma indenização, no qual, o valor seria destinado a um “Fundo Amazônia”, que visa à recuperação da Amazônia”.
Até o final do ano, o Ibama pretende impetrar mais 15 ações. As ações do Ibama foram apresentadas ontem. Segundo Schaedler, em onze anos houve reduções significativas do desmatamento. “De 2004 para cá tivemos uma redução de 27.000 km²”.
Schaedler destacou que ações estão sendo intensificadas para minorar o desmatamento na Amazônia. “Este ano, com estas ações intensas, como a prisão dos envolvidos da Operação Castanheira, que eram grandes grileiros na região da BR- 163, nós esperamos que haja uma redução ainda maior no Estado do Pará e que isso reflita positivamente na queda do desmatamento e que coloque o Brasil como um grande combatente do desmatamento, apesar de ter as taxas absolutas ainda muito grandes, até porque é uma extensão de área muito superior até do que alguns países. Mas que continue caindo e o Pará colabore com isso”.
Fonte: Diário do Pará

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