Lixo na orla de Santarém chama atenção de transeuntes

Em um dos trechos da orla, o lixo afasta a embarcação
Em um dos trechos da orla, o lixo afasta a embarcação

Garrafas pet, sacos plásticos, copos descartáveis, latinhas de cerveja, de refrigerante, pneus, restos de madeira e papelão espalhados pela própria população são visto por quem caminha sobre o cais de arrimo, em Santarém. Em meio as embarcações que atracam no cais, em frente à cidade, uma grande quantidade de lixo compromete a qualidade da água do rio Tapajós.

No perímetro entre o Bosque da Vera Paz e o complexo dos Mercados Modelo e Municipal a quantidade de lixo é grande e o mau cheiro incomoda transeuntes e passageiros de embarcações. Toneladas de lixo estão por todos os lados, causando impactos ambientais irreversíveis à orla fluvial, que há anos sofre com a depredação humana.

Lixo toma espaço das embarcações, que são obrigadas a atracar distante do cais
Lixo toma espaço das embarcações, que são obrigadas a atracar distante do cais

São materiais que durante a maior parte do ano ficam sobre a areia da praia em frente à cidade, vindo à tona somente na cheia dos rios. Essa situação é revelada quando o nível do rio Tapajós aumenta e expõe o lixo acumulado. “Quando o pessoal vem, diz que Santarém é tão bonita, mas é uma porcaria fedorenta, que não se pode nem parar nessa beirada, com tanta imundície”, afirmou a aposentada Cleia Pereira.

A situação pode ser amenizada com a conscientização das pessoas, assim como faz dona Senhorinha Farias. “Quando eu viajo, sempre tenho um saquinho. Mas, eu vejo tanta gente tomar refrigerante e jogar a garrafa na água”, garante. “Uma vez eu vi uma tartaruga enrolada numa rede. A bichinha morreu. Pode até ser que tenha comido um plástico”, conta.

Além do lixo, dezenas de rachaduras provocam riscos a quem caminha no cais. A população que utiliza o local reclama constantemente das condições da estrutura de concreto. As rachaduras são cada vez mais frequentes, proporcionando insegurança a quem passa pelo cais.

De acordo com o estivador Raimundo Sena, que trabalha há 40 anos no local, a falta de estrutura é inapropriada para quem chega e sai da cidade. As rachaduras estão por toda a extensão. “Já cai descendo as escadas e machuquei meu joelho e, até hoje, sinto dificuldades para trabalhar. Os políticos prometem e nunca cumprem e a situação é a das piores possíveis”, contou.

Fonte: RG 15/O Impacto

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