Defesa Civil prevê cheia dos rios menor em 2016 em Santarém
Com o objetivo de atender as comunidades ribeirinhas de Santarém no período da enchente, a Defesa Civil Municipal traça estratégias de atendimento as famílias que acionarem o órgão. Para o coordenador da Defesa Civil, Darlison Maia, a estratégia é de que o rio não suba muito em 2016. Porém, segundo ele, as comunidades estão avisadas de que se precisarem de alguma ajuda devem acionar imediatamente a Defesa Civil.
De acordo com Darlison, na manhã de segunda-feira, 01, a régua da Agência Nacional de Águas (ANA), instalada no porto da Companhia Docas do Pará (CDP) mediu o nível do rio Tapajós em 2.92 metros, apontando uma diferença de 1.68 metro abaixo do nível de 2015. “A defesa civil espera que este ano a enchente seja menor e cause menos problemas a população ribeirinha”, comentou.
Segundo Darlison, neste ano, se a cheia continuar abaixo do nível de alerta de 7,10 metros, provavelmente ribeirinhos e comerciantes não passarão pelos mesmos problemas do ano passado. Ele destaca que de qualquer forma, a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminfra) já está de prontidão com a Defesa Civil, caso seja necessário ser feito o serviço de instalação de bombas, na orla de Santarém.
“A gente monitora o problema e passa pra Seminfra fazer o serviço. As bombas já estão preparadas, caso seja necessária a instalação e também já comunicamos a Celpa, que se for preciso, a prestadora deve instalar as bombas elétricas, que no ano passado funcionaram muito bem”, aponta.
A Defesa Civil Estadual também fez um Plano de Contingência, alinhado com o Sistema Nacional de Defesa Civil, para enfrentar os possíveis transtornos causados pelas intensas chuvas nesta época do ano no estado do Pará. Neste primeiro momento, 54 municípios serão atendidos pelo Plano, entre eles, Breves, Castanhal, Marabá, Altamira, Santarém, localidades onde funcionam as unidades do Corpo de Bombeiros, que passam a ser as regionais da Defesa Civil no Estado.
“Vamos atuar em cada município com as nossas guarnições locais. Em Santarém, por exemplo, temos 150 homens, prontos para atuar em qualquer desastre de risco na área”, disse o tenente coronel Francisco Cantuária, coordenador da Defesa Civil, responsável pela prevenção e preparação para os riscos de desastre.
“A partir do próximo dia 16 nós vamos apresentar o Plano para todo o nosso efetivo, inclusive para as Comdec (Coordenadorias Municipais de Defesa Civil). Vamos fazer o treinamento e passar o plano de contingência elaborado pelo Corpo de Bombeiros. As Coordenadorias Municipais fazem o mapeamento das áreas de risco, orientam as famílias, preparam os locais que possam servir de abrigo e orientam toda a população, para quando acontecer a enchente, as pessoas saibam para onde se dirigir”, reforçou o coronel Cantuária.
No final do ano passado, de dois a três técnicos estaduais viajaram para cada município, para orientar as coordenadorias municipais, que são treinadas pela Defesa Civil para enfrentar os riscos.
Para o coordenador da Defesa Civil, o Pará está pronto para suportar as enchentes. “Nós temos um quadro técnico bem preparado e plenas condições de fazer frente a essa situação. O Governo Federal também auxilia com uma complementação para as famílias afetadas”, informou o tenente coronel.
RIOS – As regiões sudeste e oeste do Pará são as mais prejudicadas nesta época do ano. As chuvas provocam a subida gradual do nível dos rios, que transbordam e atingem as áreas ocupadas. As chuvas geralmente se intensificam entre fevereiro e abril, quando os rios atingem o nível máximo. Baseada em estudos de anos anteriores, a Defesa Civil consegue mapear as áreas que deverão enfrentar enchentes, e assim antecipar as ações que reduzem os transtornos para a população.
“Mesmo que as previsões feitas pelo Censipam (Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia) digam que o El Niño vem influenciando na diminuição das chuvas na nossa área, as chuvas podem cair intensamente em um único dia e isso pode provocar uma enchente”, alertou o tenente coronel Cantuária.
Fonte: RG 15/O Impacto