Alerta – Gatos doentes perambulam na Praça do Mirante e Parque da Cidade

Vários felinos acometidos de herpesvírus foram flagrados na Praça do Mirante

Grupos de gatos acometidos por doenças perambulam pelas ruas de Santarém. Entre os locais com maior concentração dos felinos, está a Praça do Mirante do Tapajós, situada no centro da cidade, que virou caso de saúde pública. Quem procura o espaço em busca de lazer e entretenimento se depara com gatos debilitados por doenças e maus tratos.

No início desta semana, estudantes de Biologia de uma universidade de Santarém, após analisarem um grupo de gatos na Praça do Mirante, constataram que os animais estão acometidos por herpesvírus felino. Essa doença, segundo os estudantes, é parecida com o herpes humano e, é a causadora da rinotraqueíte, uma infecção comum do trato respiratório superior dos gatos, o que pode levar o animal a morte.

A principal forma de transmissão direta em gatos, é por contato com as secreções dos olhos ou nasais. Os espirros também são uma forma indireta e comum de transmissão. A mãe pode transmitir o vírus aos fetos e, é comum ocorrer aborto nas gestantes doentes.

Uma vez adquirida a doença, 80% dos gatos tornam-se portadores do vírus para o resto da vida, mesmo que nunca mais apresente qualquer tipo de sintoma. O vírus pode voltar a se replicar nesses animais em situações de estresse, que pode ser desde uma simples viagem até uma doença debilitante.

Os principais sintomas são: espirros, secreção nasal (catarro), dificuldade de respirar, febre e desidratação. Por causa da replicação do vírus, é comum os animais ficarem com os olhinhos fechados e com secreção purulenta. Úlcera de córnea costuma ocorrer com certa frequência. Alguns gatos podem desenvolver dermatites (inflamação da pele) ao redor dos olhos também, mas são menos comuns que os outros sintomas.

Nas infecções crônicas, ou seja, nos casos de estresse e reativação da replicação do vírus, os sintomas costumam ser mais brandos, com espirros esporádicos e secreção nos olhos e nariz.

FELINOS ABANDONADOS: Além da Praça do Mirante, a quantidade de gatos abandonados no Parque da Cidade gera preocupação aos usuários. Abandonados pelos donos e se reproduzindo de forma descontrolada, dezenas de gatos perambulam no local. Os usuários alertam que o medo é que os felinos transmitam doenças e causem desequilíbrio ambiental.

Quem caminha por alguns minutos no Parque observa as péssimas condições nas quais os animais estão. Alguns deles aparentam doenças, enquanto que outros estão magros e feridos. Segundo a coordenação do Parque, não se tem uma média de quantos animais existem na área.

A coordenação do Parque acrescentou que ainda não há estratégias definitivas para controlar a reprodução e abandono dos felinos. As medidas adotadas para reduzir os impactos são feitas em parceria com ONGs, que se responsabilizam pela adoção e castração.

EUTANÁSIA: O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Divisão de Vigilância em Saúde (Divisa), em Santarém, informou que no mês de abril de 2016 passou a receber animais somente com apresentação de laudo veterinário que comprove fase terminal.

De acordo com o CCZ, a decisão foi tomada a partir de interpelações do Ministério Público Estadual (MPE) e ONGs, por causa da prática de eutanásia em animais. O CCZ reforça que só recebe animais e vai buscar na residência, se o proprietário tiver laudo veterinário comprovando que tem prognóstico desfavorável e, que é terminal. Já as capturas são feitas com muito critério, onde os veterinários avaliam e dizem se é preciso a eutanásia.

O CCZ acrescenta que a demanda de animais entregues e capturados sem constatação de doenças terminais que chega a unidade é muito grande. O órgão recebe diariamente animais doentes que precisam ser sacrificados imediatamente quando o teste de doenças contagiosas é positivo. Outros casos que são avaliados recebem imunização.

Por: Jefferson Miranda

Fonte: RG 15/O Impacto

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