Sandicley: “Tapajós vai voltar à elite do futebol paraense”

Sandicley Monte está montando uma boa equipe para levar o Boto à Primeira Divisão

O presidente do Tapajós Futebol Clube, Sandicley Monte, esteve em nossa redação, quando falou sobre a preparação do time do Boto santareno para disputar a segundinha do Campeonato Paraense.

De acordo com Sandicley Monte, o Tapajós completou 3 anos de fundação e já disputou dois anos seguidos o campeonato Paraense da Primeira Divisão. “Isso é muito satisfatório, mas também aumenta muito a responsabilidade. Nós temos clubes aqui no estado do Pará que são bancados por prefeituras, por gente com dinheiro e não conseguiram levar esses times. Com todas as dificuldades, estamos aqui, infelizmente caímos ano passado, mas a tendência é fazer um bom trabalho esse ano para voltarmos à Primeira Divisão. Os trabalhos para nós da diretoria estão a todo vapor. Desde o início do ano estamos acompanhando alguns atletas do Campeonato Paraense e com isso vimos o quanto nosso campeonato é deficitário. Nós fomos para uma reunião na FPF em Belém e vimos que todos os clubes ainda estavam querendo oficializar a participação no campeonato. Enquanto hoje, a comissão técnica já está toda contratada, 90% do elenco já está acertado, nós estamos divulgando o nome de nossos jogadores e a imprensa está acompanhando. Procuramos investir pesado nessa situação, contamos não só com a torcida do Tapajós, como também do São Raimundo e do São Francisco; estamos recebendo muitos e-mails, mensagens de apoio. Isso pra gente, é muito bom e, como costumo falar, aumenta a responsabilidade. Hoje não somos apenas um grupinho, hoje estamos representando a região Oeste do Pará”, disse Sandicley Monte.

“Santarém tinha três clubes ano passado disputando várias competições, se tornou matéria nacional, dizendo que Santarém seria a terra do futebol paraense, pois a capital tinha dois clubes e Santarém três. Hoje temos apenas um, então, a responsabilidade aumenta muito e nós temos que brigar e trabalhar. Fomos buscar os melhores atletas que tinham no mercado, buscamos um treinador de renome com bons trabalhos nos clubes do Pará, trata-se do treinador Lecheva, com isso agregou ainda mais o time do Tapajós. Porém, montar time bom isso não garante nada, nós temos que trabalhar, treinar e ainda tem outra coisa, no futebol tem uma gíria que se diz assim: “quando não dá a liga, não tem jeito”, ou seja, temos que dar liga ao clube. Tivemos que buscar profissionais e atletas que têm comprometimento, pois não adianta ter um bom atleta e não ter comprometimento. Isso não vai dar em nada, muito pelo contrário, ele vai é atrapalhar o grupo. Nós tivemos esse cuidado e estamos montando uma boa equipe, porque nós temos de buscar essa vaga para o Oeste do Pará”, se pronunciou o presidente do Tapajós.

Sandicley Monte foi mais além e disse: “Quando nós anunciamos o grupo, muitos da imprensa disseram: São Raimundo e São Francisco que corram atrás, pois o Tapajós está com um time bom, só que não deu a tal liga, e o que aconteceu? Caímos!. Tenho mais um exemplo, o primeiro turno nós disputamos com esse grupo, que era forte, fizemos um ponto. Quando acabou esse turno, mandei um bocado embora e botei a garotada, fizemos sete pontos no segundo turno e quase classificamos, bem como reduziu a folha praticamente em 50%”, informou.

