MPL-Pa reivindica melhorias no Porto de Vila do Conde

Movimento propõe para o Governo Federal a utilização do Fundo da Marinha Mercante.

Em apresentação realizada na Federação das Indústrias do Estado do Pará – FIEPA durante reunião do COINFRA, o Movimento Pro Logística do Pará (MPLP-Pa) apresentou proposta de reestruturação do Porto de Vila do Conde ao Secretário Nacional de Portos, Luiz Otávio Campos, na segunda-feira, 12.

Na proposta foram elencadas as ações estratégicas necessárias para alçar o Porto de Vila do Conde ao patamar de Hub Port de Águas Profundas no Arco Norte Brasileiro, visando o aumento pela demanda de movimentação de cargas planejadas e em curso pelo Estado do Pará. O pleito do Movimento reivindica a dragagem do Canal do Espadarte, com o objetivo de alcançar calado mínimo de 18 metros; A federalização da PA-481 – do Trevo do Peteca à entrada do Porto – e a Adequação Operacional do Porto e Retro porto de Vila do Conde.

De acordo com o presidente do MPL-Pa, Eduardo Carvalho, as melhorias seriam de extrema relevância para que o Porto, hoje responsável por mais de 70% de tudo o que é exportado pelo Pará, continue atendendo as expectativas do setor produtivo. “A partir do momento que o Pará tiver um porto de águas profundas passará a viabilizar uma enormidade de projetos que estão parados dependendo de logística”, defendeu Carvalho, que afirma que a dragagem aumentaria o calado do porto para  e passaria a receber navios de grande porte.

O levantamento feito pelo Conselho do Movimento Pró-Logística que hoje conta com a participação de 15 entidades do setor produtivo também levou em conta a melhoria do acesso rodoviário. “Trata-se de uma via única a partir do Trevo do Peteca num trecho de 21 km até o Porto de Vila do Conde. Também é importante destacar que por uma questão de segurança estamos pedindo a duplicação desta via dado o alto fluxo de carretas, o que melhoraria o atendimento não só dos moradores, mas as cargas que por lá passam. E como há uma tendência para o aumento do movimento, precisamos garantir a segurança de pedestres e das cargas durante o transporte de cargas para o porto”, completou.

A federalização da PA-481, que se estende do Trevo do Peteca à entrada do Porto, seria uma das soluções apontadas pelo grupo. “Em 2014, fomos surpresos com a retirada do Porto do PAC e, consequentemente, não foi possível assegurar a manutenção do Porto de Vila do Conde. Por isso, damos a federalização como a solução mais viável possível. Além disso, não podemos esquecer de reconfigurar a retro área portuária para o recebimento de Pera Ferroviária da Ferrovia Paraense (FEPASA), para aeroporto de carga e para o zoneamento de cluster logístico, industrial e naval”, defendeu Alexandre Araújo, diretor executivo do Movimento.

Para o Secretário dos Portos, Luiz Otávio Campos, o projeto do Movimento, especialmente o de dragagem do Canal doEspadarte, é viável, e coincide com a linha de crédito do Funda da Marinha Mercante, divulgada recentemente. “O recurso existe. Estou lá para interceder junto ao Governo Federal caso tenhamos proposta positivas e realizáveis. O Arco Norte é a grande oportunidade que nós temos para escoar a produção brasileira”, afirmou o Secretário.

Esta seria a primeira agenda pública do Movimento Pró-Logística do Pará e está alinhada com a principal objetivo do Movimento, que consiste no estabelecimento de uma infraestrutura logística funcional e competitiva e de defesa do setor produtivo paraense. “Senão podemos desenvolver um porto de águas profundas, podemos trazer águas profundas para o nosso principal porto. Essa é uma demanda que atende a todas essas entidades ligadas ao MPL-Pa”, concluiu Carvalho.

Fonte: MPL

 

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