Santarém padece com racionamento de água

Francisco Lopes, gerente regional da Cosanpa, diz que em até 15 dias situação voltará à normalidade

Em mais uma brilhante entrevista conduzida por Osvaldo de Andrade, ícone da comunicação santarena, para TV e Jornal O Impacto, o jornalista – sempre antenado com temas relevantes para a população -, entrevistou o Gerente da Unidade de Negócios da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) do Baixo Amazonas, Francisco Lopes, o ‘Chicão’, como é popularmente conhecido.

Há dias, vários bairros de Santarém estão sem o abastecimento do liquido precioso. Mesmo cercada por vários rios, e localizada sobre o maior aquífero do mundo, a falta d’água é o principal drama vivenciado pela população da Perola do Tapajós.

No entanto, nesta semana a população foi pega de surpresa pelo anúncio da Companhia, sobre racionamento em pelo menos 10 bairros da cidade. “Racionamento? Como podem falar em racionamento, quando sabemos que maioria do abastecimento de água não é feito na totalidade de 24 horas! Ou seja, a população já vive no racionamento, pois em um dia, grande parte dos bairros tem água na torneira pelo período máximo de 12 horas”, questiona o trabalho automono João de Assis Maria.

Questionado por Osvaldo de Andrade, sobre a informação de racionamento, o gerente da Cosanpa, informou sobre o que aconteceu para a situação chegasse ao extremo de deixar milhares de famílias sem o abastecimento de água. Segundo Francisco, foram dois os problemas, uma bomba queimou devido a oscilação de energia e o um poço que a teve desmoronamento de parede, inclusive, que acabou soterrando a bomba.

“Devido a esses problemas, realizamos um planejamento, nós tínhamos avaliado e foi uma decisão pensada, nos seguintes aspectos. Tínhamos a metade do volume, que lançávamos 12 horas para os bairros que ficam na Avenida Jasmin até a Avenida Mendonça. Em 12 horas enchia a rede, e as pessoas das áreas mais baixas, coletavam água, armazenavam, e os de cima, infelizmente é que estavam com racionamento. Então nós reunimos com a equipe técnica, inclusive assumimos a responsabilidade, e tomamos a decisão de fazer 24 por 24. Quando nos colocamos em prática essa metodologia, moradores da área de pico, as proximidades da delegacia, que a muito tempo não recebiam água, receberam água. E do Aeroporto Velho, teria que esperar as próximas 24 horas. Acontece que teve muito reclamação. Seguindo orientação da presidência da Companhia, nós voltamos a fazer 12 por 12. E nós entendemos que a população estava acostumada a situação anterior. É preciso entender que com os problemas que tivemos, perdemos capacidade de produção, e foi que elevou a redução de abastecimento pela metade”, explicou Chicão.

Ainda segundo Lopes falou ao jornalista Osvaldo, em entrevista para TV Impacto, o prazo que o sistema opera na normalidade, será até 15 dias.

“Nós acreditamos que com a volta do funcionamento do poço do Caranazal, possivelmente na sexta-feira (16), a gente tenha uma melhora no sistema, e no início da próxima semana, a gente já vislumbre a possibilidade de termos uma bomba, mesmo com uma capacidade menor, aproveitando parte da produção do poço que furou a parede”, disse o gerente, acrescentando que em longo prazo, a solução são as obras do PAC 2.

Osvaldo aproveitou a ocasião, para realizar o seguinte questionamento: “Em meio a toda essa problemática, eu ouvi e vi também algumas lideranças de bairros, colocarem certa dúvida em relação ao dinheiro que foi disponibilizado para o projeto que chegou a ser iniciado, mas foi paralisado, colocando em dúvida se esse dinheiro teria sido desviado, quanto já teria sido aplicado, quando ainda tem para aplicar, que é aquele programa macro, para colocar Santarém com 90% ou 95% de cobertura de abastecimento, o que na verdade resolveria o problema, no se trata de questão rede, a produção de água em Santarém, tem uma boa produção, parece que maior problema é a rede, onde não tem, e onde tem ao qual é bastante antiga, e de vez em quando está estourando. É isso?.

“A partir deste, será lançada a carta convite, para as empresas concorrerem a nível nacional, do PAC 2, aquelas obras que pararam, que até final do ano, teremos uma afirmação. Ainda assim, nosso presidente encaminhou um engenheiro para realizar um estudo sobre a possibilidade de fazer poços de forma emergencial, e assim possamos atender a demanda maior no verão que se a vizinha. Sabemos que irá ser realizado uma nova licitação, pois as empresas que estavam trabalhando não deram conta. O que nós temos de informações, é que tinha 120 milhões de reias, para resolver o problema da falta d’água em Santarém. Não há dúvida em relação ao recurso, tem dinheiro para gastar, para investir”, explicou Chicão.

FIQUE POR DENTRO: Na terça-feira (13), a Cosanpa/Santarém, informou sobre o racionamento de água no sistema 24hx24h alternando entre os bairros: Aeroporto Velho, Jardim Santarém, Interventoria, Santíssimo, parte do Diamantino e de Santana Aparecida, Santa Clara, parte da Prainha e do Carananzal.

“A equipe técnica, juntamente com a gerência da unidade, decidiu fazer o abastecimento no período de 24 horas para amenizar os problemas ocasionados pela diminuição da produção de água”, explicou Francisco Lopes, gerente da Unidade de Negócios do Baixo Amazonas.

O problema foi provocado por uma pane em um dos poços que abastece o sistema elevado. O racionamento foi a solução encontrada para não deixar a população sem água. “A manobra é experimental e deve durar até retomarmos a produção do sistema Irurá, que alimenta a elevatória do Aeroporto Velho”, completa o gerente.

Uma equipe de engenheiros da Diretoria de Operações da Cosanpa está em Santarém trabalhando para garantir que o sistema volte à operação no menor tempo possível.

Por: Edmundo Baía Júnior

Fonte: RG 15/O Impacto

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