Sandicley Monte comenta como funciona a folha de pagamento dos jogadores e como geram receita para tal situação. “Em primeiro lugar, deve-se ter muita convicção do que você está fazendo. Nós trabalhamos muito a articulação, nós vamos atrás. O investimento esse ano foi alto, a Segunda Divisão é totalmente diferente de Primeira Divisão, onde se tem um orçamento no qual você recebe o apoio dos patrocinadores, tem a renda, tem a despesa paga pelo patrocinador que é o Governo do Estado. Na Segunda Divisão não tem isso, sendo que houve uma reunião, aonde parece que o governo vai dar uma ajuda nesta fase, mas para os clubes não tem nada. Então, nós montamos e contamos com o apoio do poder público, isso é uma promessa que temos de receber. Falo em nível de Prefeitura, até porque ela ajudou o São Francisco e o São Raimundo, eu sei que jamais o Tapajós vai chegar ao nível desses dois clubes, são times históricos daqui. O Tapajós só quer fazer o seu papel, nunca irá se comparar à história que tem São Francisco e São Raimundo, que respeitamos, mas nós estamos aí na competição trabalhando. Nós erramos e procuramos aprender com esses erros. Eu acho de fundamental importância. Agora, se errarmos, que seja o mínimo, para procurar acertar o máximo e assim poder voltar para a Primeira Divisão. Estamos trabalhando, ficamos um pouco receosos de como iremos bancar essa situação, mas nós temos parceiros e amigos, corremos atrás, colocamos um pouquinho do bolso lá dentro, o importante é dar satisfação para quem está acreditando, que é o torcedor. O que a gente não pode, é pegar corda e fazer coisa para poder agradar e no final dar errado. Nós iremos fazer o que é certo, se vai agradar ou não, o que vai valer é o resultado final, que é chegar à Primeira Divisão”, declarou Sandicley.

“Eu tenho um questionamento e uma reclamação a fazer aqui. Nosso campeonato é um pouco bagunçado. Nós saímos daqui em julho para uma reunião em Belém, do Conselho Técnico. Sair daqui para Belém não é fácil, pois as passagens são caríssimas, mas largamos tudo, demos um jeito fomos para Belém. Chegando lá, não teve a tal reunião e marcaram para outra data, ou seja, um desrespeito com um clube que se planeja. Clubes próximos a Belém não foram, como Izabelense, mas nós fomos e tinha até 31 de julho para se oficializar a participação. Marcaram outra reunião para o dia 04 de agosto e nós saímos daqui e fomos para essa reunião, ao chegar lá a reunião aconteceu e fomos informados que só oito clubes se oficializaram, mas a FPF informou que se nós deixássemos os outros clubes entrariam, e foi decido que poderia entrar todo mundo. Aí teve a reunião onde quinze clubes fizeram o sorteio, três chaves de cinco, tudo organizado. Quando estava para terminar a reunião, eles informaram: “olha, mas desses quinze clubes, oito estão com pendência da CBF, e nós iremos dar um prazo até sexta-feira para se regularizarem”. Esse prazo acabou na sexta-feira (18/08) e até agora não sabemos quantos clubes irão participar da Segundinha. Quer dizer, isso prejudica os clubes que se planejam. Vamos trabalhar na situação em que pegaremos quatro equipes no nosso grupo, com cinco clubes”, disse o presidente do Boto santareno.

“Nós fomos muito prudentes, trouxemos uma comissão que trabalhou no São Raimundo aonde fez um bom serviço, como o treinador Lecheva com sua equipe, o auxiliar Marajó, o preparador físico Edmilson Prado. Nós procuramos trazer os jogadores que também estavam bem, nove atletas do São Raimundo: Jader, Ruan, Bernardo, Ubram, Leandrinho, Amaral, Bilau,  Wendel e Felipe. Outros nós estamos esperando fechar os contratos para divulgar. O investimento foi feito na cara e na coragem, vamos ver o que isso vai dar, mas nós temos responsabilidades e sabemos que esses atletas vieram apostando junto com a equipe. Segunda Divisão é diferente da Primeira, primeiramente o modo como se joga e se disputa e segundo, o financeiro. Eu quero dizer uma coisa, nós vamos trabalhar, vamos fazer tudo para conquistar essa vaga. Dentro de campo não sei o que vai acontecer, mas fora de campo a gente trabalha para não perder, e anunciar que estamos fechando com uma empresa e possivelmente todos os jogos do Tapajós, mesmo sendo em Belém, serão transmitidos”, finalizou Sandicley Monte.

Por: Allan Patrick

Fonte: RG 15/O Impacto

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